Boletim CILeite: Indicadores Leite e Derivados – Novembro / 2021

Boletim CILeite: Indicadores Leite e Derivados – Novembro / 2021

  • O preço do leite ao produtor registrou queda no pagamento de novembro, influenciado pela elevação da oferta na safra. Na média nacional, a cotação foi de R$2,33 por litro
  • Em outubro houve ligeira queda no preço da mistura (milho+f. soja), o que deixou a relação de troca leite/mistura relativamente estável, em 45,5 litros de leite para aquisição de 60 kg. Esse volume foi equivalente ao de outubro/ 2020
  • No varejo, o preço da cesta de lácteos teve nova alta mensal de 0,58%, com destaque para a elevação dos queijos, iogurtes e leite condensado. Em 12 meses, a inflação no grupo de leite e derivados foi de 8,81%, ficando abaixo da inflação oficial brasileira, que subiu 10,67%.

Boletim CILeite Novembro 21

 

  • As importações brasileiras de leite totalizaram 92,41 milhões de litros em outubro, aumento de 15,3% sobre setembro. Em relação a setembro do ano passado houve forte queda.
  • As exportações tiveram nova queda, de 5,0% em outubro na comparação com setembro, com um volume de 6,7 milhões de litros.
  • O saldo da balança comercial, no acumulado até outubro, registrou déficit de US$310,4 milhões e um volume de 734 milhões de litros.
  • Os preços internacionais registraram nova alta, com o leite em pó integral cotado a US$3.954/ton e o desnatado em US$3.652/ton. na média de novembro/202
Nota de Conjuntura – Mercado de Leite e Derivados Novembro de 2021

Nota de Conjuntura – Mercado de Leite e Derivados Novembro de 2021

A dinâmica das principais economias mundiais tem indicado bom crescimento econômico, tanto para 2021 quanto para 2022. Os pacotes de estímulos econômicos disponibilizados ajudaram a suportar esse crescimento, mas também provocaram pressão sobre diversos preços, especialmente das commodities. O petróleo é um bom exemplo desse aumento de preços, passando de US$40/barril em julho/2020 para US$83/barril no início de novembro/2021. No mercado de leite também houve valorização nos preços, com o último leilão do Global Dairy Trade (GDT), de 02 de novembro, indicando leite em pó integral a US$3.921/tonelada e manteiga a US$5.350/tonelada. O baixo crescimento da oferta nos principais exportadores e uma boa demanda por lácteos tem sustentado os preços internacionais.

No mercado brasileiro a situação está mais complicada. O maior volume de leite oriundo do período de safra e uma demanda interna fraca acabou colocando pressão baixista nas cotações do mercado atacadista, do mercado Spot e ao produtor.

O leite Spot em Minas Gerais recuou de R$2,58/litro na primeira quinzena de setembro para R$2,00/litro no início de outubro. O leite UHT registrou queda também acentuada, passando de R$3,60/litro para cerca de R$3,10/litro no mesmo período. Queijo muçarela e leite em pó, em linha com os demais produtos, registraram recuo nas cotações no mercado atacadista. Tais quedas acabaram sendo parcialmente repassadas para o produtor. Após altas consecutivas iniciadas em março, com o período de entressafra, o cenário dos últimos dois meses foi de recuo. Em outubro o preço médio brasileiro do leite ao produtor foi de R$2,33/litro, um recuo de 5 centavos em relação a setembro. Para novembro, referente ao leite entregue em outubro, a queda foi mais acentuada, mas os dados ainda não foram publicados pelo Cepea.

É um momento particularmente desafiador, já que que as margens estão reduzidas em toda a cadeia produtiva. Tanto produtor quanto laticínio tem observado piora na rentabilidade, em função da alta acentuada nos custos de produção e redução nos preços recebidos.

No caso do produtor, o custo com alimento concentrado segue mais alto e tem sido observado incrementos significativos nos preços dos defensivos e fertilizantes, encarecendo a adubação das pastagens e a produção de silagem.

É importante lembrar que o Brasil importa cerca de 70% dos fertilizantes utilizados e esse mercado é bastante concentrado, com China, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Marrocos dominando boa parte da produção e comercialização. Alguns desses países têm colocado restrições às exportações, o que provocou fortes altas internacionais. Somado a isso, a elevação no frete internacional e a desvalorização do real frente ao dólar acabam encarecendo ainda mais os fertilizantes importados para o mercado brasileiro. O fato é que o cenário de custos mais elevados tende a persistir, afetando a rentabilidade da pecuária de leite nos próximos meses. Esse aperto de margens é uma situação já vivenciada em outros momentos e acaba refletindo em ajuste negativo da oferta e posterior repique de preços do leite.

