Lácteos: canais de distribuição pressionam e cotações dos derivados recuam em julho

Lácteos: canais de distribuição pressionam e cotações dos derivados recuam em julho

O menor poder de compra da população, limitou o repasse da valorização da matéria-prima, espremendo as margens das indústrias de laticínios

 

Divergências entre NF-e e XML

Divergências entre NF-e e XML

Divergências entre NF-e e o arquivo XML não são muito comuns mais podem acontecer e se a NF-e circular com esta divergência você pode ter um problema sério.

 

Para entendermos o problema precisamos resumir o que é DANFE e o que é o XML.

O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é um documento que funciona como representação simplificada da NF-e e deve acompanhar o produto durante todo o transporte.

O arquivo XML é o formato padrão para registro das informações da NF-e, ou seja, ele é a nota fiscal de fato.

Tudo o que você digita no seu sistema na hora de emitir uma nota precisa constar também no arquivo xml, se você insere algo na emissão e esta informação não constar no XML você pode sobre uma multa bem pesada caso o auditor fiscal observe isso.

A fiscalização sobre os documentos fiscais pode ser feita em até cinco anos, o mesmo prazo exigido por lei para a guarda segura dos arquivos, ou seja, a empresa que em 2006 iniciou a emissão de nota fiscal eletrônica poderá ser autuada até 2011, caso tenha enviado informações erradas ao Fisco. O resultado pode ser um grande número de multas com valores acumulativos, pelo tempo em que ocorreu a irregularidade. Os valores das multas ficam entre 10% e 100% sobre cada nota fiscal autuada e outras variáveis para erros no SPED Fiscal e Contábil.

Vale lembrar que as punições são é só para quem emite a NF-e mais para quem recebe também, só para você ter uma ideia a multa para uma empresa que não emitir uma NF-e dentro da obrigatoriedade é de 50% do valor da operação e a empresa que recebe 35% do mesmo valor.

As notas fiscais precisam seguir uma ordem numeral. Caso a empresa pule a numeração e não justificar seja inutilizando ou cancelando eletronicamente receberá a multa de R$ 246,30 (valor que pode ter sofrido alterações).

Agora você está se perguntando e o valor da multa por divergência de informações entre DANFE e XML? Esta é uma das multas que podem ser consideradas uma das mais altas da legislação corresponde, à divergência entre dados de valor e destinatário contidos na nota fiscal eletrônica e os fixados na DANFE (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica). Caso não estejam compatíveis, a multa é de 100% em cima da operação. Outros erros de divergência terão multa de R$ 328,40 por documento fiscal (valor que pode ter sofrido alterações).

Fonte: Contábeis

Mercado de Leite e Derivados – Agosto de 2021

Mercado de Leite e Derivados – Agosto de 2021

Os preços dos lácteos no mercado atacadista voltaram a registrar pequena valorização no início de agosto. Apesar das dificuldades no repasse de preços e nas negociações com os varejistas, as cotações têm refletido a baixa disponibilidade de leite no mercado brasileiro.

No primeiro semestre do ano, segundo os dados preliminares do IBGE, a produção de leite inspecionada ficou estável em relação ao mesmo período do ano passado. Já analisando apenas o segundo trimestre, houve uma queda de 1,16% ante o mesmo trimestre de 2020 (Figura 1). Com esse resultado, a disponibilidade média per capita de leite, que soma a produção com a importação e subtrai a exportação, fechou o primeiro semestre com aumento de 0,6% em relação ao ano passado.

Essa disponibilidade mais limitada está sendo influenciada por uma série de fatores. O custo de produção de leite segue apertando as margens do produtor, principalmente com a elevação do custo da alimentação do rebanho. A estimativa feita pelo Rally da Safra 2021, que em janeiro indicava uma produção da safrinha de milho em cerca de 84 milhões de toneladas, neste mês de agosto atualizou as estimativas para próximo de 61 milhões de toneladas, queda atribuída as condições climáticas desfavoráveis. Neste cenário, os preços do cereal seguem elevados e com alta volatilidade. Na soja, as cotações também estão bem acima do ano passado. Outra pressão de custo tem vindo do alimento volumoso. O mercado de fertilizantes segue em alta, com forte elevação de preços em relação a 2020. A tonelada de ureia, por exemplo, subiu 64% entre maio do ano passado e maio de 2021, segundo o Instituto de Economia Agrícola de São Paulo. Os fertilizantes formulados tiveram alta entre 42% e 80% no mesmo período. As sementes de milho para grão e silagem também registraram aumento expressivo. Portanto, seja pelo alimento concentrado ou volumoso, a pressão de custos é forte sobre o pecuarista.

 

 

A ocorrência das geadas em junho e julho em boa parte da região Centro-Sul do país também afetou a produção de leite, prejudicando as pastagens, as capineiras e, consequentemente, a oferta de alimento volumoso.

