XML da NF-e: tire todas as suas dúvidas sobre esse arquivo

XML da NF-e: tire todas as suas dúvidas sobre esse arquivo

O XML da NF-e é um dos documentos fiscais mais importantes para os negócios, mas ainda é um mistério para muitos empreendedores.

Afinal, o que é exatamente um XML? Qual a diferença entre esse arquivo e a nota fiscal eletrônica? E onde entra o DANFE nessa história?

Diante de tantas dúvidas, reunimos todas as respostas que você procura em um guia completo sobre o XML da NF-e. Siga a leitura e entenda a importância de gerenciar seus arquivos XML.

O que é arquivo XML NF-e

O arquivo XML da NF-e é o formato digital da nota fiscal eletrônica emitida nas vendas de produtos.

A sigla significa “eXtensible Markup Language” em inglês, que é basicamente um formato de arquivo universal usado para criar documentos com dados organizados.

Quando você faz uma compra, por exemplo, a empresa envia a NF-e por e-mail com a extensão “.xml” — nesse caso, é preciso baixar o arquivo e convertê-lo em PDF para conseguir visualizar as informações do documento.

No Brasil, o XML da nota fiscal obedece ao padrão nacional de escrituração fiscal e pode ser utilizado com segurança em todo o país.

Diferentemente do Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), sobre o qual falaremos adiante, o arquivo XML não acompanha a mercadoria negociada, cabendo ao fornecedor disponibilizá-lo ao cliente para consulta e armazenamento eletrônico.

Quais informações devem constar no XML NF-e

O arquivo XML da NF-e armazena todas as informações obrigatórias da nota fiscal eletrônica de produto.

Estes são alguns dos campos presentes no documento digital:

  • Dados da NF-e: modelo, série, número, data de emissão, data de saída/entrada e valor total
  • Dados do emitente: nome e razão social, CNPJ, endereço, inscrição estadual e código do município da ocorrência do fato gerador do ICMS
  • Dados do destinatário: nome e razão social, CNPJ, endereço e inscrição estadual
  • Dados dos produtos e serviços: descrição, quantidade, unidade comercial e valor
  • Dados relativos ao ICMS: base de cálculo, valor dos produtos, valor do frete, valor do seguro, substituição, PIS, IPI e Cofins
  • Dados do transporte: modalidade de frete, dados do transportador (CNPJ e endereço), informações sobre o veículo (placa e RNTC) e do volume transportado (quantidade, peso líquido e bruto)
  • Dados de cobrança: endereço e forma de pagamento
  • Informações adicionais: fonte de impressão DANFE e informações complementares de interesse do contribuinte.

Para que serve o XML da NF-e

O arquivo XML NF-e é o formato oficial da nota fiscal eletrônica, ou seja, o documento fiscal que comprova a operação de venda.

Logo, ele formaliza a propriedade sobre o bem ou serviço adquirido e permite que o governo fiscalize o recolhimento de tributos, e deve ser guardado tanto pelo fornecedor quanto pelo comprador pelo prazo mínimo exigido em lei (5 anos).

Dentro desse período, a Receita Federal pode solicitar o XML para auditoria — daí a necessidade de armazenar esses arquivos em segurança.

Desde 2006, os antigos talões de notas fiscais vêm sendo substituídos pela nota fiscal eletrônica (NF-e), que é muito mais prática e eficiente para empreendedores e órgãos públicos.

Para o empresário, a nota fiscal em XML facilita o controle do faturamento, dos impostos pagos e das vendas, além de servir como prova da regularidade do negócio em caso de fiscalizações.

Para o consumidor, ela serve como comprovante para requisição de garantia, troca ou devolução após a compra, e também como documento fiscal para prestação de contas à Receita Federal (por exemplo, para dedução de despesas na declaração do Imposto de Renda).

Diferenças entre XML, NF-e e DANFE

Muitos empreendedores confundem XML, NF-e e DANFE, porque são conceitos muito próximos e interligados, mas têm suas diferenças.

Vamos entender o que significa cada um:

Nota fiscal eletrônica

A nota fiscal eletrônica (NF-e) é a versão de nota digital que formaliza as vendas de produtos.

Ela foi criada para substituir as notas fiscais de modelos 1 e 1A, utilizadas nas operações de venda relacionadas à cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Logo, sua emissão é obrigatória em qualquer venda de produto que tenha incidência de ICMS.

A validação da NF-e é assegurada pela assinatura digital (emissora do documento) e pela autorização da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) do estado em que a empresa foi registrada.