O ambiente macroeconômico brasileiro segue complicado. As previsões de crescimento econômico pioraram, bem como o cenário de inflação e juros. A inflação acumulada em 12 meses, medida pelo IPCA, atingiu 10,67% em outubro. Já no IGP-M, essa alta atinge 21,73%. Com isso, a expectativa é de taxa de juros Selic já chegando a 11% em 2022. Essas altas acumuladas de preços corroem o poder de compra das famílias e prejudicam o consumo em geral e de lácteos em particular. O mercado de trabalho tem mostrado recuperação ao longo do último ano, mas ainda não refletiu em maior consumo de lácteos.

 

 

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 09 de novembro de 2021.

Autores: Glauco Carvalho, Alziro Carneiro, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Lorildo Stock, Manuela Lana, Marcos Hott, Oscar Tupy, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Magalhães, Walter Magalhães*

*Pesquisadores e Analistas da Embrapa Gado de Leite

Boletim CILeite: Preços indicadores do mercado do leite outubro de 2021

Boletim CILeite: Preços indicadores do mercado do leite outubro de 2021

Os preços dos lácteos no mercado atacadista e do leite no spot recuaram ao longo de outubro, refletindo a baixa demanda doméstica e a maior oferta de leite com a chegada das chuvas e safra. Isso acabou refletindo também nos preços pagos ao produtor de leite. As cotações ao produtor vinham com alta consecutiva desde abril, mas não houve sustentação. O desemprego ainda elevado e uma alta na inflação também tem prejudicado o poder de compra e consumo das famílias. O preço do leite Spot registrou a queda mais acentuada, caindo cerca de R$ 0,44/litros na comparação com a primeira quinzena de setembro.

 

 

Conseleites indicam queda de preços

Em outubro, o preço do leite ao produtor registrou queda, após seis altas consecutivas. Para o pagamento de novembro, os Conseleites indicam recuo nas cotações, com quedas mais fortes no RS e SC. MG foi o único a indicar alta, já que o fechamento do indicador ocorreu mais cedo e não incorporou o recuo nos preços no final de outubro.

 

 

Milho cai no Brasil, apesar da alta internacional. Carne bovina segue recuando

O avanço da comercialização do milho safrinha e bom ritmo de plantio para a safra de verão 2021/22 tem refletido em um mercado de milho mais vendedor, com pressão baixista nas cotações, mesmo com alta internacional. No caso da soja, o plantio segue evoluindo e cerca de 50% da área já foi semeada. As cotações tiveram pequena valorização, com o efeito da desvalorização do real frente ao dólar. No mercado do boi, o mês de outubro foi de queda acentuada de preços, ainda refletindo a suspensão das exportações para a China e uma demanda interna fraca. Bezerro também recuou, mas em ritmo inferior. No lado macroeconômico houve desvalorização do real e piora nas previsões de crescimento do PIB brasileiro.

 

 

Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Autores: Glauco Rodrigues Carvalho e Luiz Antonio Aguiar de Oliveira.
Colaboração: Jonas C. G. Nogueira (graduando da UFJF)
ERP 4.0: quais seus benefícios?

ERP 4.0: quais seus benefícios?

A Indústria 4.0 representa o nível mais alto de evolução tecnológica que o setor industrial já atingiu. Entre as principais características que a integram, podemos citar a modernização dos procedimentos operacionais e a digitalização das informações por meio de sistemas inteligentes, como o ERP 4.0.

O que é ERP 4.0?

ERP é o termo dado ao sistema de gerenciamento integrado por diversas funcionalidades que, além de automatizar todo o tipo de processo operacional, é capaz de controlar dados e informações cruciais sobre a produtividade do empreendimento, integrando-as em uma única ferramenta. Dessa forma, os gestores têm acesso a relatórios precisos sobre a performance de cada procedimento que integra o projeto.

No contexto da indústria moderna (Indústria 4.0), podemos afirmar que o ERP 4.0 é o conceito de utilizar essa tecnologia, e todos os recursos que ela tem a oferecer, para suprir as demandas do setor por meio de estratégias inteligentes e garantia de uma gestão muito mais eficiente.

Quais os benefícios do uso do ERP 4.0?

Não são poucas as empresas que têm investido no uso de tecnologia para otimizar os processos industriais por meio de sistemas inteligentes. Veja a seguir quais são as principais vantagens do ERP 4.0 para o setor industrial.

Previsibilidade

Por meio da análise de dados relacionados à produção, uso de materiais, produtividade humana, entre outras características, o sistema gera informações precisas que permitem que os gestores tenham uma previsibilidade mais eficiente a respeito da progressão dos empreendimentos.