Essa combinação de altos custos e frio intenso restringiu ainda mais a oferta doméstica de leite neste momento de entressafra. Ademais, as previsões climáticas para o segundo semestre indicam chuvas abaixo da média em importantes regiões produtoras, o que se coloca como mais um complicador para a pecuária de leite nacional. Aliás, este mês de agosto já tem mostrado chuvas abaixo da média no Sul do Brasil.

Neste contexto de elevado custo de produção e clima adverso, a tendência é que a disponibilidade siga mais fraca no segundo semestre também, colocando um certo piso nas cotações do leite e dos derivados. Isso seria muito importante neste momento, pois tanto produtores quanto laticínios encontram-se com margens bastante apertadas. Este será o grande desafio do ano. Ou seja, conseguir rentabilidade diante do forte aumento de custos que se apresenta em toda a cadeia produtiva.

O ambiente macroeconômico ainda está complicado, apesar das melhores expectativas para o PIB brasileiro em 2021, de 5,3% de expansão. O mercado de trabalho vem indicando melhorias também, com pequeno aumento do total de ocupados e do rendimento real. A maior abertura do setor de serviços também tem contribuído para uma expectativa econômica mais favorável para o segundo semestre, o que certamente é bom para o setor lácteo nacional. Por outro lado, uma inflação mais alta, exigindo elevação na taxa de juros e um aumento intenso nos custos dos diversos setores sugerem certa cautela e muita habilidade na busca por melhores resultados econômicos no negócio.

Fonte: Nota de Conjuntura CILeite

Boletim CILeite – Preços do leite no mercado brasileiro em agosto

Boletim CILeite – Preços do leite no mercado brasileiro em agosto

  • Em relação a julho de 2020, o preço líquido nominal foi 31,5% maior.
  • O aumento no preço do leite compensou as altas nos preços do milho e do farelo de soja mantendo a relação de troca leite/mistura praticamente estável. Em julho foram necessários 48,1 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura a base de milho e farelo de soja, 0,5 litro a menos em junho de 2021.
  • No varejo, o preço da cesta de lácteos teve nova alta mensal de 1,28%. Destaques para a alta no leite UHT (+3,71%) e queda nos queijos (-1,43%). Em 12 meses, a inflação no grupo de leite e derivados foi de 12,94%

 

  • As importações brasileiras de leite totalizaram 72,5 milhões de litros em julho, ficando 2,5% maiores em relação aos volumes importados em junho de 2021.
  • Já as exportações tiveram queda no mês. O volume de 11,4 milhões de litros foi 39,9% menor que o registrado em junho, mas 9,6% maior em relação ao mesmo mês de 2020.
  • O saldo da balança comercial no acumulado até julho registrou déficit de US$211 milhões e um volume de 514 milhões de litros.
  • Os preços internacionais registraram nova queda. No primeiro leilão de agosto do GDT, o leite em pó integral fechou em US$3.598/ton (-5,2%) e o desnatado em US$3.020/ton (-0,9%).

 

Fonte: https://www.cileite.com.br/

Tecnologia inédita ajuda na detecção de fraudes em produtos lácteos

Tecnologia inédita ajuda na detecção de fraudes em produtos lácteos

Evitar que se compre gato por lebre. É esse um dos trabalhos do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para os consumidores e entidades ligadas a produção de leite e derivados do tipo A2A2 e de búfala. A metodologia que identifica fraudes nesses produtos foi desenvolvida de forma inédita pelo IZ e esta é uma das entregas tecnológicas do Instituto ao setor produtivo neste ano.

A disponibilização do método faz parte do programa de Entregas Tecnológicas do Governo do Estado de São Paulo. Até 2022, os seis Institutos e 11 Polos Regionais de pesquisas ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria, disponibilizarão 150 tecnologias a toda a cadeia de produção do agro. Neste ano, a meta é disponibilizar 50 tecnologias na área de agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, economia, processamento de alimentos e sanidade.

De acordo com Aníbal Eugênio Vercesi Filho, a metodologia de trabalho do IZ possibilita identificar a adição de leite A1A1 ou A1A2 em leite e derivados vendidos como A2A2 e adição de leite de vacas em leite de búfalas, principalmente voltado para fabricação de produtos lácteos, como queijos. Com isso, ganham as empresas que beneficiam os produtos e os consumidores que podem ter a confiança de estarem consumindo aquilo que compraram, sem nenhum tipo de fraude. Os trabalhos científicos do IZ com as novas metodologias foram publicados nos periódicos internacionais Food Chemistry.e International Dairy Journal.

