por Magistech | set 23, 2020 | Uncategorized
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou ontem (22/09), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 94, de 18 de setembro de 2020.
A Instrução Normativa aprova o Regulamento Técnico (RTIQ) que fixa os padrões de identidade e os requisitos de qualidade para o soro de leite e o soro ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó, destinados ao consumo humano.
A IN revoga a anteriormente publicada (IN 80, de 13 de agosto de 2020) e entra em vigor a partir do dia 1 de outubro de 2020.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 94, DE 18 DE SETEMBRO DE 2020
Art. 1° Fica aprovado o Regulamento Técnico, que fixa os padrões de identidade e qualidade que deve atender o soro de leite e o soro de leite ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó, destinados ao consumo humano, de acordo com esta Instrução Normativa e os seus Anexos I e II.
Art. 2° Para fins desse Regulamento, soro de leite é o produto lácteo líquido extraído da coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, caseína alimentar e produtos similares.
§ 1° O soro de leite pode opcionalmente, ser submetido ao processo de desnate.
§ 2° Para ajustar o teor de proteína poderão ser utilizados os seguintes produtos lácteos:
I – retentado de soro de leite: o retentado do soro de leite é o produto que se obtém da concentração da proteína mediante ultrafiltração do soro de leite concentrado desnatado.
II – permeado de soro de leite: o permeado de soro de leite é o produto que se obtém da extração da proteína e da gordura do soro de leite mediante ultrafiltração do soro de leite concentrado desnatado.
III – Lactose: constituinte natural do leite, que se obtém usualmente do soro, com um teor de lactose anidra não inferior a 99,0% m/m na base seca. Pode ser anidra ou conter uma molécula de água de cristalização ou constituir uma mistura de ambas as formas.
Art. 3° Quanto a acidez, o soro de leite classifica-se em:
I – soro de leite, quando a coagulação se produz principalmente por ação enzimática, devendo apresentar pH entre 6,0(seis) e 6,8 (seis e oito décimos).
II – soro de leite ácido, quando a coagulação se produz principalmente por acidificação, devendo apresentar pH inferior a 6,0 (seis).
Art. 4° Quanto ao tratamento térmico, o soro de leite classifica-se em:
I – soro de leite refrigerado, quando o produto for submetido somente ao processo de resfriamento;
II – soro de leite termizado, quando o produto for submetido a termização (pré-aquecimento), mediante um tratamento térmico tecnologicamente adequado;
III – soro de leite pasteurizado, quando o produto for submetido a pasteurização, mediante um tratamento térmico tecnologicamente adequado.
Art. 5° Quanto à concentração, o soro de leite classifica-se em:
I – soro de leite concentrado, quando submetido à desidratação parcial por processo tecnologicamente adequado seguido por refrigeração;
II – soro de leite em pó, quando submetido à desidratação por processo tecnologicamente adequado.
Art. 6° Quanto ao teor de sais minerais e de lactose, o soro de leite classifica-se em:
I – parcialmente desmineralizado ou desmineralizado, quando ocorrer a redução do teor de sais minerais por processo tecnologicamente adequado;
II – parcialmente delactosado quando ocorrer a redução do teor de lactose por processo tecnologicamente adequado.
Art. 7° É permitido o uso de aditivos e coadjuvantes de tecnologia autorizados em legislação específica.
Art. 8° Os produtos definidos nesta Instrução Normativa devem apresentar as seguintes características sensoriais:
I – consistência líquida, viscosa ou em pó;
II – coloração:
a) branca, amarelada ou esverdeada quando de consistência líquida ou concentrada; e,
b) branca a creme quando em pó.
III – odor e sabor característicos:
a) ligeiramente adocicado ou salgado; e,
b) ligeiramente ácido, no caso do soro de leite ácido.
Art. 9. O soro de leite deve atender aos parâmetros físico-químicos estabelecidos no Anexo I desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. O soro de leite reconstituído deve atender aos parâmetros físico-químicos do soro de leite líquido.
Art. 10. O soro de leite em pó deve atender aos parâmetros microbiológicos estabelecidos no Anexo II desta Instrução Normativa.
