Alta valorização no doce de leite sugere oportunidades para o setor

Alta valorização no doce de leite sugere oportunidades para o setor

O doce de leite, também conhecido como Dulce de Leche, é um laticínio de alto valor agregado, largamente consumido como sobremesa e valorizado devido à diversidade de apresentações, versatilidade e características sensoriais agradáveis.

Seu baixo teor de umidade resulta em um produto que pode ser armazenado em temperatura ambiente com segurança, o que facilita a logística de armazenamento e transporte, e, portanto, um produto com amplas vantagens comerciais e que tem impulsionado sua comercialização ao longo dos anos.

É amplamente consumido e comercializado em alguns países da América Latina, como Argentina, Uruguai e Brasil. Estes são ainda os maiores produtores de doce de leite do mundo e juntos com outros países formam o bloco econômico MERCOSUL, que permite a circulação de mercadorias e acirram a competição destes produtos entre si, tornando o processo de decisão de compra dos consumidores cada vez mais complexo.

A escolha do consumidor é baseada em inúmeros fatores, tanto intrínsecos como características sensoriais do produto, como extrínsecos, que permeiam valores sociais, demográficos e psicológicos, por exemplo.

Deste modo, a intenção de compra e de consumo dos alimentos vão muito além dos atributos sensoriais. Alguns produtos geram grandes expectativas nos consumidores e podem ter receptividade distinta entre países com maior tradição de consumo e produção.

Neste âmbito, frisa-se o etnocentrismo do consumidor (EC) que se refere a um comportamento de compra leal aos produtos fabricados no país de origem, e que leva a rejeição de produtos importados por razões estritamente nacionalistas.

Os níveis de EC podem ser variáveis entre países, dentro de uma mesma população e até mesmo entre diferentes categorias de produtos. Dessa forma, considerando o crescente movimento nacionalista em diversos países, associado à globalização e intensa competição no mercado, identificar grupos com diferentes níveis de etnocentrismo dentro de uma população pode ser uma importante ferramenta para avaliar a compra e consumo de alimentos nacionais e importados, além de permitir delinear estratégicas de marketing mais assertivas e direcionadas aos distintos segmentos de consumidores.

Sendo assim, um estudo conduzido pela mestranda Bruna Boaretto Durço na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF) buscou investigar a influência do EC na percepção do doce de leite de diferentes países de origem (Argentina, Brasil e Uruguai) através da técnica de Laddering.

A técnica de entrevista em laddering se baseia na teoria de cadeia meios-fim, bastante utilizada em estudos de Marketing, e visa identificar os motivos de escolha e consumo de um produto específico, permitindo alcançar, da razão à emoção, determinando os motivos que influenciam inconscientemente os consumidores.

Por meio de uma pesquisa online, os participantes foram apresentados simultaneamente às embalagens de doce de leite, que diferiam apenas do país de origem, juntamente com o questionamento: “Se você tivesse escolher um desses doces de leite para consumir, qual seria?”, e uma série de perguntas” por quê?”. Em seguida, o nível de CE foi avaliado usando uma escala específica (CETSCALE de 17 itens).

Os resultados apontam que no Brasil, em específico para o doce de leite e com a população estudada, identificou-se consumidores com três diferentes níveis de etnocentrismo: alto nível de etnocentrismo, consumidores de médio-alto etnocentrismo e consumidores levemente etnocêntricos.

Observou-se que os consumidores altamente etnocêntricos possuem forte relação com o doce de leite brasileiro, exaltando sua alta qualidade, sabor característico e outros atributos bastante valorizados, além do comportamento patriótico de defesa do produto produzido nacionalmente.

Já a queda no nível de etnocentrismo evidenciou um aumento na escolha dos produtos importados, apesar do doce de leite nacional permanecer com a preferência entre os demais. O mais interessante é que, mesmo entre os participantes de médio-alto e baixo etnocentrismo, foi possível observar forte afeto, nacionalismo e solidariedade ao produto brasileiro.

Acredita-se que no Brasil, por se tratar de um país em desenvolvimento, os consumidores se preocupam com a situação econômica do país e buscam apoiar a indústria local e evitar abalos que ponham em risco a estrutura econômica. Destaca-se ainda que os produtos importados, quando escolhidos, foram associados a atributos de qualidade sensorial, segurança e satisfação.

Dessa forma, nota-se que o doce de leite nacional mantem uma posição privilegiada nas gôndolas dos mercados diante de todos os níveis de etnocentrismo dos consumidores, apesar do reconhecimento da qualidade dos produtos importados.

