Por que o sistema ERP é a melhor opção para a sua empresa

Por que o sistema ERP é a melhor opção para a sua empresa

Melhorar as negociações, os processos dentro da empresa e aumentar a receita, exige redução de custos e de tempo na execução das atividades. Em empresas grandes ou pequenas, um dos principais pontos para a otimização da rotina dos negócios diz respeito a agilizar e simplificar processos, sem prejudicar o faturamento. É por isso que o software ERP é fundamental dentro das organizações de qualquer segmento.

Se você quer saber mais sobre como essa solução tão versátil pode modernizar sua empresa, continue acompanhando o artigo que preparamos e descubra as principais vantagens dessa tecnologia e como colher tantos benefícios.

O que é o sistema ERP

Quando falamos de ERP, falamos de um sistema que auxilia na gestão de seus recursos empresariais de maneira integrada, desde o estoque de produtos até a rotina contábil e os processos de entrega.

A principal ideia de um ERP para empresa é unificar, por meio de uma única plataforma, toda a cadeia de processos referentes ao funcionamento de um negócio.

Em uma linha de produção de fábrica, por exemplo, o sistema de ERP gerencia todas as fases do produto, desde a aquisição de peças, montagem, embalamento e envio para entrega, até o faturamento proveniente das vendas.

Por meio de um sistema de gestão integrada, você pode evitar problemas como desperdício, altos custos de manutenção e gerenciamento — questões comuns para quem utiliza várias soluções tecnológicas para diferentes processos.

Mais além, um software ERP amplifica as capacidades de um negócio, melhorando o fluxo de informações, a inteligência de gestão e a previsibilidade de ações entre as diversas áreas da empresa.

Processos otimizados pelo sistema ERP

Uma das principais vantagens da adoção de um software ERP é a sua grande capacidade de adaptação. Com uma tecnologia altamente modular, o sistema pode ser personalizado para diversas áreas, de acordo com seu interesse e necessidades da sua empresa. Veja alguns exemplos de processos que podem ser otimizados com o uso da solução!

Finanças

Adotar um sistema de gestão modernizado para as finanças de sua empresa é essencial para um melhor controle de custos e dividendos. Ele permite o gestor saber de onde vem e para onde vai seu dinheiro.

Para não correr o risco de perder arquivos, editá-los de forma errada, armazená-los em lugares incorretos ou deletá-los por acidente, o software unifica todos esses processos, alocando os recursos da melhor maneira, executando tarefas de forma automatizada.

Gestão de contratos e fornecedores

Por meio de um ERP, é possível acelerar a contratação de novos fornecedores e serviços. O mesmo sistema de gestão que identifica a falta de algum recurso pode rapidamente acionar o fornecedor para a aquisição de novos itens, evitando a paralisação de alguma oferta até que isso seja resolvido. A solução pode ser implantada para fazer também a gestão de pagamento do fornecedor em questão.

Se você deseja ampliar suas operações, simulações podem ser rodadas pelo sistema, identificando a necessidade de recursos a serem alocados em uma melhoria de negócio (aumento de produção, maiores salários e benefícios, etc.), fazendo com que os gestores se ajustem conforme a nova demanda.

Finalmente, o sistema ERP pode controlar a emissão de notas fiscais e a contratação de serviços terceirizados pontuais. Se sua empresa precisa contratar distribuidores a mais para atender a uma demanda de última hora, ou realizar um evento de divulgação, o ERP pode fazer tudo isso.

Planejamento e produção

Seja um ERP para pequenas empresas ou para grandes organizações, a solução pode identificar pontos críticos em todo e qualquer processo interno da empresa. No planejamento, esse sistema é primordial para que o gestor consiga se adiantar em relação às possíveis mudanças no futuro ou, até mesmo, melhorias de suas práticas atuais.

Em uma linha de produção, por exemplo, o sistema identifica que uma determinada peça para montagem está com baixo estoque e vai acabar em pouco tempo. Ao identificar a falta, o sistema ERP abre uma interface de encomenda para novas peças, agindo antes mesmo do problema acontecer.

