Erros mais comuns na gestão do agronegócio e como evitá-los

Erros mais comuns na gestão do agronegócio e como evitá-los

Gestão do agronegócio: entenda o quanto ela impacta na sua propriedade e como melhorar seus resultados com um bom gerenciamento.

Ter sob controle todos os processos operacionais e administrativos da fazenda é desafiador, não é verdade? Com as margens de lucro cada vez mais apertadas e o tempo escasso para dar conta de tanta coisa, é preciso ter cada vez mais eficiência. Para isso, é fundamental melhorar sua gestão! Assim, é possível ver onde fazer melhorias que certamente vão impactar os resultados da empresa rural.

Neste artigo, separamos alguns erros comuns cometidos na gestão do agronegócio e como você pode resolvê-los a partir de agora!

O que é gestão do agronegócio? 

A gestão do agronegócio envolve destinar corretamente os recursos da fazenda, sejam eles financeiros ou operacionais, para obter resultados melhores e de maneira mais eficaz. Uma boa gestão compreende o desenvolvimento de estratégias e soluções inovadoras e tecnológicas para otimizar todas as etapas de produção e comercialização da produção. Mas claro que isso não é tarefa fácil. Então, a seguir listamos alguns pontos importantes que merecem destaque na gestão do agronegócio.

1 – Não fazer a gestão financeira adequada

gestão financeira é fundamental em toda a cadeia produtiva. Muitas fazendas ainda realizam a gestão das finanças da propriedade pelo saldo na conta bancária dos proprietários, sem separar gastos pessoais dos gastos da empresa rural. Esse modelo de gestão acarreta confusões financeiras. Às vezes, impostos pagos pelas fazendas que possuem apenas pessoas físicas podem ser maiores quando comparados às pessoas jurídicas.

O controle do fluxo de caixa é essencial para que os gestores e produtores conheçam a saúde financeira dos negócios, sabendo corretamente o balanço entre entradas e saídas de dinheiro. A propriedade rural deve ser vista com um negócio, exigindo dos gestores a prática administrativa e financeira com o auxílio de softwares e ferramentas mais elaboradas.

2 – Deixar de lado a gestão de pessoas 

gestão de pessoas é outro ponto fundamental para o sucesso das atividades no campo. É necessário que os gestores saibam como o time de campo está realizando as atividades e cobrem resultados e comprometimento de todos envolvidos na atividade. Os dados devem ser coletados e analisados para evitar o retrabalho das atividades. Os funcionários devem prestar contas de seu trabalho diário a fim dos gestores terem condições de avaliar e supervisionar o que já foi realizado.

3 – Não fazer a automação de processos

Mobilidade e segurança dos dados são fundamentais para que os gestores e proprietários consigam ter acesso remoto às informações 24h por dia. Informações espalhadas em vários sistemas e de maneira desorganizada dificultam a tomada de decisão.

Automação de rotinas e processos no campo é fundamental para posteriores análises visando otimizações. Anotações em papéis devem ser evitadas, uma vez que ao passar a limpo, tais informações podem ser perdidas.

Softwares de gestão como o Magis TI permitem a coleta de dados, facilitando o dia a dia das atividades.

 

 

4 – Deixar a análise dos resultados em segundo plano

Existem disponíveis no mercado algumas ferramentas tecnológicas que possibilitam que todos os dados sejam coletados e organizados em uma mesma central. Relatórios financeiros possibilitam que os gestores avaliem se irão realizar novos investimentos no ano seguinte ou não. Ajudam ainda a planejar de maneira mais assertiva as atividades futuras. Relatórios de máquinas e custos operacionais possibilitam reduções de custo e escolha por equipamentos mais eficientes para cada operação na fazenda.

A análise dos resultados é tão importante quanto a coleta correta dessas informações, uma vez que é a partir dela que se poderá ter sucesso ou não nas tomadas de decisões futuras.

