Indicadores – Mercado Lácteo Maio/2022

Indicadores – Mercado Lácteo Maio/2022

  • O preço do leite ao produtor registrou novo aumento no pagamento de abril, em função de menor oferta de leite e incremento dos custos de produção. O preço médio nacional pago ao produtor foi de R$ 2,43 por litro.
  • Houve significativa melhora na relação de troca leite/mistura. Foram necessários 46,5 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 57,9 litros observados em abril/21.
  • No varejo, o preço da cesta de lácteos apresentou aumento mensal de 5,5%. Todos os itens pesquisados apresentaram elevação de preço, com destaque para o aumento no preço do leite UHT. Em 12 meses, leite e derivados tiveram os preços majorados em 18,1%, ficando acima da inflação oficial brasileira, o IPCA, que acumulou 12,1% em 12 meses.

  • As importações brasileiras de leite totalizaram o equivalente a 42 milhões de litros em abril/22, queda de 29,0% sobre março/22. Em relação a abril/21 a diminuição foi de 17,5%.
  • As exportações apresentaram forte acréscimo de 190,1% em abril/22 na comparação com março/22, com um volume equivalente de 22,1 milhões de litros. Em relação a abril/ 21, no entanto, a queda foi de 12,1%.
  • O saldo da balança comercial acumulado em 2022 registrou déficit de US$ 66,7 milhões, com volume equivalente de 142,7 milhões de litros de leite.
  • Os preços internacionais apresentaram a primeira queda desde setembro/21, com o leite em pó integral cotado a US$ 4.370/ t e o desnatado, a US$ 4.504/ t.

Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados. Ano 13, nº 129 – Maio/2022

Por que manter o ERP atualizado é tão importante?

Por que manter o ERP atualizado é tão importante?

Pensando em cortar gastos e economizar recursos, muitos gestores negligenciam a atualização de seus softwares de gestão. 

No entanto, os riscos de uma solução defasada são muitos e podem afetar diretamente a produção, lucratividade do negócio e até a tomada de decisões mais assertivas.

Para que você possa compreender mais sobre o tema, preparamos um conteúdo que traz os principais benefícios de manter o ERP atualizado.

Confira com a gente!

Entenda por que é importante manter o ERP atualizado

Estar em conformidade com a legislação

Manter a compliance fiscal é ter uma boa gestão fiscal. Por isso, uma das principais razões para a atualização de um ERP é estar em dia com as obrigações legais, sejam elas estaduais ou federais.

Deixar de cumprir as normas por falta de atualização pode causar enormes prejuízos, desde multas altíssimas até sanções como o embargo das atividades. Portanto, é preciso ficar atento.

Garantir a segurança das informações

O sigilo das informações da empresa deve ser sempre uma preocupação central. Afinal, há materiais que podem comprometer as estratégias da sua empresa se revelados. A falta de segurança pode gerar, por exemplo, a exposição de dados dos clientes, causando uma quebra de confiança sem tamanho.

Vale ressaltar que, com o avanço das tecnologias, as técnicas de invasão e hacker de sistemas estão se aprimorando, tornando a atualização do seu software de gestão imprescindível.

Mercado de Leite e Derivados – Maio/2022

Mercado de Leite e Derivados – Maio/2022

O último leilão da Plataforma Global Dairy Trade (GDT) em 03 de maio registrou forte recuo nos preços internacionais dos derivados lácteos. O leite em pó integral caiu 6,5% para US$3.916/tonelada, ficando inclusive abaixo do leite em pó desnatado, que fechou em US$4.130/tonelada. O recuo de preços esteve associado a desaceleração das importações chinesas. Pelo lado da oferta, os principais exportadores seguem com produção limitada.

Uma boa notícia neste momento refere-se à situação do plantio de grãos na Ucrânia. A estimativa do Ministério da Agricultura daquele país é conseguir plantar cerca de 80% da área plantada na última safra. Até o momento, as estimativas indicam que 60% da área esperada de plantio já foi semeada. O plantio do milho está um pouco mais atrasado, mas avançando. Isso ajuda a reduzir pressões altistas adicionais em algumas commodities utilizadas na produção de leite.