Já em uma ação de aumento de salário dos funcionários, um breve acesso à interface do sistema permite saber se os recursos são suficientes e roda simulações do novo benefício ou salário, antecipando custos que viriam com a mudança e ajustando as políticas empresariais de acordo com a alteração. É, essencialmente, prever o gasto antes mesmo de gastar.

Como funciona o ERP da Magistech?

Para trazer um ótimo ERP do mercado aos seus clientes, a Magistech tem mais de 17 anos de experiência, atendendo especialmente o setor lácteo e também o agronegócio, em empresas de pequeno e médio porte.

Somos uma empresa referência em sistema de gestão para o setor lácteo desenvolvendo e oferecendo soluções que buscam simplificar os processos industriais. O ERP da Magistech conta com mais de 300 clientes em todo Brasil.

Se você gostou do artigo e quer saber mais sobre o que nós podemos oferecer, entre em contato conosco para conhecer mais sobre as nossas soluções! E para continuar se mantendo atualizado, acompanhe nosso blog e assine a newsletter para não perder nenhuma novidade.

Saiba como gerar LCDPR – Livro Caixa Digital 2022

Saiba como gerar LCDPR – Livro Caixa Digital 2022

Os produtores rurais com receita acima de R$ 4,8 milhões precisam entregar o Livro Caixa Digital 2022 – seguindo o modelo implantado pelo programa da Receita Federal, em 2018. O prazo para cumprimento da obrigação começa no dia 2 de março e vai até 29 de abril.

O LCDPR foi instituído para que o Governo monitore as atividades agrícolas no país. A declaração abrange receitas, custos, investimentos, entre outras documentações.

Livro Caixa X Livro Caixa Digital

O Livro Caixa do Produtor Rural foi instituído em 2001, e está em vigor até hoje – em sua forma eletrônica – sendo obrigatório para aqueles que faturam entre R$ 56 mil e R$ 4,8 milhões em atividades rurais no país.

O layout e as informações prestadas no Livro Caixa são mais simples do que no Livro Caixa Digital, o que pode vir a ser um desafio para produtores que aumentaram seus ganhos no ano-base de 2021.

No LCDPR, os dados devem ser colocados dentro dos campos fixos que o programa pede, ou seja, precisam ser mais completos e especificados. Caso um bom controle financeiro e fiscal não tenha sido feito anteriormente, essas exigências podem gerar mais trabalho agora.

Conheça as alterações o LCDPR para 2022

Não houve ajustes significativos no layout do programa do Livro Caixa Digital entre o ano-base de 2020 e o de 2021. Apenas alguns campos passaram por um pequeno ajuste em relação ao último ano.

Dados que precisam estar no LCDPR

Todos os documentos que dizem respeito às transações relacionadas à atividade rural, investimentos, adiamentos, entrega de produtos, despesas, notas fiscais e contratos precisam estar especificadas dentro do Livro Caixa Digital 2022.

A obrigação é estruturada com todas as informações em ordem cronológica: seguindo dia, mês e ano. Além disso, os imóveis rurais precisam ser identificados e listados, assim como as contas bancárias e seus lançamentos.

Todos os documentos enviados à Receita Federal precisam estar especificados por tipo (notas fiscais, faturas, folhas de pagamento, contratos, entre outros). Os lançamentos também são categorizados em:

  • Receitas da atividade rural;
  • Despesas de custeio e investimentos;
  • Produtos entregues no ano-base;
  • Adiantamentos de recursos financeiros;
  • Valor de entrada dos recursos;
  • Valor de saída dos recursos;
  • Saldo final.

Em relação às declarações de pagamento de funcionários, o produtor pode optar por listar o CPF de cada um junto aos seus ganhos ou enviar todos os dados da folha de pagamento em um só documento.

Conclusão

Todos os anos os produtores rurais com receita maior que R$ 4,8 milhões precisam declarar seus dados fiscais para a Receita Federal, a partir do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR).