Segundo Bruna Durço, isso se mostra uma ótima notícia para o setor, composto por laticínios especializados, mas em sua maioria pequenos produtores que compõem sua renda através da venda do produto, e que podem exaltar e buscar a valorização do produto nacional/regional/local no mercado.

Contudo, ela ressalta ainda que essa oportunidade deve vir acompanhada de arrojadas discussões sobre melhorias da qualidade, uniformização de procedimentos e adequações aos padrões regulatórios do produto, que acabam nem sempre sendo considerados dentro da produção artesanal.

 

Fonte: MilkPoint

7 dicas para não errar no seu projeto de LGPD

7 dicas para não errar no seu projeto de LGPD

O início da vigência da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) pegou muitas empresas de surpresa. Após quase dez anos de discussões, ninguém imaginava que a lei seria sancionada e em meio à pandemia.

Com isso, desde setembro, companhias de todos os portes estão correndo contra o tempo para se adequarem às exigências de tratamento de dados pessoais da nova lei.

Apesar da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ainda não fiscalizar as empresas, outros órgãos, como o Ministério Público, podem mover ações e aplicar punições baseadas na nova Lei. Portanto, cabe às organizações buscarem o máximo de eficiência para não errarem nas suas adequações. As dicas abaixo ajudam as empesas nos principais aspectos neste processo de adequação.

1. Evite os atrasos no projeto de LGPD diante da dificuldade de levantar informações

Equipes multidisciplinares devem ser criadas para trabalhar no levantamento de informações, já que a LGPD não é um projeto de TI ou de Segurança, mas de toda a empresa. A definição de líderes de diferentes áreas da empresa acelerará o processo de pesquisa, pois chegará diretamente aos proprietários dos dados.

2. Integre equipes para evitar a falta de liderança entre os diversos fornecedores do projeto

A equipe de LGPD deve ter um líder definido que tenha o empoderamento necessário para engajar as áreas envolvidas, bem como os fornecedores externos. Normalmente, esses projetos são liderados pela área de Compliance ou pelo DPO (Data Protection Officer).

3. Faça diagnósticos sobre a lei adaptados à realidade do negócio

A LGPD se aplica a qualquer empresa que lida com informações entendidas como pessoais, embora seja ainda mais rigorosa naquelas que processam dados confidenciais. Dado que a lei tenha uma abordagem teórica, as medidas a serem aplicadas ao negócio devem ser adaptadas de acordo com uma avaliação de risco específica para cada negócio.

4. Garanta uma visão estratégica sobre os dados

A governança de dados deve ser liderada por um quadro de políticas e procedimentos alinhados ao direito interno para todo o ciclo de vida das informações. Isso envolve o estabelecimento de controles internos e canais externos para o direito de acesso à informação.

5. Estabeleça um plano de ação baseado na análise de riscos e impactos

Uma vez que os ativos de informação, classificados e priorizados, tenham sido identificados, deve-se realizar uma gestão de risco que avalie, de acordo com cada caso, o impacto e o volume dos dados afetados.  A partir dessa avaliação de risco, os planos de ação podem ser priorizados para mitigar cada caso. Recomenda-se dar o nível adequado de tratamento a cada ativo de informação e não estabelecer um plano de ação geral que possa atrasar o projeto e não priorizar ativos críticos ou mais sensíveis.

6. Monitore o plano para que não haja desvios do modelo definido

Para facilitar o monitoramento, os projetos limitados a cada ativo devem ser definidos de acordo com a priorização realizada na gestão de riscos.  Dessa forma, os ativos de informação agrupados por sua criticidade e nível de risco podem ser processados.

7. Prepare-se para tratar incidentes do projeto, como o vazamento de informações

Um plano de resposta a incidentes envolvendo as áreas de tecnologia, jurídico, conformidade e comunicações deve estar em vigor. Esses planos devem ser testados para que cada equipe saiba qual é o seu papel e seja capaz de agir rapidamente em caso de incidente, além de incluírem mitigação e recuperação, bem como comunicação interna e externa.

A LGPD contém muitos aspectos que devem ser avaliados de acordo com a particularidade de cada negócio, volume de dados e exposição. O trabalho deve ser feito para alcançar um nível aceitável de risco para o negócio, já que a confiança de clientes ou parceiros de negócios é de vital importância e um incidente de vazamento de informações pessoais pode prejudicar a reputação das empresas acima de qualquer dano econômico aplicável ou multa.

Fonte: Portal ERP

O que esperar do mercado de leite em 2021?

O que esperar do mercado de leite em 2021?

