A Reforma Tributária já começou a transformar o cenário fiscal do Brasil e os laticínios precisam ficar atentos. Com a aprovação das leis complementares que regulamentam a nova cobrança de impostos, quem atua na indústria de leite e derivados tem um desafio (e uma oportunidade) pela frente: se adaptar a tempo para evitar prejuízos e ganhar vantagem competitiva.
Hoje, vamos explicar de forma simples quais os impactos práticos para o seu negócio e como a tecnologia pode ser sua aliada nesse processo.
O que muda com a Reforma Tributária?
A proposta de simplificar o sistema tributário brasileiro já é antiga, mas agora ela está saindo do papel. A Reforma Tributária substitui cinco tributos (ICMS, ISS, PIS e COFINS ) por dois:
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substitui ICMS e ISS.
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substitui PIS e COFINS.
- IS (Imposto Seletivo): será aplicado sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.
Esses dois impostos serão cobrados de forma unificada, com regras iguais para todo o país, o que deve facilitar o controle e reduzir a complexidade fiscal. O imposto será cobrado no destino, ou seja, onde o produto é consumido — o que muda totalmente a lógica dos incentivos estaduais.
A CBS começará a ser implementada em 2026, com alíquotas-teste, e o IBS será introduzido de forma gradual até 2033, durante o período de transição entre os dois sistemas.
Como isso afeta os laticínios?
O setor de laticínios possui características muito específicas, e a reforma tributária leva isso em consideração em alguns pontos importantes. Um dos principais destaques é que o leite cru, por fazer parte da nova cesta básica nacional, terá alíquota zero e será totalmente isento de impostos.
Já os produtos derivados, como queijos, iogurtes e requeijão, ainda estão em discussão, mas a proposta atual prevê uma redução de 60% na alíquota padrão para esses itens. Essa medida está prevista, mas ainda depende da regulamentação final das leis complementares.
Outro avanço significativo é a adoção de um sistema verdadeiramente não cumulativo, que permitirá a recuperação de créditos sobre uma gama mais ampla de despesas. Isso inclui fretes, energia elétrica, insumos, embalagens e até investimentos em equipamentos.
Além disso, o novo modelo prevê que o crédito será financeiro, ou seja, poderá ser aproveitado mesmo sobre despesas que não estejam diretamente ligadas à atividade-fim da empresa — como publicidade, serviços administrativos, entre outros.
Para aproveitar esses benefícios, no entanto, será fundamental manter um controle rigoroso e um registro detalhado de cada operação — algo que um ERP bem estruturado pode garantir com eficiência.
Quais os riscos para quem não se preparar?
Apesar da promessa de simplificação, a fase de transição entre o sistema atual e o novo modelo (2026 a 2032) pode ser um pesadelo para quem não estiver estruturado. Os principais riscos incluem:
- Perder créditos tributários por falta de escrituração correta
- Pagar imposto a mais por erro de classificação dos produtos
- Desorganização contábil e retrabalho
- Multas e sanções por não cumprimento das novas obrigações
Como a tecnologia pode ajudar nesse momento?
A transição para o novo modelo exige controle, organização e informação de qualidade. É aí que entra o papel do ERP da Magistech, desenvolvido especialmente para o setor de laticínios.
Com nosso sistema, sua empresa poderá:
- Automatizar processos fiscais e contábeis
- Classificar corretamente produtos e operações
- Controlar custos com precisão
- Gerar relatórios confiáveis para o contador e para tomada de decisão
- Manter conformidade com as mudanças da legislação
Além disso, oferecemos suporte técnico e atualizações constantes para garantir que seu negócio esteja sempre alinhado às novas exigências.
Conclusão
A Reforma Tributária já é uma realidade e a diferença entre as empresas que vão se beneficiar dela e aquelas que enfrentarão dificuldades está na forma como se preparam.
Com o suporte certo e o uso de tecnologias adequadas, como um ERP completo e atualizado com a nova legislação, esse período de transição pode deixar de ser um desafio e se tornar uma verdadeira oportunidade de crescimento, organização e ganho de eficiência para o negócio.