E para evitar a solicitação de novas informações por parte da RF e/ou o pagamento de multas e encargos, o produtor necessita ter ao seu alcance os documentos de suas transações financeiras de forma organizada.

Saiba com calcular preço de venda

Saiba com calcular preço de venda

Um dos maiores desafios para um empreendedor, principalmente no início do negócio, é saber como fazer o cálculo do preço de venda. Isso porque a conta leva em consideração alguns fatores, como as despesas fixas, as variáveis e a margem de lucro, até chegar ao valor final.

Quando o cálculo não é feito da forma adequada, prejuízos podem ocorrer e, muitas vezes, até guiar o negócio pelo caminho da falência. Neste artigo, você aprenderá como precificar produtos e serviços da maneira correta. Continue a leitura e confira!

O que é preço de venda?

Preço de venda é o somatório de todas as despesas, os custos e o lucro da empresa. Em outras palavras, consiste no valor em dinheiro que o consumidor precisa desembolsar para ter o direito de comprar um item ou um serviço. 

Embora seja uma fórmula simples, é preciso observar se o quanto os clientes estão pagando por um produto ou serviço está condizente com o mercado. Em caso de discrepância, pode ser interessante, por exemplo, procurar enxugar custos e despesas, ou abrir mão de uma parte dos lucros para que se obtenha um volume maior de vendas.

Não é raro as empresas terem custos que podem ser reduzidos ou eliminados, para maximizar os lucros e fazer o preço final ser acessível ao consumidor. A parte de logística e o contrato com os fornecedores são apenas dois exemplos que podem ser citados como fontes de custo adicional para o negócio.

O que é custo?

Quando falamos em custo, estamos nos referindo a todos os gastos da empresa relacionados ao produto que você venderá na sua loja. Por ser uma das parcelas do preço de venda, é preciso considerar, por exemplo, os insumos usados na fabricação, os salários e as comissões dos colaboradores, o transporte e a energia elétrica usada.

O que é despesa?

Além dos gastos direcionados ao produto, existem também aqueles relacionados com a empresa, sendo chamados de despesas. Para operar, uma companhia precisa pagar, entre outras coisas, aluguel e internet do espaço, bem como água, luz e contratos com fornecedores. Também são despesas os materiais usados no escritório e a alimentação dos funcionários.

O que é lucro?

A fim de definir o lucro de um produto, é preciso pegar o preço de venda e deduzir todos os gastos e despesas, inclusive, os tributos. Esse valor remanescente costuma ser reinvestido nas operações da companhia ou se tornar o chamado pró-labore do empresário.

De modo geral, para identificar quanto a empresa lucrou, deve-se subtrair da receita total (tudo o que o seu negócio recebeu em um determinado período) os custos ao longo do processo. Você verá a seguir que o lucro pode ser de dois tipos: normal e econômico.

Lucro normal

Quando o lucro da empresa é suficiente para ela se manter operacional, significa que ele é do tipo normal. Se esse valor se torna negativo ou não consegue mais cobrir os custos do produto e do espaço, a companhia passa a correr o risco de falir, caso esse resultado se mantenha por um longo período.

Lucro econômico

O lucro econômico ocorre quando os ganhos são maiores do que os necessários para a sua operação. Dessa forma, novos investimentos são possíveis, bem como a promoção de colaboradores e o aumento no pró-labore do dono da empresa.

Vale destacar que essa margem de ganho permite o crescimento em escala do negócio, de modo que os custos e as despesas não cresçam na mesma proporção. Algumas companhias que pagam dividendos podem também repassar esse lucro econômico aos seus acionistas.

Qual é a importância de calcular o preço de venda?

Sem dúvida, quando pensamos na importância de calcular o preço de venda, a primeira coisa que vem à nossa mente é a garantia do lucro — que é o objetivo perseguido pela maioria dos empresários e planejado antes mesmo de anunciar a venda de uma mercadoria ou de um serviço.