Fazer uma boa gestão do agronegócio é fundamental no andamento do processo produtivo das fazendas. Para que os gestores realizem seu trabalho da melhor maneira possível, é importante que os processos estejam documentados e organizados. Isso favorece a posterior análise e tomada de decisão.

Qual é a principal dificuldade na gestão do agronegócio? Você realiza a gestão da sua fazenda com base nestes pontos citados no texto? Ficou alguma dúvida? 

ICMS: O que é e como calcular?

ICMS: O que é e como calcular?

Quem é empreendedor sabe que, quando falamos sobre tributos, é sigla que não acaba mais: IRPJ, ISS, CSLL, PIS, IPI, entre tantas outras. Entretanto, uma especial acaba sendo a razão de muitas dúvidas para os empresários, o ICMS.

Ele é um dos principais impostos do país e você precisa entender a fundo o que é ICMS e como ele funciona para poder ter uma gestão eficaz dos tributos. Com base nesse contexto, surge este mini guia para que você possa tirar todas as suas dúvidas sobre o ICMS.

O que é ICMS?

O ICMS é a sigla para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Ele é regulamentado pela Lei Complementar 87/1996, é um tributo estadual e seus valores são definidos pelos estados e Distrito Federal.

De forma resumida, este tributo incide quando um produto ou serviço tributável circula entre cidades, estados ou de pessoas jurídicas para pessoas físicas. Devido à sua abrangência, é uma das principais fontes de arrecadação dos estados e está incluso no valor da maioria dos produtos que consumimos.

Como funciona o ICMS?

Como falamos, ICMS é um imposto que incide sobre a circulação de mercadorias e serviços. Logo, ele só é pago quando a propriedade da mercadoria ou do serviço passa de uma empresa à outra – ou da empresa ao cliente. Essa mudança na titularidade da mercadoria é chamada de fato gerador, sendo o evento que motiva a aplicação do tributo.

Em outras palavras, toda vez que uma mercadoria é transportada de uma localidade para outra, a titularidade e propriedade dela ficam registradas na nota fiscal. Porém, para que o ICMS seja cobrado, é preciso que o produto seja passado para o nome de outro comprador.

Dessa forma, a cobrança do imposto é lícita e o valor do tributo pode ser arrecadado pelo estado. Lembrando que, com exceção da energia elétrica e dos derivados do petróleo, o imposto sempre será cobrado no estado de origem da mercadoria ou serviço. Logo, o ICMS varia de acordo com cada estado, e qualquer informação sobre o imposto deve levar em conta a localização da operação.

Quem precisa pagar e quem está isento do ICMS?

A Lei complementar 87/1996 regulamenta as operações em que há incidência, ou não, do ICMS. Trouxemos, na listagem abaixo, quais operações são essas, confira!

Operações que o ICMS incide

O ICMS incide sobre as seguintes operações:

  • Operações relativas à aquisição de mercadorias em geral, incluindo o fornecimento de alimentos e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
  • Prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer meio, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
  • Prestação de serviços de comunicação (emissão, geração, recepção, transmissão, etc.);
  • Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços;
  • Importação de mercadorias do exterior, qualquer que seja a finalidade;
  • Serviços prestados no exterior ou que tenham começado fora do país;
  • Entrada, no Estado de destino, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

Operações isentas de ICMS

A lei que regulamenta o ICMS também define as operações isentas do imposto. São elas:

  • Operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão;
  • Operações e prestações que destinem ao exterior serviços ou mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados;
  • Operações interestaduais relativas à energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
  • Operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
  • Operações com arrendamento mercantil;
  • Operações de hortifrutigranjeiros;
  • Operações de insumos agrícolas (incluindo mudas de plantas e sementes);
  • Aquisição de veículos adaptados para pessoas com deficiência física.