No mercado brasileiro, os preços na cadeia produtiva do leite registraram elevação nos últimos meses, refletindo a baixa oferta no campo, seja pela entressafra ou pelo aperto de margem do produtor. Como consequência, a alta de preços tem sido repassada ao consumidor, com elevação de 4,15% em março e de 5,52% em abril. No acumulado em 12 meses, o preço médio dos lácteos ao consumidor subiu 18,06%, com o leite UHT chegando a 23,39%. Neste mesmo período, o IPCA acumulou alta de 12,13%. Essa elevação preocupa, pois tem o efeito negativo sobre a demanda, que continua fraca. E o consumidor tem notado a alta. Segundo informações do Observatório do Consumidor/CILeite, o preço dos lácteos foi o segundo atributo mais mencionado pelos brasileiros no Twitter ao longo de março.

No entanto, a alta de preços ao consumidor continua defasada em relação aos aumentos observados nos custos de produção. Entre janeiro de 2020 e março de 2022, enquanto o custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, subiu 64%, os lácteos ao consumidor tiveram elevação de 31% (Figura 1). Ou seja, os demais 33 pontos percentuais do aumento do custo de produção foram absorvidos pelo setor, apertando as margens nos elos da cadeia produtiva. Portanto, essa alta recente nos preços do leite ao produtor e na indústria tem sido positiva para uma recomposição das margens.

O preço real do leite ao produtor, média Brasil, deflacionado pelo ICPLeite, registrou queda de 9,3% no primeiro quadrimestre de 2022 em relação ao ano passado. Mas o preço médio de abril já se encontra no nível de abril de 2021. O mesmo movimento tem sido observado no setor industrial, com uma recuperação de preços e margens em abril. Outro fator positivo neste momento foi a desaceleração dos preços de milho e farelo de soja. Tanto o avanço da comercialização interna da safra de verão, quanto a valorização do real frente ao dólar ajudaram para essa queda de preços.

Mas o início de maio traz algumas preocupações. Apesar do momento ser de entressafra, a alta de preços perdeu força no mercado atacadista e a indústria está encontrando dificuldade para repassar preços. Nos últimos 15 dias, o preço do leite UHT no atacado em São Paulo cedeu 0,5%, conforme levantamentos do Cepea. O queijo muçarela teve queda similar. Na primeira quinzena de maio, o leite no mercado spot em Minas Gerais recuou 7,8% na comparação com a segunda quinzena de abril.

Por outro lado, a oferta segue recuando. Os dados preliminares do IBGE indicaram queda de 10,5% no leite adquirido pelos laticínios no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. A balança comercial segue com volumes menores de importação, reduzindo a disponibilidade interna. Assim, se por um lado a demanda está fraca, por outro a oferta também se encontra menor, colocando um certo piso nas cotações. O momento ainda sugere cautela e atenção na gestão de custos.

Fonte: Centro de Inteligência do Leite, realizada em 10 de maio de 2022. Autores: Glauco Carvalho, Alziro Carneiro, José Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Luiz Aguiar, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Magalhães, Walter Magalhães**Pesquisadores e Analistas da Embrapa Gado de Leite

Indicadores do mercado de leite – Abril de 2022

Indicadores do mercado de leite – Abril de 2022

Com alta nos custos indústria de laticínios segue com repasse de preços

Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista continuaram em elevação no mês de abril. Todos os produtos tiveram elevação importante, refletindo a baixa disponibilidade interna de leite. Vale destacar que os meses de abril a junho são os de menor oferta de leite da entressafra. A indústria tem forçado os repasses de preços, buscando aliviar a pressão de custo que vem afetando o setor. Nos últimos 12 meses até março de 2022 o custo de produção subiu 23% enquanto o preço ao consumidor aumentou 14%, apertando as margens ao longo da cadeia produtiva. No mercado Spot, o mês de abril foi de valorização do leite cru em relação a março, mas a alta perdeu força e o produto se estabilizou próximo dos R$3,00/litro.