No entanto, saber como calcular esse valor é uma estratégia bem mais abrangente do que simplesmente buscar a lucratividade. Afinal, o preço de venda é um fator que influencia o cliente em suas decisões de compra.

Realizar uma precificação adequada é imprescindível para manter a saúde financeira da empresa, assim como para ajudar os gestores a terem uma visão mais clara dos negócios, já que ela facilita a gestão comercial.

Além disso, um cálculo eficiente ajuda a definir metas para aumentar a margem de lucro, a identificar o momento de reajustar os preços, a reduzir custos que estão pesando no orçamento e a avaliar se algum produto deve ou não ser mantido no ciclo de vendas.

Tudo isso pode ajudá-lo a vender mais. Por isso, determinados fatores se tornam insubstituíveis no momento de realizar essa conta. Lembre-se de que, sem uma definição precisa desses valores a serem cobrados, o seu negócio pode até conseguir bons números de vendas, mas talvez ele não dure por muito tempo.

Como essa informação pode ajudar seu negócio?

Saber como calcular o preço de venda de um produto ou serviço é um processo essencial para a existência de qualquer empresa. Afinal, entre as principais causas que influenciam a decisão de compra, o preço é a que mais se destaca.

Ao escolher um produto, o consumidor sempre levará em consideração os custos de venda — que devem retratar o seu valor agregado e a sua funcionalidade. Sendo assim, o preço do seu produto terá uma relação direta com a quantidade que é comprada pelo mercado.

Portanto, sem uma precificação adequada, não é possível definir um preço de venda ideal para o seu produto ou serviço, e isso fará com que o negócio esgote seus próprios recursos rapidamente.

Ademais, qualquer erro no cálculo do preço de venda, tanto para cima quanto para baixo, pode gerar outros problemas, como a queda no faturamento, o declínio no volume de vendas e a redução da margem de lucro, além das dificuldades para fazer seu negócio expandir.

Não se esqueça de que muitas empresas fecham as portas por não conseguirem funcionar com prejuízos por longos períodos. Então, se você quer sobreviver no mercado e prosperar, a precificação correta é um mecanismo muito importante.

O que é preciso para calcular o preço de venda?

Antes de colocar os números no papel e começar a fazer as contas, é importante entender os fatores que envolvem o cálculo. Conhecer bem cada elemento é essencial para evitar erros na hora de calcular o preço de venda. Para defini-lo, considere os seguintes pontos:

  • o custo de produção, de distribuição e de divulgação;
  • o volume de compra de acordo com o planejamento estratégico e o orçamento disponível;
  • as ofertas similares da concorrência;
  • a análise de produtos e de serviços que estarão em linha.

Esse valor deve ser suficiente para cobrir todos os custos, além de ser competitivo no mercado. Para fazer o cálculo, você deve levar em conta os fatores que veremos a seguir.

Custo direto

É o valor gasto para adquirir um produto ou serviço. Inclui, além dos custos de aquisição (revenda) ou produção, os impostos que incidem sobre ele: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programas de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Despesas fixas

São as despesas referentes aos custos da empresa que se repetem todos os meses, como aluguel, conta de luz, folha de pagamento, entre outros. Embora não estejam diretamente relacionados ao produto ou serviço, podem fazer parte do percentual do preço. Vale incluir custos com fornecedores e frete.

Despesas variáveis

Também são gastos que não têm relação direta com o produto ou serviço. A diferença é que eles variam todos os meses. Entre os mais comuns estão as comissões para os vendedores e os impostos sobre as vendas, além de embalagens e taxas do cartão de crédito, por exemplo. 

Margem de lucro

O termo é utilizado para definir a porcentagem de ganho adquirida a partir da venda de cada produto. Leva em consideração quanto a empresa precisa para cobrir todos os custos e ainda gerar lucro. Para chegar à margem de lucro, é preciso avaliar a quantidade de venda e a demanda de cada item.

Como aumentar a margem de lucro?