Art. 11. Os produtos devem ser acondicionados, conservados e transportados em condições que garantam a manutenção dos padrões de identidade e qualidade previstos nesta Instrução Normativa.
§ 1° O tempo transcorrido entre a obtenção do soro refrigerado até o início do seu processamento industrial deve ser no máximo 72 (setenta e duas) horas.
§ 2° O tempo total transcorrido entre a obtenção do soro refrigerado, quando termizado, pasteurizado, até o início do seu processamento industrial deve ser no máximo 96 (noventa e seis) horas.
§ 3° O tempo total transcorrido entre a obtenção do soro refrigerado, quando concentrado, até o início do seu processamento industrial deve ser no máximo 120 (cento e vinte) horas.
§ 4° O soro de leite líquido, independente do tratamento térmico aplicado, deve ser refrigerado e conservado a uma temperatura máxima de 7°C (sete graus Célsius), caso o soro não seja imediatamente processado, em até 6 (seis) horas.
§ 5° O soro de leite concentrado até 30% (trinta por cento), deve ser refrigerado e conservado a uma temperatura máxima de 8°C (oito graus Célsius).
§ 6° O soro de leite líquido deve ser transportado em tanques isotérmicos e recebido a uma temperatura máxima de 10°C (dez graus Célsius), no momento da sua chegada ao estabelecimento onde vai ser feito o processamento final.
§ 7° O soro de leite concentrado até 30% (trinta por cento), deve ser transportado em tanques isotérmicos e recebido a uma temperatura máxima de 10°C (dez graus Célsius), no momento da sua chegada ao estabelecimento onde vai ser feito o processamento final.
§ 8° O soro de leite concentrado acima de 30% (trinta por cento) de sólidos totais, ou em processo de cristalização, poderá ser conservado ou transportado a outras temperaturas, desde que necessário ao processo tecnológico e não prejudique a qualidade e a integridade do produto.
Art. 12. O soro de leite não deve conter impurezas e substâncias estranhas à sua composição, como neutralizantes da acidez e reconstituintes da densidade.
Art. 13. O soro de leite em pó deverá ser envasado em embalagens bromatologicamente aptas.
Art. 14. A denominação de venda do produto, de acordo com a suas classificações e processamento tecnológico, deve ser:
I – soro de leite refrigerado;
II – soro de leite ácido refrigerado;
III – soro de leite termizado;
IV – soro de leite ácido termizado;
V – soro de leite pasteurizado.
VI – soro de leite ácido pasteurizado;
VII – soro de leite concentrado;
VIII – soro de leite ácido concentrado;
IX – soro de leite concentrado parcialmente desmineralizado;
X – soro de leite concentrado desmineralizado.
XI – soro de leite em pó;
XII – soro de leite ácido em pó;
XIII – soro de leite em pó parcialmente desmineralizado; e,
XIV – soro de leite em pó desmineralizado.
Parágrafo único. No caso de soro de leite com redução da lactose deve constar a expressão “parcialmente delactosado” ao final da denominação de venda do produto.
Art. 15. Os estabelecimentos que já possuem soro de leite e o soro de leite ácido têm o prazo de 365 (trezentos e sessenta cinco) dias, contados a partir da data da publicação desta Instrução Normativa, para a atualização do registro de seus produtos e atendimento aos requisitos estabelecidos neste Regulamento Técnico.
Parágrafo único. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação, a que se refere o caput, podem ser comercializados até o fim de seu prazo de validade.
Art. 16. Esta Instrução Normativa revoga a Instrução Normativa n.º 80, de 13 de agosto de 2.020, publicado no Diário Oficial da União, em 17 de agosto de 2.020, Edição: 157, Seção: 1, Página: 2.
Art. 17. Esta Instrução Normativa entra em vigor em 01 de outubro de 2020.