O que é diferencial de alíquota de ICMS (DIFAL)

Os produtos que circulam internamente são tributados por alíquotas fixas dos estados, mas, quando a operação é interestadual, é preciso calcular o DIFAL (Diferencial de Alíquota).

Esse instrumento foi criado para proteger a competitividade do estado onde o comprador da mercadoria ou serviço está, evitando que as pessoas comprem somente dos estados onde a alíquota é menor e o mercado local saia prejudicado. Assim, o DIFAL é basicamente a diferença entre a alíquota interna do destinatário e a alíquota interestadual do remetente.

Por exemplo, se a alíquota interna de um Estado é de 17% e a alíquota interestadual de outro estado é de 7%, o diferencial de alíquota nessa operação é 10% (17% – 7%).

O que é o crédito de ICMS e como ele funciona?

O ICMS possui também um sistema de crédito que garante a não cumulatividade do tributo, reduzindo seu impacto no valor final do produto. Este sistema permite que o comprador da mercadoria credite um valor já tributado no momento de pagar os impostos do produto. Assim, os valores já pagos se tornam crédito a ser abatido e o ICMS devido é reduzido.

Por exemplo: você comprou um produto por R$200,00 para revender e foi tributado em 18%. O ICMS ficou em R$36,00. O valor que você revendeu foi de R$250,00, logo teria que tributá-lo novamente em 18%, pagando mais R$45,00 de ICMS. Entretanto, com este sistema de crédito, você pagará apenas a diferença entre os dois valores, ou seja, R$9,00.

Para ter esse direito, sua empresa precisa lançar o documento na escrituração fiscal como entrada tributável e não ser optante do Simples Nacional — este regime não permite a utilização dos créditos.

Substituição tributária: o que é?

Agora que você já sabe o que é ICMS e como calcular, é importante entender também o conceito de substituição tributária. A substituição tributária (ST), em contrapartida, é um regime no qual uma única parte é responsável por recolher todo o ICMS. Atuando, assim, como substituto tributário dos demais envolvidos nas operações.

É por isso que a arrecadação do ICMS costuma se concentrar em indústrias e importadoras. Um exemplo são as fábricas de bebidas, que recolhem o ICMS integral e desobrigam, por consequência, distribuidoras e pequenos mercados terem que recolher esse tributo pela venda final ao consumidor.

Este processo tem duas grandes vantagens:

  • A arrecadação ocorre uma única vez e de forma antecipada, no início das operações;
  • Em vez de fiscalizar cada operação entre a produção e a venda ao consumidor final, a Receita Federal concentra sua atenção em poucas indústrias que recolhem o ICMS antecipado.

Lembrando que não são todos os produtos industrializados que estão sujeitos ao regime de recolhimento do ICMS-ST.

Eles são definidos e atualizados constantemente pela Confaz e o empreendedor deve acompanhar a divulgação das normativas. No convênio ICMS 142/18 consta a versão completa, mas sempre há atualizações sendo publicadas.

Como pagar o ICMS

Para recolher o ICMS, sua empresa deve ser cadastrada na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) da sua região. Depois do credenciamento, você receberá uma Inscrição Estadual (IE) a confirmação de que o negócio tem essa obrigação tributária, além da autorização para emitir nota fiscal eletrônica.

Para saber quais documentos são obrigatórios e conferir as alíquotas do ICMS do seu estado, peça ajuda ao contador para verificar a legislação local.

O pagamento é realizado por meio da Guia Própria Estadual para operações internas e Guia Nacional de Recolhimento Estadual (GNRE) para transações interestaduais. A exceção fica por conta dos optantes pelo Simples, que pagam pelo DAS.

O que acontece se eu atrasar o pagamento do ICMS?

Quando uma empresa deixa de pagar o ICMS, ela se torna inadimplente com o fisco – o órgão responsável pela questão tributária no Brasil. Para regularizar essa situação, é preciso pagar os impostos atrasados acrescidos de juros, que são fixados de acordo com a Taxa Selic referente ao período em atraso.