O preço do leite pago ao produtor apresentou valorização de 47,7% de janeiro a novembro de 2020, segundo o Cepea. No mesmo período, a importação de lácteos também cresceu e, para analisar este cenário, conversamos com Denis Rocha, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, que explica que o preço deve continuar em alta no início de 2021.

“O preço do litro do leite termina o ano bastante valorizado. Tivemos um preço 20% acima do mesmo período do ano passado, então o preço entra 2021 bem acima do que entrou 2020. Ao início do ano, diversos fatores estão interferindo, como custo de produção, clima e mercado valorizado do boi gordo. No lado da demanda, temos o fim do auxílio emergencial e como será a retomada da economia para, ao menos, balancear um pouco e manter o nível de consumo”, disse.

Segundo ele, o ano foi marcado pela injeção de renda em boa parte da população que, com o auxílio emergencial, conseguiu consumir produtos lácteos. “Essa escalada se refletiu na cadeia inteira. Se pegarmos os preços no atacado, estamos terminando o ano em torno de 40% mais elevado em relação a dezembro de 2019 nos principais produtos. Se não houver nenhuma ruptura nesse cenário, deve manter os preços nesses patamares no início do ano, mas não são esperadas novas altas nesse preço, que estão elevados”.

Na parte do custo de produção, ele explica que houve um aumento de 20% até novembro e o principal fator foi o aumento no preço dos grãos e das rações.  “Vendo um pouco a questão do mercado futuro desses produtos, vemos preços bastantes valorizados e deve continuar pressionando o custo de produção. Se o clima for bom, no entanto, pode ajudar um pouco com a questão das pastagens. Também esperamos um dólar mais fraco, que pode amenizar o custo ao produtor, mas não vemos chance de queda muito forte”, explicou.

Apesar desse custo elevado puxado pela ração, a elevação no preço conseguiu compensar esses aumentos até o momento e o produtor tem boa rentabilidade neste ano. “Se não houver ruptura no consumo, com queda abrupta de preço, acreditamos que o produtor ainda terá uma rentabilidade satisfatória, desde que faça um controle de custos e tenha uma boa eficiência”, concluiu.

Fonte: Canal Rural

Aquisição de leite tem alta de 2,6% entre julho e setembro

Aquisição de leite tem alta de 2,6% entre julho e setembro

A aquisição de leite cru foi recorde no terceiro trimestre, com 6,45 bilhões de litros coletados. Só em agosto foram captados 2,18 bilhões de litros de leite. O resultado representa um aumento de 2,6% em relação ao 3° trimestre de 2019, e alta de 10,7% em comparação com o segundo trimestre de 2020. É o maior volume desde 1997, início da série histórica. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Isso mostra uma recuperação do período do isolamento social, quando a alimentação fora do domicílio ficou restrita devido a Covid-19. O consumo de queijo e outros laticínios, que ajudam a movimentar esse mercado, está muito relacionado à alimentação fora de casa”, afirmou Bernardo Viscardi, supervisor das pesquisas de produção pecuária.

Os curtumes, por outro lado, declararam ter recebido 8,19 milhões de peças de couro bovino, uma redução de 4,6% em relação ao adquirido no terceiro trimestre de 2019 e alta de 11,9% frente ao 2° trimestre de 2020. O mês de maior aquisição foi julho, quando foram registradas 2,84 milhões de peças.

É importante ressaltar que a Pesquisa Trimestral do Couro investiga apenas os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano. “O desempenho do couro acompanha o abate de bovinos. O isolamento social afetou muito a exportação couro, que ainda vinha enfrentando uma desvalorização por conta da concorrência com a fibra sintética”, encerra o analista.

Fonte: Canal Rural

Entenda a importância e os benefícios da análise de dados em uma empresa

Entenda a importância e os benefícios da análise de dados em uma empresa

As estratégias de uma indústria devem contemplar, cada vez mais, novas práticas e recursos, a fim de mantê-la em uma posição relevante e competitiva em seu mercado de atuação. Dentro do contexto, a análise de dados figura não só como um grande diferencial, consistindo também em uma exigência de um ambiente corporativo altamente disputado.

Em geral, compreende-se o termo análise de dados como a capacidade de transformar volumosos conjuntos de dados — estruturados ou não —, em informações qualificadas, confiáveis, claras e aplicáveis à realidade prática na rotina industrial.

Por isso, ao longo do post mostramos como funciona e para que serve a análise de dados na indústria, assim como a importância de se basear em informações seguras. De quebra ainda abordamos as vantagens e o papel de um bom software de gestão. Confira!

