O mercado lácteo andou de lado no mês de julho, com enfraquecimento das vendas e maior dificuldade de repasses de preços. No atacado, o leite UHT e o leite em pó fracionado tiveram preços praticamente estáveis na comparação com junho. Já o queijo muçarela apresentou um pequeno recuo, de 3%. Com esse cenário de vendas mais fracas, o leite no mercado Spot acabou sofrendo um ajuste negativo nas cotações com queda de 10% na média de julho em relação ao mês anterior. Todavia, a ocorrência das geadas em julho, afetando as forragens, gerou uma maior preocupação sobre a disponibilidade interna atual de leite e sustentou as cotações na segunda quinzena do mês.
Conseleites projetam queda no preço ao produtor, após quatro altas seguidas
Em julho, o preço do leite ao produtor registrou a quarta alta consecutiva. Para o pagamento de agosto, os Conseleites projetam a reversão desta trajetória. Em Santa Catarina, a queda projetada foi de 2,1%, enquanto Rio Grande do Sul (-1,3%) e Paraná (-0,7%) projetaram quedas menores. A exceção ficou por conta de Minas Gerais que indicou certa estabilidade (+0,1%).
Milho volta a subir com novas perdas na safrinha
O clima frio e a ocorrência de geadas também refletiram nas cotações do milho no mercado interno. A safrinha, que já contabilizava perdas devido ao clima seco, acabou sendo afetada novamente pelo frio. Isso causou uma preocupação com o abastecimento do cereal e gerou nova valorização nas cotações. O mercado de farelo de soja andou praticamente de lado ao longo de julho. O mesmo ocorreu com o mercado de boi gordo, com vendas internas mais fracas. Já o bezerro, registrou pequena queda em função da maior oferta de animais para vendas, estimulada pela piora na condição das pastagens neste momento, também prejudicada pelas geadas na região Centro-Sul.
Fonte: CILeite