DANFE

O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é um documento que funciona como representação simplificada da NF-e e deve acompanhar o produto durante todo o transporte.

Ele é impresso e contém os principais dados do documento fiscal, tendo a função de facilitar o acesso e a conferência das informações.

Para consultar a nota fiscal original online, basta utilizar o código de 44 dígitos que consta nesse documento provisório.

Arquivo XML

O arquivo XML é o formato padrão para registro das informações da NF-e, ou seja, ele é a nota fiscal de fato.

O layout utilizado no documento é padronizado em todo o território nacional e é preciso utilizar softwares específicos para ler seu conteúdo e converter em outros formatos como PDF.

Quando é preciso apresentar a nota fiscal eletrônica para fins de fiscalização ou troca de produtos, o arquivo enviado é o XML (e não a versão impressa ou PDF convertido).

Por isso é tão importante armazenar esse arquivo da forma correta e pelo prazo estipulado pela Receita Federal.

XML x NF-e x DANFE

Como você pode notar, o XML, NF-e e DANFE são representações distintas da mesma nota fiscal eletrônica, que se diferenciam principalmente pela função no processo de emissão.

Se sua empresa compra ou vende produtos, você precisa conhecer muito bem esse processo e saber quando utilizar cada formato.

Para começar, é preciso emitir a nota fiscal eletrônica em todas as vendas para manter seu negócio regular — o único que não precisa emitir NF-e é o MEI.

Para saber se sua empresa é obrigada a aderir à NF-e você deve consultar o Portal NF-e da Receita Federal, o site da Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) de seu Estado ou de Secretaria da Fazenda de sua cidade (no caso das empresas de serviço).

Depois de emitir a nota fiscal utilizando um software emissor, você deve imprimir o DANFE caso o produto tenha que ser entregue (circulação de mercadorias), entregando o documento à transportadora.

Ele vai servir como comprovante da operação e também como recibo quando o consumidor receber o produto — mas vale lembrar que emissor e receptor não são obrigados a guardar uma cópia.

Além do DANFE, também é preciso emitir um arquivo XML para cada NF-e.

Ele não acompanha a mercadoria, mas pode ser enviado pelo fornecedor ao cliente por e-mail, ou estar disponível para download em área específica no site da empresa responsável pela venda do produto.

Como já citamos, tanto emissor quanto receptor devem guardar seus arquivos XML pelo prazo de cinco anos.

Como gerar o XML NF-e

Para gerar o XML da NFe, você precisa utilizar um software emissor de nota fiscal eletrônica e estar devidamente credenciado na Secretaria da Fazenda estadual, além de possuir certificado digital.

O certificado funciona como uma assinatura digital que autentica suas notas fiscais, enquanto o cadastro na SEFAZ é necessário para obter autorização para emissão dos documentos online.

Em relação ao programa emissor, você tem duas opções:

  • Usar o emissor gratuito oficial do Sefaz (NF-e) ou da prefeitura (NFS-e)
  • Usar um emissor próprio integrado ao sistema do governo.

É importante lembrar que os emissores gratuitos possuem diversas limitações, como a necessidade de redigitar dados e dificuldade em gerenciar um alto volume de notas fiscais.

Geralmente, o processo de emissão do XML funciona da seguinte forma:

  • A empresa emissora de NF-e gera um arquivo eletrônico contendo informações fiscais da operação comercial
  • O arquivo é assinado digitalmente (com certificado digital) para garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor
  • Este arquivo eletrônico é então transmitido pela internet para a Sefaz do estado em que sua empresa está inscrita (jurisdição do contribuinte) para uma pré-validação
  • Um protocolo de recebimento (Autorização de Uso) é devolvido pelo governo
  • Você obtém o XML validado (a NF-e em si) e já pode imprimir o DANFE.

Vantagens em usar o XML para NF-e

O arquivo XML foi escolhido para carregar a NF-e porque é um dos mais versáteis e possui alta portabilidade. Isso quer dizer um banco de dados pode, através de uma aplicação, escrever em um arquivo XML, e um outro banco distinto pode ler então estes mesmos dados sem precisar de plataformas específicas.

Outra vantagem é que o padrão pode ser facilmente atualizado, como em 2018, quando o layout mudou para NF-e 4.0.

Para o empreendedor, o XML é vantajoso porque ajuda a integrar informações, diminuir custos com papeladas fiscais e agilizar os processos que antes demandavam muito tempo.