Fonte: Diário Oficial da União.
por Magistech | set 22, 2020 | Uncategorized
Para aproximar parceiros e interagir com a cadeia produtiva do leite e com os consumidores, a Embrapa, através de sua unidade de pesquisas em Pelotas, está programando uma série de eventos online do projeto Leite Seguro. A intenção é apresentar o projeto, divulgar tecnologias para atividade leiteira e capacitar técnicos e produtores para produção de leite seguro e de qualidade. Serão eventos quinzenais, iniciados neste mês e se estendendo até novembro.
O Programa Leite Seguro tem como objetivo gerar soluções para maximizar a segurança, qualidade e integridade do leite e derivados no Sul do Brasil visando a alimentação saudável e a proteção da saúde do consumidor de lácteos. Dentre as atividades a serem realizadas estão previstas ações de transferência de tecnologias para técnicos, produtores e consumidores de lácteos.
“O período de teletrabalho restringiu as viagens e reuniões presenciais entre a equipe do projeto e as instituições que atuam na cadeia produtiva do leite. A realização de eventos online do projeto irá contribuir para a divulgação das ações, realização de capacitações (em atendimento aos objetivos e metas propostos) e aproximação com parceiros, promovendo a interação com a cadeia produtiva do leite e com os consumidores”, disse Maira Zanela, integrante da equipe do projeto.
Eventos online
A proposta é que cada evento agendado enfoque uma abordagem de interesse do setor. A primeira atividade irá apresentar o projeto Leite Seguro, seus objetivos e perspectivas de ação; o segundo encontro, vai apresentar as tecnologias desenvolvidas no Protambo, um programa de boas práticas agropecuárias que se integra ao projeto Leite Seguro. Na sequência, será feita a abordagem sob as Instruções Normativas do 76 e 77, mostrando sua importância, a necessidade de realização das análises de risco e de monitoramento, e após serão mostradas as inovações tecnológicas na cadeia leiteira, através das tecnologias desenvolvidas pela Embrapa. As atividades serão finalizadas com live para consumidores ao evidenciar as características de um leite seguro e os benefícios do consumo de leite na alimentação diária. “A partir dessa experiência, a equipe poderá planejar novos eventos a ser realizados com temas específicos – biosseguridade, planejamento forrageiro, mastite, etc. – conforme as demandas do setor”, disse a pesquisadora.
Os eventos estão programados para serem realizados em uma hora de apresentação de temas e posterior espaço para perguntas. Serão envolvidos integrantes do projeto, parceiros institucionais e convidados com expertise técnica em assuntos de interesse do setor leiteiro. Os eventos online, as lives, terão capacidade ilimitada de participantes, tendo como público de interesse instituições, técnicos, produtores e consumidores. Todos os eventos serão transmitidos pelo canal da Embrapa no Youtube.
Agenda de lives do projeto Leite Seguro:
25 de setembro, 9 de outubro, 21 de outubro, 6 de novembro, 20 de novembro
por Magistech | set 18, 2020 | Uncategorized
A adição da tecnologia no cotidiano é uma necessidade que precisa integrar o planejamento de qualquer empresa, independentemente de seu ramo ou porte. Por isso, o ERP customizado é uma ferramenta relevante para quem deseja obter as vantagens da automatização de processos, configurando o sistema conforme as demandas e características do negócio.
Por outro lado, muitos gestores optam por investir em um sistema pronto, pois a implantação é mais rápida. Mas será que essa decisão realmente vale a pena? Não seria mais inteligente ter uma ferramenta que reflita as operações diárias em vez de ter que ajustar suas atividades a essa solução?
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para que conheça os maiores benefícios de contar com um ERP customizado.
Qual é a importância do ERP feito sob medida?
A resposta é relativamente simples: o ERP customizável (ou personalizado) alinha as operações de acordo com o ritmo (e políticas) de sua empresa, algo que os programas genéricos não conseguem. A personalização automatiza processos repetitivos como gerar notas fiscais, fazer cálculos financeiros, apurar documentos, entre outros.
Além disso, esse tipo de ferramenta pode gerar interação entre outros departamentos, dando um diferencial competitivo importante para o negócio. Portanto, a implantação de um sistema customizado é uma escolha de grande relevância para simplificar a gestão, garantindo um crescimento maior e mais inteligente.