 

 

Redução de custos

A partir de decisões tomadas com base em informações mais exatas, é possível reduzir desperdício de recursos, falhas e gargalos operacionais. Dessa forma, a redução de custos desnecessários se torna uma consequência natural relativa ao uso de um ERP 4.0 na indústria.

Maior produtividade

Com a melhoria da gestão de procedimentos industriais, a empresa passa a usufruir do aumento da produtividade, isto é, a inteligência de dados e a automação de tarefas gera otimização na performance tanto dos colaboradores quanto dos processos operacionais.

Como o ERP 4.0 funciona na Indústria 4.0?

Há uma grande variedade de aplicações de um ERP para a Indústria 4.0, visto que a digitalização dos processos é uma das premissas da Quarta Revolução Industrial. Dito isso, entre as funcionalidades dessa ferramenta para o setor, podemos citar:

  • integração entre os sistemas usados e as novas tendências tecnológicas em uma única plataforma;
  • gerenciamento dos processos remotamente — graças à Internet das Coisas (IoT), é possível fazer a gestão de cada etapa dos processos de produção sem que seja preciso estar presente nas fábricas;
  • análise de dados e aumento da produtividade — o ERP 4.0 acompanha cada processo relativo ao chão de fábrica e gera informações estratégicas preciosas para que os gestores tomem melhores decisões;
  • entre muitas outras funções.

 

O que acha de conhecer as soluções tecnológicas que a Magistech pode oferecer para empresas do setor industrial? Então entre em contato com a nossa equipe para saber como podemos ajudar o seu negócio a se tornar muito mais competitivo em um mercado contextualizado na transformação digital!

Nota de Conjuntura – Mercado de Leite e Derivados Outubro de 2021

Nota de Conjuntura – Mercado de Leite e Derivados Outubro de 2021

No cenário internacional, o ano de 2021 tem sido de preços mais altos para os lácteos, sustentados pela demanda chinesa, baixo nível de estoque mundial, e por uma menor oferta dos países exportadores. Após uma pequena queda de preços a partir de abril, os preços no leilão GDT de setembro e outubro voltaram a sinalizar altas, com destaque para a manteiga, fechando em US$ 3.688/tonelada.

Como referência de preço internacional ao produtor, usa-se um indicador publicado pelo International Farm Comparison Network (IFCN), calculado com base nas variações de preços de um mix de commodities do mercado internacional de lácteos. Para setembro de 2021, o valor bruto ao produtor ficou em US$ 0,432/kg de leite (padrão 4% de gordura e 3,3% de proteína), equivalente a um valor líquido de R$ 2,08/litro, ao câmbio de R$ 5,28/Dólar, no Brasil.

Diversos países estão enfrentando dificuldades na produção de leite em função da alta nos custos de produção, em grande parte devido aumentos nos preços internacionais de commodities, como o petróleo, grãos, energia e fertilizantes. O índice de preço das commodities CRB/Reuters subiu de 127 pontos em maio de 2020, para 234, em setembro de 2021, quando atingiu o seu maior valor desde outubro de 2015.

 

 

Para o leite, a estimativa de produção mundial para setembro, segundo o IFCN, indica um aumento de 1,1% em relação a setembro de 2020.

Para os grandes produtores globais, o custo dos grãos (usando, como referência, uma mistura concentrada 70% milho + 30% farelo de soja) tem importante participação no custo de produção de leite. Os maiores aumentos de custo de grãos ocorreram a partir de setembro de 2020, atingindo o pico histórico, de US$ 0,337/kg, em maio de 2021, correspondendo a um valor 51,4% superior à média de 2018-2020. Todavia, de maio a setembro de 2021 houve uma redução de 16%.

No Brasil, as variações dos preços do leite ao produtor têm sido mais intensas a partir de julho de 2020. A Figura 1 ilustra a evolução dos preços mensais líquidos ao produtor (CEPEA), corrigidos pelo IPCA para o mês de setembro de 2021. Na média dos últimos três anos, o preço real brasileiro foi R$ 1,67/litro. Todavia, a partir do segundo semestre de 2020 se observa um novo patamar de preços líquidos, em R$ 2,21/litro na média dos 15 meses, valor 32% acima em relação à média de 2018-2020.

Apesar do aumento nos preços do leite, a margem para o produtor foi prejudicada pela alta nos custos. O custo da mistura milho e farelo de soja (70%; 30%) cresceu mais do que proporcionalmente. O valor médio da mistura que, nos últimos três anos (2018-2020), ficou em R$ 1,14/kg, apenas nos 9 meses de 2021, a média fechou em R$ 1,97/kg, valor 73% maior, em relação ao período 2018-2020.