Do produto para trás: por que apostar na rastreabilidade?

Do produto para trás: por que apostar na rastreabilidade?

O aumento da demanda por alimentos seguros tem contribuído para uma maior preocupação da sociedade em relação aos impactos econômicos, ambientais e sociais oriundos das atividades produtivas. Isso reforça o cuidado que se deve ter durante a produção de alimentos, como exemplo, desde a saúde animal até a qualidade do produto final.

Em virtude disso, a rastreabilidade dos alimentos é uma valiosa ferramenta que, além de cumprir com as exigências da legislação, é usada principalmente para conter as informações que possam certificar a garantia da qualidade dos produtos ao longo de toda a cadeia produtiva, a fim de conquistar a confiança do consumidor (IFOPE EDUCACIONAL, 2018).

Neste contexto, há legislações que preconizam o monitoramento da cadeia produtiva, como exemplo, a Instrução Normativa Conjunta nº 02/2018 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2018), que define os procedimentos de rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos.

De acordo com a norma, um dos principais objetivos da rastreabilidade é impedir a utilização de agrotóxicos acima dos limites permitidos, o que pode acarretar em possíveis riscos à saúde dos consumidores.

Em relação ao controle de qualidade na indústria de lácteos, o leite e seus derivados lácteos estão entre os alimentos que mais são testados e avaliados, em virtude da importância que estes representam na alimentação humana, sua natureza perecível e devido à facilidade de adulteração (SOARES, 2015).

Assim, as indústrias lácteas têm se preocupado cada vez mais em adequar seu processo produtivo de forma a atender as demandas, desejos e necessidades do consumidor por meio da implementação de ferramentas de gestão de qualidade como, por exemplo, a rastreabilidade.

A implementação da rastreabilidade na cadeia leiteira implica diretamente no controle de seus elos produtivos, permitindo a análise e constatação da saúde animal, qualidade das embalagens, do transporte e do armazenamento.

O processo de rastreabilidade pode ser aplicado a qualquer tipo de cadeia produtiva, no entanto, para cada uma delas existem critérios específicos para garantir a qualidade do produto final. Na Figura 1, é possível observar um modelo básico do processo de rastreabilidade, considerando o fluxo do produto na cadeia produtiva do leite.

 

Conexão com o consumidor final

Os consumidores têm observado cada vez mais a aparência dos produtos e a qualidade nutricional, sanitária e sensorial. Em consequência disso, tem-se a necessidade de atender ao controle da qualidade e origem dos produtos alimentares disponibilizados para o mercado, na busca por transparência nas condições de produção e comercialização.

Neste contexto, a rastreabilidade dos alimentos vem ganhando bastante notoriedade. Essa ferramenta permite que o produtor rural e as indústrias consigam junto ao consumidor o compartilhamento das informações acerca das condições de obtenção da matéria-prima, bem como sua manipulação ao longo da cadeia produtiva por meio digital (MERCATUS TECNOLOGIA, 2021).

Com isso, o objetivo da indústria fica focado em diminuir obstáculos comerciais com a regulamentação de padrões de qualidade e orientações normativas. Assim, o sistema de rastreabilidade oportuniza a indústria a trabalhar na gestão de riscos e na melhoria da qualidade do produto, ganhando assim uma maior confiança do consumidor ao mesmo tempo que agrega valor ao produto de forma a destacar-se como referência ao consumidor quanto à garantia esperada (CONTAG, 2021).

De forma geral, para o consumidor, os benefícios dessa tecnologia são: minimizar os riscos de consumir um alimento impróprio para o consumo, obter informações referente a qualidade nutricional do produto, permitir a escolha de produtos que causem um menor impacto ambiental, possibilitar a escolha por atributos específicos de qualidade e estimular a concorrência por meio da diferenciação da qualidade.

Como funciona o sistema de rastreamento de alimentos?