Quais são os benefícios de um ERP customizado?
Contar com um software ERP desenvolvido especialmente para seu negócio vai gerar muitas vantagens. Confira as principais na sequência.
Foco nas demandas específicas do negócio
Essa é uma das vantagens mais importantes de um sistema personalizado. Ao fazer essa escolha, é o sistema de gestão que se adéqua à empresa e não o contrário.
Assim, garante-se que todos os processos, atividades de rotina e diferenciais competitivos sejam incluídos no software, sem mudar o modelo de negócio, o que ocorre com os ERPs comuns, pois não são flexíveis e forçam as empresas a mudarem suas atividades para se alinharem a eles.
Redução de erros
Pela ausência de flexibilização de programas padronizados, algumas corporações adquirem diversos sistemas para setores distintos. Por exemplo: uma ferramenta de gestão para produção, outra para financeiro, outra para RH e assim por diante.
Ao contar com uma solução personalizada, tudo pode ser administrado por ela de forma simultânea. Essa junção permite que os registros lançados em qualquer etapa dos processos sejam acessados em tempo real. Isso evita erros operacionais, diminuindo o retrabalho e dando uma visão operacional ampla, graças aos relatórios gerados pela aplicação.
Adaptações e evoluções
A tecnologia não para de evoluir e esse é outro fator positivo de um software adaptado: as inovações surgem a todo instante, os negócios se atualizam e as atividades internas podem modificar com o tempo.
Nesse sentido, a personalização do ERP não só permite que a adaptação aconteça no momento do desenvolvimento, mas que ela se mantenha com as mudanças. Isso garante vantagens a longo prazo para o empreendimento.
Além disso, quando o sistema se adapta à empresa, é comum que novas demandas surjam no futuro — como a criação processos, relatórios, telas de controle de dados etc. Isso ajuda a suprir as demandas de todos os usuários.
Controle de custos
Os programas convencionais presentes no mercado têm um valor fixo e geralmente não garantem negociações. Dessa forma, você corre o risco de pagar por funcionalidades que não usará, além de não suprir todas as demandas por aquele preço. Já com uma solução personalizada, você paga somente pelo que realmente usufrui. Os desenvolvedores auxiliam sua empresa para elaborar algo de acordo com o orçamento.
Controlar esse tipo custo dá uma maior flexibilidade. Por exemplo, você poderá investir mais dinheiro para atualizar o programa conforme suas demandas surgem ou economizar para lidar com imprevistos. Seja como for, a escolha será sempre sua.
Segurança para os dados
Ao escolher um ERP customizado — independentemente de ficar hospedado na nuvem ou não —, ele será dedicado, ou seja, terá um banco de dados que não será acessado por outras empresas.
Já os sistemas prontos usam arquivamentos compartilhados que, se não forem devidamente criptografados pela fornecedora, podem comprometer o acesso a dados, prejudicando a segurança e a credibilidade das informações.
Possibilidade de adicionar processos e protocolos internos
Um ERP personalizado também permite incluir processos e protocolos internos, como restrição de informações, normas de acesso ou procedimentos de autenticação de dados. Dessa forma, essa tecnologia pode seguir à risca as regras e políticas da empresa, potencializando seu cumprimento durante o trabalho da equipe.
Vale reforçar que, para essa atividade ser cumprida corretamente, a desenvolvedora deve mapear e alinhar as demandas da empresa a fim de garantir que esses fatores sejam considerados antecipadamente.
Facilidade no treinamento de funcionários
Durante a implantação de um sistema ERP, a capacitação dos usuários é um procedimento obrigatório para difundir a tecnologia à equipe e garantir que todos usem as funcionalidades de maneira adequada.
Em geral, essa etapa é vista como custosa por muitas organizações, pois deve ser realizada com todos os funcionários, principalmente nos momentos em que o software passa por atualizações. Ou seja, além de exigir uma certa quantia, os treinamentos demandam que o time tenha um tempo considerável para aprender e se habituar às mudanças.