COMO FUNCIONA E PARA QUE SERVE A ANÁLISE DE DADOS?

Hoje em dia, ao exercer suas atividades, uma indústria gera e disponibiliza uma imensa quantidade de dados. Portando, é muito importante encontrar uma maneira de não se perder em meio a tantas referências e saber como usá-las sob o ponto de vista estratégico.

Nesse sentido, implementar uma ferramenta de Business Intelligence (BI) vira um fator determinante para dar suporte a um planejamento eficaz. No entanto, antes de começar a trabalhar com isso é vital a organização para definir um foco, ganhando capacidade de responder a perguntas relevantes para o negócio.

Por meio do conhecimento e direcionamento do que será analisado e medido, evita-se equívocos desnecessários. A consequência direta é uma melhor utilização das informações, ou seja, apresentando clareza e eficácia.

POR QUE SE BASEAR EM INFORMAÇÕES QUALIFICADAS E CONFIÁVEIS?

Embora a análise de dados para o setor comercial cumpra função essencial, essa atribuição pode fazer com que a equipe perca bastante tempo caso seja feita sem o auxílio das ferramentas adequadas.

A verdade é que, atualmente, mesmo as indústrias de menor porte trabalham com um imenso fluxo de informação. Por isso, costuma ser um pouco custoso observar a fundo todos os dados do negócio.

Diante das circunstâncias, os gestores tendem a levar muito mais tempo para obter as respostas e soluções que procuram para tomar decisões mais acertadas. Quando isso acontece, pode ser tarde demais.

Para minimizar prejuízos, existem ferramentas no mercado capazes de contribuir para a análise de dados. De modo transparente e direto, elas mostram informações qualificadas, confiáveis e relevantes em tempo real, por meio de relatórios gerenciais, gráficos e outros recursos.

Além de acrescentar rapidez aos processos, esses instrumentos promovem o compartilhamento de referências com todos os envolvidos, deixando tudo mais seguro e organizado.

Por todos esses motivos, a análise de dados é de extrema importância para a tomada de decisões. Afinal de contas, sem informações completas e atualizadas, corre-se o risco de não optar pelas melhores alternativas para a sua indústria.

QUAIS AS VANTAGENS DA ANÁLISE DE DADOS?

Agora que você já sabe os motivos pelos quais é essencial que os setores da organização saibam mensurar, avaliar e tomar decisões a partir de informações seguras, veja também as principais vantagens da análise de dados.

MELHORA AS ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO

Ao contrário de planejamentos fundamentados em achismos e intuições, a análise de dados promove maior segurança estratégica.

Uma solução específica para essa análise permite que os gestores tomem decisões mais acertadas, otimizando as campanhas e aumentando as vendas — o que provoca, naturalmente, um crescimento consistente da indústria a longo prazo.

AUXILIA NA REDUÇÃO DE CUSTOS

Os gestores que trabalham às cegas, ou seja, no escuro, sem saber direito o que fazer ou qual rumo seguir, com certeza estão fadados ao fracasso. Pois é: aqueles que não analisam seus dados trilham exatamente esse caminho.

Por outro lado, a partir do momento em que a gestão acompanha os números gerados pelas equipes em tempo real, ela consegue identificar os pontos de melhoria. Além disso, previne diversos tipos de falhas e perdas.

Custos altos provocados por erros que podem ser evitados colocam o trabalho de todos em cheque. Sem contar que isso significa que alguma coisa não está indo bem naquele setor ou departamento.

AUMENTA O ENGAJAMENTO DAS EQUIPES

Ter um diagnóstico empresarial, especificamente da performance das equipes por meio da análise de dados, permite que a empresa estabeleça melhor seus objetivos e foque em metas.

Ao trabalhar com métricas, a indústria ganha pragmatismo com essas metas estipuladas tanto individualmente quanto em grupo. De quebra, mantém-se o foco aliado a um alto engajamento dos times e à maior probabilidade de chegar aos resultados esperados.

FAVORECE A COMPETITIVIDADE NO MERCADO

Já vimos que existem inúmeras vantagens ao empregar a análise de dados no setor da indústria de maneira geral. Porém, uma das principais é a contribuição para entender melhor e fazer um mapeamento de mercado.

Afinal, se um gestor não compreende a fundo o segmento em que atua, aumenta o risco de falhas. Consciente de tendências e funcionamentos, por outro lado, ele obtém algumas vantagens competitivas e sempre se coloca um passo à frente.

Com isso, a empresa ganha capacidade de inovar e oferecer ao público soluções em produtos ou serviços que atendam às suas necessidades. Vale destacar que essa também é uma das estratégias mais efetivas para atrair consumidores em potencial para um negócio.