Agora que você já conheceu os principais conceitos para determinar o preço de venda dos produtos, é hora de obter resultados ainda melhores nos lucros. Afinal, não adianta nada ter uma margem de lucro pequena que não garante o reinvestimento e a manutenção da sua empresa. Isso faz com que seu negócio não cresça e se mantenha.

Então, um passo importante na definição do seu preço de venda é levar em consideração o aumento da sua margem de lucro, já que será por meio dela que sua empresa terá uma boa saúde financeira e poderá se expandir futuramente.

Confira as dicas que separamos para você conseguir aumentar a margem de lucro do seu negócio!

Escolha bons fornecedores

Ter bons fornecedores é fundamental para conseguir melhores condições comerciais e prazos de pagamento mais vantajosos na reposição do estoque. Portanto, avalie quanto cada fornecedor cobra, levando em consideração todos os fatores que afetam o preço de venda. Assim, você evita possíveis aumentos, indisponibilidade de estoque ou demora na entrega.

Outra dica importante é buscar referências, ou seja, outras empresas que validam o trabalho desse fornecedor. E, mesmo depois da indicação, realize alguns testes antes de fechar um contrato mais longo. 

Avalie bem o mercado e crie diferenciações

Um ponto fundamental para aumentar a margem de lucro é buscar diferenciações no mercado. Para isso, você pode avaliar as necessidades e as preferências dos consumidores, bem como verificar qual o diferencial que sua marca pode oferecer.

Fique atento aos seus concorrentes, aos preços oferecidos e não deixe de ficar de olho nas mudanças do mercado. De vez em quando, o preço de matérias-primas e de produtos pode aumentar ou diminuir, e você deve ficar atento às variações para oferecer sempre um valor competitivo. Além disso, identifique quais são os seus diferenciais e trabalhe em cima deles!

Reduza os custos e as despesas

Embora pareça meio óbvio, muitas empresas não levam em conta essa dica. Mas a matemática é clara: custos e despesas menores resultam em lucros maiores. Quando você consegue reduzir alguns gastos operacionais mantendo a qualidade, é possível adquirir uma boa margem de lucro e, ao mesmo tempo, oferecer um preço atrativo para os consumidores. Lembre-se de que toda economia será valiosa em longo prazo.

Como formar um preço de venda?

Além dos aspectos financeiros, a determinação do preço de venda deve levar em consideração o aspecto mercadológico. Ou seja, o preço deverá estar próximo do praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e de qualidade.

Além disso, também precisam ser considerados o nível de conhecimento de marca, o tempo de atuação, o volume de vendas e o dinamismo da concorrência. Dessa forma, se o preço estabelecido pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos internos da empresa, o empreendedor precisa refazer os cálculos financeiros para avaliar a viabilidade de seu negócio. 

Saber calcular o preço de venda de produtos e serviços é a melhor forma de projetar lucros, ganhar vantagem competitiva no mercado e fazer uma melhor gestão de ativos. Para sair na frente da concorrência, nada melhor do que contar com processos seguros e corretos a fim de garantir o sucesso das vendas. Além disso, ao ter o controle de todas as despesas para o cálculo, você pode melhorar sua precificação.

Mercado de leite e derivados – Março 2022

Mercado de leite e derivados – Março 2022

O ambiente político e econômico mundial está dominado pelo conflito bélico entre a Rússia e a Ucrânia. Estes dois países são importantes fornecedores mundiais de commodities agrícolas e energéticas. A Rússia responde por 12% da produção mundial de petróleo. A Ucrânia é o terceiro maior exportador mundial de milho, contribuindo com quase 15% da exportação deste produto. Os dois países também respondem por mais de 30% das exportações globais de trigo. Estes números mostram a importância destes países no mercado mundial de commodities.


Desde o início do conflito, no final de fevereiro de 2022, o petróleo subiu cerca de 30% no mercado internacional, o milho, 20%, a soja, 10%, todos com impactos diretos no custo de produção de leite e derivados. O leite em pó, integral e desnatado, aumentou cerca de 5%. Tais aumentos em tão curto espaço de tempo ilustram quão desafiador é o momento atual, que se soma à recuperação ainda em curso da pandemia de Covid 19 (Figura 1).