Com as plataformas de armazenamento de XML, é possível organizar com mais facilidade os documentos fiscais e extrair relatórios a qualquer momento, por exemplo.

Além disso, seu contador consegue acessar rapidamente as informações necessárias da nota fiscal para que não haja retrabalho e você tenha que arcar com juros, impostos e multas.

Custo ao produtor deve cair com suspensão de tarifa de importação de soja e milho

Custo ao produtor deve cair com suspensão de tarifa de importação de soja e milho

O custo de produção no setor de proteína animal deve cair um pouco após a Câmara de Comércio Exterior (Camex) ter suspendido temporariamente a Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as importações de soja e milho de fora do Mercosul. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, em nota divulgada neste domingo.

“A Abraleite acredita que a retirada da tarifa pode ajudar a controlar as altas vertiginosas nos preços desses insumos que são commodities e possuem suas cotações atreladas ao dólar, vivendo momento de maior exportação para Ásia, sobretudo para China”, disse Borges, acrescentando que a medida também pode beneficiar os consumidores, contendo, talvez as altas dos alimentos à população.

“Essa suspensão dos impostos pode amenizar os efeitos do que está acontecendo hoje e que está dificultando a produção de proteína animal – leite, frango, ovos, suínos e até bovinos de corte criados em confinamento”, continuou Borges. Farelo de soja e milho são os principais insumos alimentares dessas cadeias produtivas e também o item que mais pesa no custo de produção.

Segundo Borges, as expressivas altas dos grãos no mercado brasileiro nos últimos meses têm trazido muitas dificuldades às cadeias produtivas do leite, aves e suínos, que utilizam amplamente estes grãos nas dietas dos animais.

No início de outubro, no dia 5, o indicador Esalq/BM&FBovespa; Paranaguá (PR) bateu recorde real, ao atingir R$ 156,02/saca de 60 quilos. O recorde anterior era de 31 de agosto de 2012, de R$ 153,40/saca, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na sexta-feira, novo recorde foi batido, ao alcançar R$ 159,44/saca, alta de 1,55% ante quinta-feira e de 7,64% no mês.

Já o milho ultrapassou os R$ 70/saca na quinta-feira, alcançando os R$ 70,30 a saca de 60 quilos na região de Campinas (SP), informou o Cepea na sexta-feira (16), em relatório. O indicador vem em ritmo de alta há mais de dez dias e, entre 8 e 15 de outubro, subiu 4,1%. Já na parcial de outubro, 10,5% ante o mês anterior. Na sexta-feira, o indicador do milho encerrou o dia a R$ 70,72, avanço de 0,6%.

De acordo com nota do Ministério da Agricultura divulgada ontem, a suspensão temporária do imposto de importação para soja (grão, farelo e óleo de soja) valerá até 15 de janeiro de 2021. Já em relação ao milho, as importações brasileiras sem pagamento de imposto vão até 31 de março de 2021. “O estabelecimento dessas datas visa não comprometer a comercialização da próxima safra, que tem a colheita prevista para início do próximo ano”, observa o ministério.

Fonte: Estadão

ERP e a segurança de dados

ERP e a segurança de dados

Um Sistema de Gestão Empresarial bem utilizado pode ser uma poderosa ferramenta em prol dos negócios e da proteção aos dados. Mas se for aplicado de forma precária, pode abrir muitas brechas para ataques hackers.

Nos dias de hoje é praticamente impossível pensar que uma empresa de médio porte não possua um ERP (Enterprise Resource Planning ou, em português, Sistema de Gestão Empresarial), adquirido de um fornecedor de tecnologia ou desenvolvido internamente.

Obviamente estes ERPs estão recheados de informações de produtos, fornecedores, clientes e em especial de dados pessoais, principalmente de funcionários, fornecedores e clientes.

Sabe aquelas tabelas chamadas de cadastro de funcionários, cadastro de currículos, relação de clientes, com nome, cargo, endereço? Pois é, essas informações ou estão no ERP ou no CRM (Customer Relationship Management ou, em português, Gestão de Relacionamento com o Cliente)

Um banquete para não convidados

Provavelmente o grau de segurança cibernética em empresas de menor porte seja menor, mas as informações que podem ser extraídas valem muito para um hacker.

Pois é, já imaginou que informações sobre dez, cem, mil vendedores, como local onde trabalham, nome, CPF, remuneração e outros dados pessoais sensíveis, podem simplesmente ser extraídos e utilizados por terceiros?