O sistema de rastreabilidade funciona como uma maneira de compensar a distância entre o produtor e consumidor com informações que são importantes sobre os alimentos. A rastreabilidade dos alimentos deve ser executada por meio de um sistema que contenha todas as informações sobre o caminho dos produtos à venda em supermercados.

Geralmente são utilizados etiquetas impressas, códigos alfanuméricos, código de barras, QR Code, chips, ou qualquer outro sistema que permita identificar a origem dos produtos (Figura 2) (JUCIS-DF, 2021).

Esse tipo de sistema é de grande importância, pois permite que, em caso de ocorrência de problemas com o produto, seja possível identificar em que ponto da cadeia de produção ocorreu a falha (JUCIS-DF, 2021).

Além disso, para o setor privado, a rastreabilidade protege a reputação da marca, minimiza os custos associados a uma retirada de produto do mercado, valoriza atributos do processo de produção, estreita a relação com fornecedores, entre outros benefícios (NUTRI MIX, 2021).

Considerações finais

Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a qualidade e segurança dos alimentos que estão ingerindo, bem como a sanidade e bem-estar animal. Com o sistema de rastreabilidade do leite, os consumidores têm acesso à origem do produto embalado, desde a obtenção da matéria-prima até a sua industrialização.

Isso permite maior segurança do consumidor em relação ao que se está ingerindo, o que contribui para uma melhor relação com a indústria perante suas opções de escolha. No entanto, apesar da rastreabilidade representar um avanço no controle de qualidade do leite, trazendo assim mais segurança aos produtos e satisfação para o consumidor, muitos consumidores desconhecem essa ferramenta.

Neste contexto, a rastreabilidade, se bem divulgada para população, pode se tornar uma fonte de valor agregado ao produto, em vez de apenas custos adicionais, bem como desempenhar um papel importante como inibidora de adulterações ao longo da cadeia produtiva.

 

Fonte: MilkPoint

Boletim CILeite: Preços indicadores do mercado do leite Junho de 2021

Boletim CILeite: Preços indicadores do mercado do leite Junho de 2021

Preços dos lácteos se estabilizam, mas em patamar mais elevado

O movimento de valorização dos lácteos, iniciado em maio, se manteve em junho, mas com certa acomodação dos preços nas últimas semanas. Na média do mês, as maiores valorizações ocorreram no queijo muçarela e no leite Spot, com alta de 17% sobre o mês anterior. O mercado Spot registrou alta importante devido ao período de entressafra e a própria valorização do queijo muçarela. O leite UHT também teve boa valorização com aumento de 9% na comparação mensal. Nos últimos dias, as cotações do UHT perderam força em função de uma demanda mais retraída. O leite em pó fracionado teve alta de apenas 3%, sendo impactado pelo menor consumo no Nordeste e uma demanda em geral enfraquecida.

 

 

Conseleites projetam elevação de preços para julho, a quarta alta do ano

Em junho, o preço do leite ao produtor registrou nova alta. Para o pagamento de julho, os Conseleites projetam manutenção desta trajetória de valorização do leite ao produtor. A maior alta projetada foi no Paraná, de 11,4%, seguida de Minas Gerais (8,0%) e Santa Catarina (7,0%), enquanto no Rio Grande do Sul a estimativa é de aumento de 5,3%.

 

 

 

Preços de milho e soja recuam com maior oferta e valorização do Real

O aumento da oferta de grãos no mercado interno associado à valorização do real frente ao dólar contribuíram para as quedas nas cotações do milho e do farelo de soja ao longo do mês de junho. Com o dólar recuando 5% no mês e atingindo o menor valor desde início de junho/2020, os preços do milho caíram 8% na comparação com a média de maio, enquanto o farelo de soja teve queda de 7%. No mercado pecuário, a arroba do boi gordo apresentou pequena valorização de 2% no mês e o bezerro foi no caminho inverso, registrando pequena queda. No cenário macroeconômico, destaca-se a melhora nas previsões de crescimento do PIB brasileiro para 2021, atingindo o patamar de 5,05%. No início do ano, as projeções indicavam aumento do PIB entre 3,0% e 3,5%.