Mercado de Leite e Derivados


Neste cenário, o preço do leite no mercado internacional alcança os maiores patamares dos últimos 8 anos: O leite em pó integral está cotado em US$ 4.500/ tonelada. A oferta de leite nos principais mercados globais continua limitada e o aumento do custo de produção seguram o incremento da produção internacional.


A balança comercial brasileira de lácteos tem reagido ao aumento dos preços internacionais e ao câmbio ainda favorável ao comércio exterior brasileiro. As exportações acumuladas nos primeiros dois meses de 2022 somam US$ 36 milhões. Esta é uma cifra pequena, comparada com o valor da produção brasileira de lácteos, mas representa avanço de 152% sobre os US$ 14 milhões registrados nos primeiros dois meses de 2021. As importações, por sua vez, caíram 58% neste período, somando US$ 108 milhões. O déficit da balança de lácteos alcançou US$ 71 milhões, uma redução de mais de 70% sobre o acumulado nos primeiros dois meses de 2021.


Os preços de derivados lácteos no Brasil continuaram a aumentar no atacado durante o mês de fevereiro, sinalizando algum alívio para a indústria, que tem trabalhado com margens apertadas e capacidade ociosa. O preço ao produtor alcançou R$ 2,15 em fevereiro, um pequeno aumento sobre o mês anterior. O leite no mercado spot, no entanto, alcançou o maior valor em seis meses em Minas Gerais: R$ 2,54, sinalizando que há espaço para aumento do preço pago ao produtor.


Ainda que o produtor receba mais pelo valor do seu produto, suas margens também continuam estreitas, por conta do aumento do preço de importantes insumos para a produção do leite. Milho e soja registraram forte valorização devido a quebra da safra de Verão que ocorreu por conta de problemas meteorológicos em especial no sul brasileiro. Além disso, a demanda firme e a oferta apertada, por conta da Guerra, têm mantido o preço destas commodities em alta.


Do ponto de vista do consumidor a situação é de cautela. A renda média do brasileiro caiu e ainda não retornou aos patamares pré-pandemia. A nova realidade da guerra é um complicador adicional para a economia, por conta da inflação mundial que repercute também no Brasil. No entanto, alguns dados atenuam este cenário. Desde o início de 2022 a entrada de recursos estrangeiros para investimentos se intensificou no Brasil e o real se apreciou em mais de 10% no período, em relação o dólar. A bolsa de valores também se valorizou nas últimas semanas, antecipando a perspectiva de crescimento da economia nacional, cuja previsão acaba de ser revisada de 0,3% para 0,4% pelo Banco Central. É um crescimento tímido, mas o viés de alta é positivo. O programa governamental de ajuda às famílias de baixa renda, o Auxílio Brasil, também pode alavancar o consumo de lácteos. Investimentos contratados pelas concessões de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias somam mais de R$ 1 trilhão e este é mais um fator que pode impulsionar a economia brasileira e o poder aquisitivo da população.


Por fim, é importante lembrar que março é o mês da mulher. Vale ressaltar a importância da mulher como impulsionadora do consumo de lácteos. Estudos da Embrapa Gado de Leite mostram que as mulheres consomem mais leite fluido e iogurte que os homens, respondendo por um consumo médio de lácteos anual 7% superior aos homens. Parabéns a todas as mulheres, em especial àquelas do agronegócio do leite!

CILeite – indicadores do mercado do leite (Fevereiro – 2022)

CILeite – indicadores do mercado do leite (Fevereiro – 2022)

Preço dos derivados lácteos em alta no atacado

Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista registraram elevação ao longo de fevereiro, refletindo a baixa disponibilidade interna de leite. As principais variações de preço em relação a janeiro foram observadas no leite UHT e no leite em pó fracionado. O queijo muçarela também se valorizou, ainda que em menor intensidade. O menor poder de negociação da indústria neste segmento e a maior oferta deste derivado em relação a demanda acabou inibindo maiores repasses. No mercado Spot, o mês de fevereiro foi de importante elevação, já refletindo um horizonte de entressafra se aproximando. No varejo os lácteos também registraram pequena elevação.