COMO UM SOFTWARE DE GESTÃO PODE SER ESSENCIAL NESSE PROCESSO?

Um bom ERP consegue abrir um novo mundo de possibilidades diante dos olhos de um gestor. A explicação? Ele passa a acompanhar melhor os dados em tempo real, produzindo ideias de maneira bem mais intuitiva.

Para tanto, é fundamental ter o apoio de um sistema de gestão robusto e útil para informatizar todos os dados do negócio, automatizar os processos, integrar os setores e favorecer a mobilidade.

Como estamos falando de análise de dados, embora uma solução em tecnologia proporcione mais dinamismo à gestão, não se pode esquecer de contar também com a segurança e proteção de todas as informações da empresa.

E então, gostou de saber mais a respeito da importância e dos benefícios da análise de dados? Aproveite a visita ao blog e conheça também os principais erros de gestão da indústria e o que fazer para evitá-los!

Leite: rentabilidade pode cair 30% com mudanças do ICMS em São Paulo

Leite: rentabilidade pode cair 30% com mudanças do ICMS em São Paulo

A Federação da Agricultura e Pecuária do estado de São Paulo deve encaminhar nos próximos dias ao governador João Doria um estudo mostrando o impacto da volta da cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vários itens ligados ao agro a partir do dia 1º de janeiro. Na pecuária leiteira, por exemplo, a rentabilidade pode cair até 30%.

A Fazenda Botelho, em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo, produz leite há mais de 50 anos e o produtor rural Lourival Botelho já está acostumado a conviver com margens pequenas de lucro, muitas vezes até negativas. Com o fim da isenção de Icms sobre praticamente todos os produtos e insumos agropecuários no estado, vai ficar ainda mais difícil continuar na atividade.

“Hoje, o nosso custo de produção já está R$ 1,90. Vão aumentar os insumos, vai aumentar o óleo diesel e um monte de despesa. Já está difícil a situação, né? Tem laticínio aqui na região nossa pagando R$ 1,90 e o custo do leite também R$ 1,90. Como é que pode?”, questionou.

Todos os produtos hortifrutigranjeiros, fertilizantes, defensivos, sementes, milho, farelo de soja e produtos veterinários até então isentos passam a pagar 4,14% de imposto. O óleo diesel e o etanol passou de 12% para 13,3% alíquota. Já as embalagens de ovos sobem de 7% para 9,4%.

Além disso, o produtor rural que consumir mais de mil kilowatts por hora/mês vai ter que pagar o Icms sobre o valor da conta de energia elétrica. Diante disso, o deputado Frederico D’ávila conseguiu adiar a votação por três semanas na Assembleia, até o governo usar uma estratégia para convencer os deputados.

“O governo começou a oferecer dinheiro através de emendas para parlamentares. Essas coisas que vocês conhecem”, disse o parlamentar.

Segundo estudo feito pela Federação da Agricultura do Estado (Faesp), um dos setores mais afetados pela iniciativa é o do leite. “Os preços flutuam muito e em alguns momentos o produtor está pagando para trabalhar. Então, no caso do leite, a gente acha que esse aumento de 3% a 4% dentro da porteira pode diminuir a margem do produtor em cerca em 30%”, disse o chefe do departamento econômico da entidade, Claudio Brisolara.

A Faesp pretende encaminhar ao governador João Doria, ainda na próxima semana ,o estudo do impacto para os diversos setores do agro e tentar sensibilizar o governo paulista. “O governo alega que está passando por dificuldades e precisa de equilíbrio fiscal, mas optou pelo pior caminho ao nosso ver, que é de aumentar tributação. A entrega desse documento é uma estratégia da nossa diretoria, mas isso vai ser levado principalmente à Secretaria da Fazenda e ao governador para que ele saiba das reivindicações do setor e o impacto que isso vai trazer a produção rural paulista”, falou Brisolara.

O produtor espera que a cobrança seja revista para que o pequeno lucro de hoje não se reverta em prejuízo a partir de janeiro. “A gente não fala nem em lucro mais, a gente fala em centavos. Hoje a gente está conseguindo vender a R$ 2.30 o litro de leite. Então, estamos ganhando 30 centavos, então é bom demais, pelo menos não estamos tomando prejuízo. Normalmente está dando 10% ou 5% , isso não é margem né. E se vier esse imposto então? Se vier esse imposto então, estamos enrolados, mais uma vez”, disse o produtor Lourival Botelho.

 

Fonte: Canal Rural