Conseleites indicam aumento nos preços

Em abril/22, o preço do leite ao produtor registrou elevação na comparação com o mês anterior. Para o pagamento de maio, todos os Conseleites indicaram movimentos de alta, em linha com o observado no mercado atacadista e Spot. As elevações variaram de 6,1% no Paraná até 10,8% no Rio Grande do Sul.

Farelo de soja e milho registram queda nos preços

Nos mercados de milho e farelo de soja, o último mês foi de recuo nos preços em função de uma maior pressão de venda dos produtores e maior volume de estoque das tradings. O farelo recuou para o patamar de R$2.800 por tonelada no Paraná e o milho em torno de R$88/saca na praça de Campinas. A recente valorização cambial também contribuiu para esse arrefecimento nas cotações. Apesar disso, o mercado segue volátil, acompanhando o plantio norte-americano em uma safra de estoques ainda baixos. No mercado pecuário, as cotações do boi e do bezerro seguiram em desaceleração ao longo de março, devido a maior oferta de animais e a chegada da entressafra, que piora as condições da recria.

Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite

Especialistas analisam mercado internacional de lácteos

Especialistas analisam mercado internacional de lácteos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na terça (3), um debate para analisar o mercado internacional de lácteos, bem como o cenário, as potencialidades e os desafios para o Brasil aumentar as exportações destes produtos. O encontro foi moderado pelo assessor técnico da CNA, Guilherme Souza Dias, e contou com a participação do diretor comercial da Laticínios Tirolez, Paulo Hegg, e da gerente comercial B2B Nacional e Internacional da Laticínios Porto Alegre, Cibele Pinheiro Dias.

“O Brasil é expoente nas cadeias de proteínas animais, sendo o primeiro exportador nas carnes bovina e de frango e o quarto na carne suína. Porém, hoje temos uma pecuária leiteira voltada quase que exclusivamente ao atendimento do mercado interno”, afirmou Dias.

Os debatedores falaram sobre temas como a relação com importadores, trâmites burocráticos, escoamento externo, competitividade de preços, entraves sanitários e o “Custo Brasil”, além de ações para ampliar as exportações brasileiras no curto e no médio prazo, como o projeto Agro.BR.

Cibele destacou que o mercado internacional é uma excelente oportunidade para mostrar a qualidade do produto lácteo brasileiro e uma forma de as indústrias equilibrarem as contas em períodos de “baixa” no consumo interno.

Para ela, os principais entraves ao crescimento são a demora na habilitação de novas plantas, os custos elevados de produção e as altas taxas de impostos para importação, que dificultam a relação comercial e inviabilizam negócios.

“Precisamos trabalhar de forma contínua, com fornecimento de longo prazo, para manter a marca em evidência e mostrar a qualidade dos nossos produtos. Isso ajuda na fidelização dos clientes e favorece novos negócios”, disse a gerente comercial da Laticínios Porto Alegre.

Hegg considera fundamental que o Brasil trabalhe para ampliar acordos sanitários e comerciais com outros países, para diminuir a burocracia e as alíquotas de importação. Outros pontos que precisam avançar são a competitividade de preço, a qualidade das matérias-primas, a produtividade de leite e os prazos de embarque, por exemplo.

Na visão do diretor comercial da Laticínios Tirolez, as empresas devem focar em produtos genuinamente brasileiros, como requeijão e queijo coalho, e buscar parceiros de negócios na China, maior mercado do mundo e que ainda “não conhece queijo”.

“As vantagens são grandes, mas exige muita dedicação, investimentos, tempo e adaptação de produtos em relação a embalagens e ingredientes. Acredito que o setor lácteo tem potencial para ampliar a sua competitividade dentro de 10 anos”, declarou.

Ambos destacaram a importância de iniciativas como o projeto Agro.BR, que aproxima produtores e empresas brasileiras de compradores internacionais, por meio de apoio institucional, informações e direcionamento de mercado.