 

 

“No Laboratório de Biotecnologia do Centro de Pesquisa de Genética e Reprodução Animal, localizado em Nova Odessa, conseguimos identificar quantidades mínimas de mistura, abaixo de 1% do volume total do produto. Com isso, podemos dar tranquilidade as empresas e consumidores quanto ao que compraram. Isso é muito importante também do ponto de vista da saúde, já que algumas pessoas possuem intolerância a proteína do leite A1 e, por isso, consomem o leite A2A2. A mistura de produtos pode causar prejuízo a saúde dessas pessoas”, explica o pesquisador.

Segundo Roberto Jank Jr, diretor-presidente da Agrindus S/A, o Instituto de Zootecnia foi fundamental no desenvolvimento da ferramenta para evitar possíveis fraudes no leite de vacas A2A2. “O fato de existir um sistema de detecção de fraude no varejo é um grande auxílio para o sistema de fiscalização, ao Ministério de Agricultura e aos certificadores privados de terceira parte, o que ajuda na efetividade de atuação do poder público. O consumidor agradece”, afirma o cliente do IZ, que mensalmente envia leite e diferentes produtos lácteos A2A2 para análise em Nova Odessa.

“O trabalho realizado pelo IZ é de grande importância para que a Associação Brasileira dos Criadores de Búfalas dê o selo de pureza, a certificação, de que aquele produto é feito exclusivamente com leite de búfala. Isso dá garantia ao consumidor, o que é muito relevante”, complementa Caio Vinicius Rossato, presidente da ABCB, também cliente do Instituto.

 

Como funciona? 

O IZ utiliza dois métodos para detecção de fraudes, o HRM (High Resolution Melting) e o rhAmp, capazes de discriminar e detectar de maneira altamente confiável os genótipos A1A1, A2A2 e A1A2 do gene CSN2 em amostras de DNA de animais e de leite e seus derivados. Vercesi Filho explica que a detecção por rhAmp é dez vezes mais sensível que o método HRM, sendo indicada para a fiscalização de leite A2.

O próximo passo do trabalho é finalizar o desenvolvimento de metodologia similar para identificação de fraudes em leite de cabra. O IZ também está em fase de adequação do laboratório para receber certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e acreditação na norma internacional ISO 17025, o que colocará o local como um laboratório oficial no Brasil para esse tipo de análise.

O Laboratório recebeu recursos de R$ 210 mil neste ano para compra de novos equipamentos e melhorias. Os investimentos são oriundos de projetos com a iniciativa privada, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP).

Genotipagem de animais 

Outro trabalho importante realizado pelo Laboratório é a genotipagem de animais que possuem em sua genética apenas alelos A2A2 e que produzirão leite desse tipo. O IZ consegue fazer um mapa genético dos animais utilizando a metodologia HRM. “Isso é muito importante para o produtor que quer iniciar a produção desse tipo de leite, porque ele poderá traçar a melhor estratégia para separar os animais e produzir esse produto de maior valor agregado”, explica Vercesi Filho.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa – APTA

Boletim CILeite – Mercado lácteo perde força em julho

Boletim CILeite – Mercado lácteo perde força em julho

O mercado lácteo andou de lado no mês de julho, com enfraquecimento das vendas e maior dificuldade de repasses de preços. No atacado, o leite UHT e o leite em pó fracionado tiveram preços praticamente estáveis na comparação com junho. Já o queijo muçarela apresentou um pequeno recuo, de 3%. Com esse cenário de vendas mais fracas, o leite no mercado Spot acabou sofrendo um ajuste negativo nas cotações com queda de 10% na média de julho em relação ao mês anterior. Todavia, a ocorrência das geadas em julho, afetando as forragens, gerou uma maior preocupação sobre a disponibilidade interna atual de leite e sustentou as cotações na segunda quinzena do mês.

 

Conseleites projetam queda no preço ao produtor, após quatro altas seguidas

Em julho, o preço do leite ao produtor registrou a quarta alta consecutiva. Para o pagamento de agosto, os Conseleites projetam a reversão desta trajetória. Em Santa Catarina, a queda projetada foi de 2,1%, enquanto Rio Grande do Sul (-1,3%) e Paraná (-0,7%) projetaram quedas menores. A exceção ficou por conta de Minas Gerais que indicou certa estabilidade (+0,1%).

 

 

Milho volta a subir com novas perdas na safrinha

O clima frio e a ocorrência de geadas também refletiram nas cotações do milho no mercado interno. A safrinha, que já contabilizava perdas devido ao clima seco, acabou sendo afetada novamente pelo frio. Isso causou uma preocupação com o abastecimento do cereal e gerou nova valorização nas cotações. O mercado de farelo de soja andou praticamente de lado ao longo de julho. O mesmo ocorreu com o mercado de boi gordo, com vendas internas mais fracas. Já o bezerro, registrou pequena queda em função da maior oferta de animais para vendas, estimulada pela piora na condição das pastagens neste momento, também prejudicada pelas geadas na região Centro-Sul.

 

 

Fonte: CILeite