 

 

 

 

 

Fonte: Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite

Demonstrações financeiras: o que são e a sua importância

Demonstrações financeiras: o que são e a sua importância

É muito importante que, ao gerir uma empresa, todas as decisões tomadas sejam muito bem pensadas e baseadas em dados, independente da área. Isso se torna ainda mais sensível quando pensamos em orçamento e investimentos, já que manter a saúde financeira da organização é essencial. Nesse caso, o melhor a se fazer é elaborar, entender e analisar demonstrações financeiras para apoiar as tomadas de decisão.

Esse tipo de apresentação pode fornecer um diagnóstico real e atualizado da situação financeira da empresa, além de servir como ferramenta para promover uma gestão melhor e mais assertiva.

Continue a leitura e entenda melhor o que são, como funcionam e que tipos de demonstrações financeiras existem.

O que são demonstrações financeiras? 

Demonstrações financeiras são relatórios contábeis que detalham a situação financeira geral de uma empresa. Com base nelas, é possível realizar a apuração dos impostos, controlar o fluxo de caixa, realizar melhores investimentos e conseguir gerenciar melhor todos os aspectos do negócio.

Além disso, demonstrações financeiras são muito importantes para potenciais investidores. Esses relatórios podem dizer se sua empresa é um investimento rentável e seguro ou não.

Qual a importância das demonstrações financeiras?

Por meio das demonstrações financeiras de uma empresa, a equipe financeira, um novo investidor ou os sócios podem tomar suas decisões de uma maneira muito mais segura. São elas que possibilitam, por exemplo, que sua organização consiga aprovar um financiamento, pois elas discriminam os recursos disponíveis em caixa e as condições de se arcar com as dívidas.

Essas demonstrações mostram quais são os gastos, o retorno sobre investimentos, os faturamentos previstos e uma análise da saúde financeira de uma maneira completa. Assim, existem seis tipos diferentes: o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE), a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), o Fluxo de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado, além do complemento das Notas Explicativas.

Quais os tipos de demonstrações financeiras?

Demonstrações financeiras são um conjunto de informações. Para uma demonstração completa, os demonstrativos mais importantes são:

  • Balanço Patrimonial
  • Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)
  • Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
  • Fluxo de Caixa
  • Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
  • Notas explicativas

Siga a leitura e entenda melhor sobre cada um deles:

Balanço Patrimonial

O balanço patrimonial é a principal demonstração financeira de uma empresa e trata-se de um relatório contábil que segue a legislação vigente. Por meio dele, o negócio consegue mostrar como está o seu patrimônio, detalhando a posição financeira atual da empresa. Ele pode ser realizado em qualquer época do ano – sendo mais comum no final – para realizar o acompanhamento de janeiro a dezembro.

Dessa forma, visa-se equilibrar o patrimônio, analisando os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Em outras palavras, serão verificados todos os itens capazes de gerar benefícios econômicos – como é o caso das aplicações – e quais as obrigações com terceiros que deverão ser liquidadas.

No Balanço Patrimonial, existem duas colunas: ativo e passivo. No ativo, ficam discriminados os direitos e os bens de uma organização, ou seja, tudo o que de alguma forma gera valor para a empresa — o estoque é um bom exemplo. Já no passivo ficam todas as obrigações que uma empresa tem, ou seja, os valores que deverá pagar — como os serviços de fornecedores.

O resultado da diferença entre o ativo e o passivo é o chamado patrimônio líquido. Quando o ativo é positivo, a empresa tem como arcar com as suas dívidas. Quando o oposto ocorre, chamamos de passivo a descoberto, indicando que o valor devido é maior do que os seus bens.

Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)

A DRE está entre as obrigações de maior importância para as empresas. Com ela, os gestores conseguem tomar as suas decisões estratégicas mais facilmente ao unirem as informações sobre as finanças, ou seja, analisarem se as contas serão positivas ou negativas.

Portanto, a Demonstração de Resultados do Exercício visa, principalmente, reunir todas as informações financeiras da empresa, mostrando o resultado do exercício líquido, que apresenta o lucro ou o prejuízo da operação. Dentro disso, estão incluídas todas as receitas da empresa, como custos e despesas.

Para que tenha maior efetividade dos resultados, ela deve ser elaborada considerando um período determinado, sendo mais usual a realização anual para se ter um balanço. Isso não quer dizer que não possa ser realizada em outros momentos, sempre que necessário.

 

 

Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)

A DLPA, ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, é utilizada para demonstrar as mudanças no Patrimônio Líquido de uma empresa e onde ele foi aplicado ao longo de um período pré-estabelecido. Essas mudanças no patrimônio podem ser tanto um aumento no lucro quanto no prejuízo acumulados. A DLPA, basicamente, mostra um comparativo entre um saldo anterior e um saldo final do lucro da empresa. A DLPA geralmente é a última coisa a ser feita ao elaborar o Balanço Patrimonial. Os dados da DLPA são gerados pelo paralelo entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Assim, na DLPA temos alguns dados que são obrigatórios:

  • o saldo inicial de lucros e prejuízos no período estabelecido;
  • pagamentos de dívidas e demais distribuições de lucro;
  • o montante do lucro que foi adicionado ao capital total;
  • possíveis mudanças na contabilidade que impactem lucros e prejuízos;
  • o saldo final de lucros ou prejuízos acumulados no período estabelecido.

Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa nada mais é do que um relatório para análise da empresa, que mostra sua posição financeira dentro de um determinado período, que pode ser diário, semanal, mensal ou anual. Por meio dele, é possível saber o quanto entrou e saiu de dinheiro no período específico, analisando to caixa, as aplicações financeiras e as contas bancárias.

Ainda é possível verificar qual foi o resultado da empresa em cada uma de suas movimentações financeiras. Assim, é possível saber exatamente onde tais recursos foram aplicados e quais as suas origens, tendo melhor controle sobre o fluxo financeiro.

Sabendo exatamente onde o dinheiro está sendo empregado, pode-se fazer um planejamento mais preciso sobre os recursos disponíveis e necessários para cada movimentação financeira. Assim, as finanças ficam mais organizadas e atrasos com pagamentos devido à falta de recursos são evitados.

Com base nessa demonstração, ainda é possível que o gestor tome uma decisão acertada sobre quais aplicações são mais vantajosas e o retorno que essas lhe darão a fim de que faça o planejamento financeiro acertado ao traçar as metas empresariais.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Por meio da Demonstração do Valor Adicionado, pode-se saber quais foram as riquezas geradas em determinado período de movimentação da empresa. Nesse demonstrativo, porém, não importa apenas qual o lucro da empresa, mas se ele esteve ligado de maneira positiva a causas sociais. Por exemplo, se a empresa contratou mão de obra da comunidade da qual faz parte ou até mesmo se o seu negócio está contribuindo para o desenvolvimento econômico do país ou do município.

Com base nesses dados, é possível saber qual foi o papel da empresa na geração de riquezas ao analisar de que forma ela contribuiu para o desempenho social e com a economia de forma geral. Essa seção dos relatórios compara os valores de entradas e saídas, assim como as demais demonstrações financeiras, mas toma como base o princípio de responsabilidade social, medindo o quanto essa riqueza esteve relacionada ao bem da sociedade na qual a empresa está inserida como um todo.