E aí, está convencido sobre os benefícios do ERP customizado? Se optar por esse investimento tecnológico, certamente melhorará a rotina operacional e analítica de sua empresa. Uma sugestão é nosso software de gestão, o Magis TI, que é uma ferramenta robusta e flexível.
Com ele, é possível controlar e organizar todas as operações (administrativas, comerciais, RH, financeiras, estoque e manufatura) de maneira integrada e segura — sem contar que a centralização de informações favorece a geração de relatórios completos e precisos para tomar decisões de curto, médio e longo prazo.
Entre em contato conosco para conhecer todas as funcionalidades gerenciais que a Magistech pode oferecer a seu empreendimento!
por Magistech | set 16, 2020 | Uncategorized
A Receita Federal anunciou o início da operação malha fina da pessoa jurídica 2020 para identificar falta de escrituração de receitas no SPED.
A operação prevê análise de dados e cruzamento de informações prestadas pela própria pessoa jurídica e por terceiros, objetivando a regularização espontânea das divergências identificadas.
De acordo com a RFB, a primeira operação terá como parâmetro os valores representativos de receitas a serem informados na Escrituração Contábil Fiscal – ECF referente ao exercício de 2019, ano-calendário 2018, das empresas optantes pela apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ com base no Lucro Presumido.
Serão relacionadas na operação todas as ECF referentes ao período acima descrito que apresentarem valores representativos de receitas inferiores às receitas constantes nas Notas Fiscais Eletrônicas, EFD-ICMS/IPI, EFD-Contribuições e Decred do período em referência. Adicionalmente, os valores informados na e-Financeira também serão objeto do cruzamento de dados para a verificação de inconsistências.
Será concedido ao contribuinte o prazo para efetuar a autorregularização, mediante retificação da ECF e da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais-DCTF, evitando, assim, o procedimento de lançamento ofício pela Receita Federal, mediante a exigência das diferenças apuradas, com acréscimo de multas de ofício.
O primeiro lote de comunicação alcançará as pessoas jurídicas jurisdicionadas na Delegacia da Receita Federal em Guarulhos/SP. Em seguida, a operação será expandida para todo o território nacional.
Fonte: Portal Contábeis
por Magistech | set 15, 2020 | Uncategorized
O leite foi um dos itens que mais subiu de preço neste início de ano, com elevação de 22,99% no acumulado do ano como mostra o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, de acordo com pesquisadores e analistas do Núcleo de Socioeconomia, da Embrapa Gado de Leite, essa valorização pode ser considerada normal, e acontece por causa do período de entressafra do produto, que teve início em abril e deve se estender até o final de setembro/início de outubro em boa parte do país.
Além da entressafra, o aumento no consumo de lácteos também foi responsável pela alta desde o início da pandemia, aponta o pesquisador da Embrapa, Glauco Carvalho. “O auxílio emergencial concedido fez com que a faixa mais pobre da sociedade passasse a consumir mais, aumentando o desequilíbrio entre oferta e demanda, sustentando os preços em patamar mais elevado”.
Neste mês, a região Sul do país atinge o pico de safra de leite, com a elevação das temperaturas e o aumento das chuvas. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a retomada costuma ocorrer mais tarde e a produção atinge o pico apenas em dezembro. No entanto, o pesquisador Ricardo Andrade aponta uma preocupação: “Os mapas climáticos têm mostrado que as chuvas podem atrasar um pouco neste ano, ocorrendo só em meados de outubro”. Isso teria como consequência o atraso na recuperação das pastagens e a ampliação do período da entressafra para a região central do Brasil (Sudeste e Centro-Oeste).
Expectativa e preocupação
Para o analista Fábio Diniz, o aumento do consumo também favoreceu o preço pago ao produtor. “Em setembro, referente ao leite entregue em agosto, os produtores estão recebendo em média R$ 0,20 a mais pelo litro de leite em relação ao mês passado”, diz. Alguns laticínios chegam a pagar R$ 0,25 a mais. “A média do preço do leite ao produtor, com bonificação por qualidade, foi de R$ 1,94 por litro em agosto”.