O último trimestre de 2021 ainda reserva um cenário com incertezas e desafios. O início do período de safra, com redução gradual dos preços do leite, e um custo de produção elevado tende a pressionar negativamente as margens do produtor. Os laticínios também têm enfrentado dificuldades para repasses de preços em função de uma demanda enfraquecida. Com isso, observa-se uma queda generalizada nas cotações dos lácteos, com recuo no mercado atacadista, no mercado Spot e ao produtor de leite. Uma sinalização positiva vem do maior controle da Covid-19 e uma retomada mais rápida do setor de serviços, puxado pelo turismo, eventos, escolas, entre outros. Mas o cenário será bastante desafiador neste final de ano para o setor lácteo brasileiro.

 

Fonte: Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 13 de outubro de 2021.

Autores: Lorildo Aldo Stock, Alziro Carneiro, José Luiz Bellini, Kennya Siqueira, Glauco Carvalho, Luiz Aguiar, Marcos Hott, Paulo Martins, Ricardo Andrade, Samuel Magalhães, Walter Magalhães (Pesquisadores e Analistas da Embrapa Gado de Leite)

Como simplificar a entrada de documentos fiscais

Como simplificar a entrada de documentos fiscais

O Brasil é um país que possui muitas complexidades fiscais. São milhares de leis, regulamentos, diretrizes e decretos que os contribuintes precisam se adequar para garantir a conformidade de sua corporação.

Estar em conformidade com o fisco evita dores de cabeça e até mesmo prejuízos decorrentes de autuações, por esse motivo é importante estar atento ao que prevê a legislação tributária e fiscal.

Nesse artigo, vamos abordar uma operação em específico que, além de representar um dos objetos de auditoria do fisco, também pode trazer alto custo operacional para a empresa caso não seja realizado de maneira adequada. Estamos falando da entrada de documentos fiscais.

Mas, o que é a entrada de documentos fiscais?

A entrada de documentos fiscais consiste no processo de recepção e armazenamento de documentos fiscais (como NF-e e NFS-e, por exemplo) onde a empresa é destinatária da operação.

Nessa situação, a nota fiscal será emitida pelo fornecedor/prestador de serviço para reportar ao governo a realização de uma determinada operação, e caberá ao destinatário recepcionar e armazenar o documento fiscal. Atualmente a legislação brasileira prevê que os contribuintes realizem a guarda fiscal do arquivo eletrônico por um período de 5 anos.

Fora a parte as questões de armazenamento para garantir o compliance fiscal, é com base nesse documento eletrônico que muitas empresas realizam o lançamento dos dados da operação de compra em seus sistemas de gestão.

É esse ciclo que chamamos de “dar entrada no documento fiscal”.

Como posso simplificar a entrada dos meus documentos fiscais?

Embora estejamos no auge do que é conhecido por transformação digital, boa parte das empresas hoje ainda realizam esse processo de forma manual, alocando equipes para recepcionar os arquivos dos fornecedores (ou investir tempo cobrando aqueles fornecedores que não disponibilizaram), armazenar os arquivos em pastas, digitar os dados da nota fiscal, etc.

Além do alto custo operacional envolvido, esse modelo expõe a empresa a inconsistências – como por exemplo a digitação de alguma informação incorreta do documento fiscal, o que poderá ser identificado somente no momento da escrituração e trazer ainda mais retrabalho para as operações da empresa.

Outro erro comum das empresas é armazenar os arquivos eletrônicos dos documentos fiscais em locais vulneráveis e de difícil pesquisa, como pastas em computadores locais, ou até mesmo mantendo no próprio e-mail.

A boa notícia é que pode-se simplificar esse processo e diminuir drasticamente a alocação de equipes e os riscos envolvidos utilizando um sistema de gestão preparado.

Um ERP, além de facilitar a entrada dos documentos, também ajudam na prevenção de fraudes, como o lançamento de notas frias emitidas contra o CNPJ da empresa sem seu consentimento.

 

O que é ERP

 

Como a Magistech pode ajudar?

Ao decidir pela adoção de um sistema ERP, é fundamental escolher um software que seja adequado ao ramo de atividade, de uma empresa sólida e que tenha capacidade para oferecer treinamento para a equipe que vai utilizar o sistema, e um suporte técnico que responda em tempo às necessidades da organização.

A Magistech, formada por uma equipe multidisciplinar de profissionais formados pela Universidade Federal de Viçosa (MG), com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de sistemas de ERP, criaram uma solução completa para maior eficiência na gestão de processos de empresas de vários segmentos.

Para conhecer a solução integrada desenvolvida pela Magistech visite o nosso site e veja como a experiência da Magistech pode contribuir para aprimorar os processos internos de sua empresa.

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