Fonte: Agrolink

Mercado de Leite e Derivados – Abril / 2022

Mercado de Leite e Derivados – Abril / 2022

No mercado internacional, o ano de 2021 foi marcado por uma menor oferta de leite dos países exportadores. Baixos estoques globais e maior demanda chinesa puxaram os preços brutos do leite 21% em 2021, de US$ 0,37/kg em 2020 para US$ 0,45/kg. O crescimento da oferta global não deve passar de 1%. O custo da mistura-padrão 70% milho + 30% farelo de soja (3 litros de leite para um kg da mistura) subiu 41%, de US$ 0,22/kg para US$ 0,31/kg.

Para 2022, o cenário de oferta de leite pode vir a ser ainda pior: para janeiro se estima uma queda de 1,7% e para março 1,1%. O conflito Rússia-Ucrânia trouxe mais altas nos preços do petróleo, dos fertilizantes e dos grãos, com implicação direta nos custos de produção do leite, em âmbito global. Neste primeiro trimestre os preços internacionais do leite aumentaram 31%, fechando em US$ 0,59/kg na média, com registro do maior valor histórico, de US$ 0,63/kg, em março. A mistura 70+30 teve alta de 19%.

No Brasil, em 2021, a alta na média dos preços reais líquidos ao produtor deflacionados pelo IPCA, foi de 16%, fechando 2021 em R$ 2,34/litro. O custo da mistura 70+30, cresceu 38%, ficando em R$ 2,04/kg em 2021. A margem do preço sobre a mistura 70+30 foi 8% maior em relação a 2020. A produção inspecionada de leite teve redução de 2,2% (IBGE).

Neste primeiro trimestre de 2022 os custos, medidos pela mistura 70+30 continuaram crescendo, e, proporcionalmente mais do que os preços do leite ao produtor. Para o leite, a média dos preços ficou em R$ 2,18/litro; da mistura, em R$ 2,05/kg; e da margem sobre o preço do leite em R$ 1,50/litro, valor 10% menor em relação à média de 2021 (R$ 1,66/litro).

No âmbito da balança comercial de lácteos, no passado, os preços ao produtor brasileiro estiveram acima da referência internacional. Entretanto, nos últimos três anos, não se observa diferenças em termos das médias anuais. As maiores disparidades ocorreram neste primeiro trimestre de 2022. A referência do preço bruto internacional em março, de US$ 0,63/kg, foi 29% superior ao equivalente brasileiro, de US$ 0,49/kg de leite. No entanto, países como Argentina e Uruguai encontram-se com preços mais competitivos que os brasileiro e a importação poderá registrar elevação.

Como indicador de rentabilidade, a Figura 1 ilustra a evolução das margens do preço líquido do leite ao produtor sobre a mistura 70+30, do Brasil no contexto internacional (valores mensais convertidos de Dólar para Real e de preço bruto para preço líquido). Em 2021 a margem internacional ficou em R$ 1,81/litro, 13% maior em comparação com o Brasil (R$ 1,66/litro). Na média do primeiro trimestre de 2022, a margem internacional aumentou para R$ 2,20/litro, ao passo que a margem brasileira caiu para R$ 1,50/litro. A margem internacional ficou 47% maior.

Apesar de incertezas no cenário internacional, os desafios do produtor brasileiro são os custos para continuar produzindo leite. O período atual de entressafra deve seguir indicando aumento dos preços do leite. Por fim, o conflito Rússia-Ucrânia trouxe consequências para a economia do leite: (1) alta nos preços do petróleo, fertilizantes e grãos; (2) receios de insegurança alimentar: retenção de excedentes de produtos exportáveis e estocagem de produtos lácteos; (3) acirramento da concorrência por insumos; (4) riscos para globalização e regionalização dos mercados; e (5) incertezas sobre a oferta ucraniana de milho no mercado internacional.

FONTE: Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 12 de abril de 2022. Autores: Lorildo Stock, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Glauco Carvalho, Luiz Aguiar, Manuela Lana, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Magalhães, Walter Magalhães**Pesquisadores e Analistas da Embrapa Gado de Leite