No entanto, o aumento no custo de produção tem preocupado os produtores de leite. Agosto foi terceiro mês consecutivo de alta do milho e o cereal está 51% acima de agosto do ano passado. No farelo de soja a valorização foi de 47% nos preços. No período de entressafra, o milho e o farelo de soja são os produtos mais demandados pelas propriedades leiteiras, juntamente com o alimento volumoso.
Para os próximos meses, segundo os especialistas da Embrapa Gado de Leite, o cenário macroeconômico, gera expectativa e preocupações. O corte pela metade do auxílio emergencial, o aumento do desemprego e consequente queda da renda terão impactos negativos no mercado, gerando um ambiente de volatilidade e insegurança.
Fonte: Canal Rural
por Magistech | set 14, 2020 | Uncategorized
Diversas indústrias e empresas estão investindo em tecnologias e soluções que favoreçam a rastreabilidade como forma de se diferenciar e de oferecer mais informações aos consumidores.
O que é rastreabilidade?
Rastreabilidade é o acompanhamento de todo o percurso de uma matéria-prima, desde a sua origem até o uso no produto final. O sistema de rastreabilidade pode ser aplicado a muitos produtos dentro da cadeia de suprimentos, servindo para manter os padrões de controle de qualidade.
Em geral, no sistema de rastreabilidade, o rastreamento é realizado por um código a partir do qual é possível saber informações sobre o item como: qual é o produto, quais suas origens, qual o seu destino final, em que ponto da cadeia logística se encontra, etc.
Qual a importância da rastreabilidade?
A rastreabilidade surgiu devido a diversas necessidades, como clientes mais exigentes, legislações e normas de qualidade e de proteção ao consumidor. Assim, é mais fácil para as empresas, por exemplo, retirarem de circulação mercadorias identificadas como inseguras ou realizar o recall de determinado lote.
Alguns dos benefícios trazidos pela rastreabilidade são:
- redução de custos, uma vez que torna os processos mais eficazes, sendo fácil para as empresas, indústrias e consumidores detectarem em que ponto da cadeia determinado item se encontra;
- auxilia na realização de ações orientadas, de modo a prevenir ocorrências e problemas;
- melhora o diagnóstico de problemas, identificando as responsabilidades;
- oferece maior confiança do consumidor na empresa e protege a marca;
- em ambientes industriais, a rastreabilidade permite que gestores e líderes identifiquem os principais gargalos produtivos, no fornecimento de insumos e na logística, tornando as operações mais eficientes;
- auxilia na definição de cronogramas mais precisos, pois é possível acompanhar e ter uma noção exata do tempo de entrega dos insumos, produção e entrega até o PDV ou consumidor final, auxiliando na gestão de projetos;
- os varejistas conseguem monitorar o ritmo de produção das indústrias com as quais negociam, avaliando a capacidade de fornecimento de acordo com a sua demanda, auxiliando na gestão de compras e estoque;
- tomada de decisão mais eficaz e baseada em dados, já que os gestores conseguem ter um aparato informativo muito mais sólido e confiável para guiar suas decisões;
- a rastreabilidade é vista de uma forma diferente pelos consumidores, colocando a sua empresa como uma das mais modernas do setor, além de refletir um alto nível de organização empresarial;
- melhora o controle de qualidade, pois todos os processos são monitorados, favorecendo a velocidade de ação em casos de recall, comunicação direta com os fornecedores, entre outros;
- melhora a gestão do estoque, uma vez que permite rastrear todos os produtos, agilizando envios, recebimentos e controles de preços de compra e venda.
Como aplicar a rastreabilidade a minha empresa?
Gerenciamento dos ativos
Os ativos são todos os bens físicos que uma empresa possui e pode controlar, como equipamentos, ferramentas, máquinas, paletes e outros. Acompanhar esses bens significa ter mais conhecimento sobre seus ciclos de vida e níveis de depreciação.
Assim, ao rastrear os ativos, o gestor consegue identificar mudanças de localização e posicionamento, avaliar a disponibilidade e ociosidade de cada um, e até identificar uma possível pane, fazendo manutenções mais precisas, como no caso dos maquinários, e evitando a interrupção da produção.