Talvez você que lê meu artigo esteja pensando que o que escrevo aqui não se aplica a sua empresa. Ao meu ver, só não se aplica se ela possui um ERP de ponta, profissionais extremamente qualificados, treinamento contínuo em gestão e proteção de dados pessoais, moderníssimo sistema de detecção de comportamento pessoal, capaz de emitir um alerta quando regras de negócios são violadas e dados estão sendo extraídos. Caso contrário, se aplica sim.

Sua empresa ainda não chegou neste nível?

Bem, se ela ainda não atingiu o alto nível citado acima, vamos ver o que pode ser feito. Afinal, acredito que ainda dê tempo, até agosto de 2020, de rever processos de negócios e de acesso aos sistemas, fazer um inventário completo de todas as aplicações internas e externas, e avaliar as medidas de segurança e proteção de dados.

Mantendo o foco no sistema de gestão empresarial, o primeiro passo é saber, além das tabelas, arquivos e cadastros que o seu ERP originalmente possui, quais são as outras tabelas existentes.

Não importa se o ERP da sua empresa é de mercado ou desenvolvido internamente, a questão aqui é como eliminar essas vulnerabilidades, e de que forma controlar o acesso a essas tabelas. Por exemplo, é impossível manter um sistema de ERP padrão, sem nenhuma customização, sem uma única tabela fora do dicionário de dados padrão do sistema ERP.

Os fabricantes, sem dúvida, trabalham diariamente para contenção de vazamento de dados em sua estrutura padrão, o que ajuda muito. Mas quem cuida da segurança das tabelas “Z” escritas em milhões de linhas de código?

A solicitação diária dessas informações faz parte da vida da empresa, assim como a segurança das mesmas também fará parte dos processos de negócios empresariais.

O que fazer então?

Para evitar que as vulnerabilidades ocorram não é necessário contratar novos funcionários para TI ou uma empresa de consultoria internacional para resolver a questão, basta iniciar um simples inventário dos sistemas que se encontram nessa situação, analisar o processo como um todo, quem pediu a informação, por que pediu a informação e como ela será utilizada e descartada.

A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais vem para ajudar as empresas e não para punir. Passamos da hora de nos preocuparmos com a segurança da informação em nossas empresas e criarmos uma nova cultura voltada à segurança de dados.

LGPD

O impacto da LGPD deve ser para melhorar os processos internos, mudar a forma de armazenar e tratar as informações, trazer novas regras e responsabilidades, fazendo com que, no final, a empresa se torne mais confiável e essa confiança seja repassada em seus produtos e serviços.

Colocar um certificado de adequação à LGPD, na recepção da empresa, ou contratar um seguro contra vazamento de dados não resolverá a questão.

O Brasil está sempre no ranking dos mais atacados por hackers. Nossos dados pessoais são violados diariamente, é comum você receber uma ligação em que o interlocutor já tem o número de seu CPF, CEP, idade e em alguns casos o nome de sua mãe e do seu pai e, é claro, o seu telefone.

A transformação digital nos trouxe este novo cenário. Na medida em que novos aplicativos são desenvolvidos e instalados em smartphones, novos dispositivos de coleta e armazenamento de dados são inseridos em nossas empresas. Arrisco dizer que são poucos os projetos que consideram o tema segurança e proteção de dados.

No Brasil, quando os ERPs começaram a ser comercializados em maior escala para as PME´s, no fim da década de 80, um dos grandes argumentos de venda era citar que o sistema era totalmente integrado, uma única base de dados. Hoje essa integração tem que ser analisada quando o conteúdo é dado pessoal e, dependendo da integração, é preciso fazer uma segregação e adotar tratamentos específicos para cada caso.

Uma nova cultura nasce em busca da transparência, ética, responsabilidade e entrega de valor não somente aos clientes, mas principalmente a toda sociedade. Podemos, assim, chamar isso de cultura da segurança da informação e proteção de dados.

E podemos começar com o que sabemos e temos em nossos silos de dados, adotar metodologias extremamente úteis e disponíveis no mercado. Iniciar pelo simples e, desta forma, dar o primeiro passo para essa nova jornada de segurança e proteção dos dados, que resultará no conhecimento do ativo mais precioso que uma empresa poderá ter no futuro: os dados.

Fonte: Serpro

Cooperativa de laticínios testa combustível para veículos produzido com dejetos de vacas leiteiras

Cooperativa de laticínios testa combustível para veículos produzido com dejetos de vacas leiteiras

A cooperativa de laticínios Arla está transformando dejetos de vacas das suas fazendas no Reino Unido em combustível para veículos.