Notas explicativas

As notas explicativas servem para esclarecer sobre a situação patrimonial, visando complementar as demonstrações contábeis que podem não ter ficado claras. Elas também podem:

  • Informar sobre práticas contábeis que foram aplicadas na empresa;
  • Completar informações que são exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e que não foram demonstradas;
  • Incluir informações financeiras relevantes;
  • Indicar os critérios de avaliação patrimonial;
  • Apontar investimentos em outras sociedades;
  • Expor garantias das obrigações de longo prazo;
  • Explicitar ajustes de exercícios anteriores.

E aí, gostou desse conteúdo? Quer entender mais sobre gestão de empresas? Leia o nosso próximo post: 5 vantagens de escolher um sistema especialista no seu setor

Contar com soluções tecnológicas de alta qualidade para a sua empresa pode ser um diferencial muito grande. Conheça a Magistech e nossas soluções digitais para organizações.

5 vantagens de escolher um sistema especialista no seu setor

5 vantagens de escolher um sistema especialista no seu setor

Um sistema especialista é projetado e desenvolvido para atender a um determinado segmento, solucionando problemas que são resolvíveis apenas por especialistas. Há sistemas que são especializados em agronegócio, outros no setor educacional, etc.

O sistema especialista para a indústria de laticínios, fornece controles específicos aos processos dessa cadeia, trabalhando com foco nas principais necessidades das indústrias que atuam nesse segmento.

Existem muitas vantagens em adquirir um software de gestão especialista nos processos de laticínios, conheça CINCO delas:

1 – Implantação mais rápida

O investimento, tempo e energia destinados para implantar um sistema especialista é, sem dúvidas, menor do que implantar um sistema genérico. Isso porque, na maioria das vezes, o sistema já conhece as necessidades do negócio e se encaixa facilmente nos processos da empresa, não necessitando de muitos ajustes.

Além disso, traz um ROI, retorno sobre o investimento, muito mais rápido e oferece mais segurança e simplicidade no treinamento e uso do sistema, pois usuários e software estarão falando a mesma “língua”.

2 – Melhores práticas no mercado

Uma ferramenta especializada em laticínios compreende as melhores práticas desse segmento que está inserido.

É justamente por fazer parte de várias empresas que constituem esse ecossistema que o sistema acaba adotando as melhores práticas de forma natural. De quebra, o vasto conhecimento do segmento embutido no sistema ainda pode melhorar a produtividade e desempenho dos colaboradores.

 

 

3 – Suporte entendedor e eficiente

Um sistema especialista em determinado segmento atua nas necessidades e se preocupa em atender cada detalhe que seu cliente solicita.

A especialidade já começa no desenvolvimento do software, que é feito por pessoas que entendem dos processos e já tiveram alguma relação com o setor. Essa atenção não é diferente com o suporte, que também é composto por especialistas e ocorre de forma mais eficiente e assertiva.

4 – Olhos para o futuro

Quem possui uma ferramenta especialista em seu setor sempre estará preparado para o futuro. Por exemplo, ao surgir uma prática que é boa para o segmento, o sistema especialista tende a adotar essa prática o mais rápido possível.

Além disso, por meio de feedbacks e pesquisas com os usuários, o sistema realiza atualizações e melhorias que atendam novas técnicas que podem, inclusive, serem exclusivas da fábrica.

5 – Segurança

Ao buscar um software de gestão no mercado, é possível ver esse produto funcionando em várias empresas do mesmo segmento, buscando e comparando cases. Essas referências fornecem à empresa a segurança de que esse software também vai funcionar em seus processos.

Vale ressaltar aos gestores que pretendem implantar um sistema de gestão ERP, ou substituir o seu antigo software, antes, é preciso ver qual é a solução mais indicada para o perfil do seu empreendimento. A Magistech é uma empresa especializada na implantação de diversas soluções tecnológicas, como o sistema de gestão ERP para indústria de laticínios. A empresa, a cada dia, busca inovar tecnologicamente para melhor atender a todos os seus clientes.