Conseleites indicam aumento nos preços

CILeite - indicadores do mercado do leite (Fevereiro - 2022) - 2

Em fevereiro/22, o preço do leite ao produtor registrou elevação na comparação com o mês anterior, fechando em R$2,15 por litro. Para o pagamento de março, os Conseleites indicaram movimentos de alta, em linha com o observado no mercado atacdista e Spot. No Paraná a alta estimada foi de 3,7% e em Minas Gerais de 2,0%.

Farelo de soja registra forte elevação nos preços

As perdas observadas na safra de soja no Brasil, Argentina e Paraguai provocaram valorização nas cotações internacionais e domésticas. O farelo de soja, que estava cotado a R$2.300 por tonelada no Paraná em dezembro/2021 superou os R$3.000 por tonelada no final de fevereiro. O milho registrou valorização inferior, mas também segue com preços mais altos. No mercado pecuário, o boi manteve cotação relativamente estável no último mês enquanto o bezerro mostrou uma pequena queda nos preços. A valorização do real frente ao dólar acabou segurando um pouco as cotações das commodities, exceto aquelas que tiveram maior valorização internacional, como a soja.

Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
Autores: Glauco Rodrigues Carvalho, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira e Samuel José de Magalhães Oliveira. Colaboração: Jonas Carvalho Gomes Nogueira, João Pedro Schettino (graduandos da UFJF)

Nova norma de rotulagem nutricional: entenda o que muda e como se adequar!

Nova norma de rotulagem nutricional: entenda o que muda e como se adequar!

A nova norma sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece mudanças na embalagem frontal e na tabela nutricional dos alimentos a partir de outubro de 2022.

A medida foi criada visando melhorar a legibilidade das informações nutricionais dos rótulos dos alimentos para que os consumidores possam fazer escolhas mais conscientes.

Mais do que modificar o layout dos produtos, a norma exigirá rápidas ações dos fabricantes para repensar a composição dos alimentos, uma vez que o alto teor de determinados nutrientes, certamente, impactará na decisão de compra dos consumidores, especialmente daqueles que estão buscando uma dieta mais saudável e equilibrada.

Para entender exatamente o que a nova norma prevê, de que forma ela impacta a comercialização dos alimentos no Brasil, leia o nosso artigo completo.

Rotulagem nutricional frontal dos alimentos

Essa é a grande inovação da medida, pois interfere diretamente no design frontal das embalagens. Isso porque ela determina a inclusão de um símbolo em formato de lupa indicando o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. Veja os exemplos abaixo:

Tabela Nutricional

A tabela nutricional também será reformulada para facilitar legibilidade das informações. Confira: 

Design

  • Deverá ter letras pretas e fundo branco;
  • Deverá ficar, em regra, próxima da lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceitas quebras;
  • Não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização, com exceção para os produtos pequenos (área de rotulagem inferior a 100 cm²), em que a tabela poderá ser apresentada em áreas encobertas, desde que acessíveis.    

Informações nutricionais

  • Será obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais;
  • O valor energético e nutricional deverá ser declarado por 100 g ou 100 ml.

Fique atento aos prazos para adequação

A nova norma sobre rotulagem nutricional foi aprovada em outubro de 2020 e entrará em vigor 24 meses após a sua publicação. 

  • Produtos destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação deverão estar adequados já a partir da entrada em vigor do regulamento;
  • Os produtos que se encontrarem no mercado na data da entrada da norma em vigor terão, ainda, um prazo de adequação de 12 meses;
  • Alimentos fabricados por empresas de pequeno porte, como agricultores familiares e microempreendedores, terão prazo de 24 meses após a entrada em vigor, totalizando 48 meses no total;
  • Bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, a adequação não pode exceder 36 meses após a entrada em vigor da resolução.