A iniciativa da Arla permitirá que os produtores enviarão os resíduos de suas vacas para uma usina de digestão anaeróbica próxima, onde serão divididos em diferentes componentes, incluindo biometano limpo, e convertidos em combustível utilizável.

A Arla disse que o teste a torna a primeira empresa do Reino Unido a usar resíduos de suas próprias fazendas para gerar energia para sua frota. O processo também criará fertilizantes que os produtores poderão utilizar nas fazendas, tornando o que a cooperativa disse ser um ciclo totalmente fechado.

O teste de três meses envolverá dois navios-tanque da Arla adaptados para funcionar com biocombustível, transportando leite entre locais de processamento de laticínios. Juntos, eles devem cobrir cerca de 90.000 km e ajudar a reduzir o impacto de carbono da empresa em 80 toneladas. A Arla usará estrume de 500 vacas – cerca de 190 toneladas por semana – para criar 27.000 kg de biocombustível para movimentar os veículos de teste.

Para marcar o lançamento da iniciativa, a cooperativa de propriedade de produtores lançou o primeiro “posto de combustível movido a vaca” do Reino Unido em uma das fazendas participantes em Winslow, Bucks.

Ian Barker, um fazendeiro da Arla envolvido no teste, disse: “Processar dejetos de vacas dessa maneira nos fornece uma fonte ilimitada de energia, além do fato de o digerido, ou matéria sólida, que sobra após o processo torna um fertilizante ainda mais rico para meus campos, então é um ganha-ganha. ”

Graham Wilkinson, diretor de agricultura da Arla, disse: “Usar dejetos das nossas fazendas está nos ajudando a reduzir nosso desperdício e depender menos de combustíveis fósseis que poluem o ar, portanto, é muito positivo para nós. Com a ajuda de nossos produtores e parceiros, temos um ciclo totalmente fechado que, em escala, pode ser revolucionário para ajudar a alimentar um futuro mais verde.”

A Arla está usando o teste para avaliar a ampliação das oportunidades em sua cadeia de valor. Se for um sucesso, estabelecerá as bases de como a indústria de laticínios pode unir forças com o governo e outros parceiros para permitir novas soluções de combustível que reduzam o impacto ambiental.

Fonte: Milkpoint

Crescimento da produção de leite e preços em queda

Crescimento da produção de leite e preços em queda

Um delicado re-equilíbrio de oferta e demanda está no horizonte, de acordo com o novo RaboResearch Dairy Quarterly para o terceiro trimestre de 2020, publicado em 24 de setembro.

O crescimento da produção de leite nos principais motores de exportação teve início no segundo trimestre de 2020 e deve continuar se expandindo até 2021, situação que não tem sido igualada desde 2018. Apesar das interrupções que a Covid-19 trouxe para os mercados globais de lácteos, os preços do leite permaneceram resistentes. O Rabobank prevê um aumento anual de 1,3% na produção nas 7 principais regiões leiteiras no quarto trimestre de 2020, e 1,09% no primeiro semestre de 2021 e 0,8% no segundo semestre de 2021 .

Os preços das commodities se recuperaram no segundo trimestre, em grande parte graças ao apoio do governo em forma de compras, gestão de estoque e estímulo fiscal para os consumidores. As perspectivas para o apoio governamental são menos certas no quarto trimestre e em 2021, aumentando o risco de pressão de baixa sobre os preços.

Melhorias sequenciais são vistas no foodservice à medida que mais regiões saem do bloqueio, enquanto as vendas no varejo de lácteos mostram os primeiros sinais de desaceleração. Levará algum tempo para que a demanda por foodservice retorne aos níveis pré-Covid-19, mesmo em países que estiveram bem à frente da curva.

Com a expectativa de que a produção de leite cresça nos próximos 12 meses e o consumo levará algum tempo para se recuperar, o Rabobank espera que os fundamentos do mercado global permaneçam fracos no segundo trimestre de 2021, ponto em que o nível de excedente exportável diminuirá no segundo semestre de 2021, à medida que o consumo interno melhora.

O comportamento das importações chinesas nos próximos seis a nove meses, após a continuidade do crescimento da oferta local e uma possível mudança na estratégia de armazenamento, apresenta incertezas para as perspectivas dos produtores de leite. As importações de lácteos chineses ainda devem cair em 2020 e 2021 (excluindo soro de leite). Políticas monetárias frouxas e uma taxa de câmbio do dólar americano fraca apresentarão riscos de alta para os preços dos laticínios.

Fonte: Milkpoint