Automação da produção
Para as indústrias, existem muitos avanços tecnológicos importantes em termos de rastreabilidade. Por exemplo, sistemas que auxiliam e registram a evolução de determinado produto – desde a matéria-prima bruta até a transformação no produto final.
Dessa maneira, é possível ter um controle sobre todo o processo produtivo, a evolução, o uso de recursos e insumos etc. Para isso, podem ser usados tecnologias como as etiquetas RFID e os códigos de barras.
De posse de todas essas informações, é mais fácil para o gestor planejar e organizar cada uma das etapas da manufatura, mesmo em linhas de produção voltadas a diferentes produtos, já que, com a rastreabilidade, é possível acompanhar o desempenho e as necessidades de cada processo produtivo.
Assim é possível usar esses dados para acompanhar os produtos dentro da fábrica, analisar o fluxo de produção, avaliar falhas, identificar necessidades de melhorias, reduzir desperdícios, entre inúmeras outras ações.
Logística
A logística é, sem dúvida, uma das áreas mais beneficiadas com a rastreabilidade. Você poderá usar códigos de barras ou etiquetas RFID em paletes, caixas e containers, identificando os materiais e auxiliando nos processos internos de logística.
A partir dessas informações será mais fácil controlar as movimentações na realocação de produtos, e até as baixas ocasionadas durante os processos produtivos ou vendas.
Essas mesmas tecnologias podem ser usadas no controle de estoque, evitando perdas, furtos, extravio e compras indevidas.
Além da logística interna, as soluções de rastreabilidade podem ser aplicadas à logística externa. Nesse caso, os processos acabam sendo mais abrangentes, rastreando toda a cadeia de suprimentos. Assim, são monitorados desde o fornecedor até a chegada do produto no cliente final.
Um exemplo desse tipo de rastreabilidade é o monitoramento de pedidos em sua distribuição. Ao inserir o pedido de determinado cliente no sistema, cada um dos itens é identificado com códigos de barras, sendo mais fácil localizá-los no estoque. A separação dos pedidos é feita, os dados são enviados à consolidação das cargas e são linkados a um transporte, inclusive com a possibilidade de fornecer essas informações ao cliente final, que poderá acompanhar toda a entrega.
Etiquetagem
Os produtos finais podem receber etiquetas específicas que permitem tanto a indústria rastrear onde cada grupo de produtos está e qual a data de fabricação deles, como fornecer informações específicas aos clientes finais.
Nesse último caso, já existem alguns produtos alimentícios fornecendo esses dados. Assim, ao fazerem a leitura do QR-Code da etiqueta, por exemplo, os consumidores têm dados sobre a origem dos produtos usados, quando determinado alimento foi produzido e outras informações importantes.
Sistemas de gestão e rastreabilidade
Atualmente, os sistemas de gestão estão presentes em diferentes tipos de negócios, otimizando o tempo, a produtividade e a eficiência das empresas.
Alguns sistemas de gestão já contam com módulos destinados à rastreabilidade que permitem controlar o estoque, registrar as entradas e saídas de mercadorias, fazer lançamentos relacionados à pagamentos e recebimentos, entre outras ações.
Além disso, você poderá adicionar outras tecnologias a sua empresa que ajudem nesse processo, como integrar o sistema de gestão à leitura de código de barras de cada item presente no seu estoque.
A partir da leitura do código de barras, é possível inserir informações sobre quando determinado item entrou ou saiu da empresa, informações extras sobre lote, data de validade e assim por diante.
Dessa forma, será mais fácil rastrear todos os seus produtos finais, matérias-prima e até maquinários e ativos da empresa, tornando a sua gestão ainda mais eficiente e profissional.
Como você viu neste conteúdo, a rastreabilidade é uma exigência dos dias atuais, permitindo que os gestores controlem melhor desde a produção na manufatura até a entrega do produto final aos clientes, além de dar mais autonomia aos consumidores, ao permitir que eles acompanhem a entrega das suas compras e também tenham informações precisas sobre os produtos que consomem.