por Magistech | maio 8, 2020 | Uncategorized
Os indicadores de qualidade são ferramentas-chave para o sucesso da gestão de qualquer negócio.
Eles são responsáveis por avaliar o desempenho da empresa e ajudam a obter informações que auxiliam na tomada de decisão estratégica.
Também chamados de Key Performance Indicators (KPI), com os indicadores é possível prevenir problemas, resolver crises e aperfeiçoar todos os processos que estão abaixo do esperado.
Além disso, os indicadores de qualidade melhoram a qualidade dos serviços e produtos oferecidos para o seu cliente.
Existem diversos tipos de indicadores de desempenho que a sua empresa pode adotar. Então, vale ressaltar que você não precisa escolher apenas um.
A sua marca pode trabalhar com diversos indicadores ao mesmo tempo, tudo isso para garantir o crescimento da sua organização.
Vamos aprender quais são os principais tipos de indicadores de desempenho e também qual é a sua relação com o ERP?
1. Indicador de eficiência
O indicador de eficiência é responsável por avaliar quantos recursos são necessários para realizar as atividades diárias dos funcionários.
Ele avalia os desperdícios que estão acontecendo e como garantir mais produtividade.
Ao adquirir um sistema completo de ERP, a sua empresa pode mensurar o indicador de eficiência avaliando:
- calendário de entregas;
- compra de matéria-prima;
- custos de produção;
- prazo de entrega;
- tempo necessário para o planejamento do material;
- valor de venda.
2. Indicador de efetividade
Você também precisa saber se os seus produtos e serviços estão funcionando e atendendo às necessidades dos seus clientes.
Por isso, o indicador de efetividade é importante para conferir a influência que você oferece na vida dos seus consumidores.
Para que o indicador de efetividade funcione da melhor maneira, o sistema ERP envia pesquisa de satisfação aos clientes para conferir o que eles pensam da sua marca, atendimento, qualidade de produto, serviços e muito mais.
3. Indicadores de qualidade de satisfação
Como citamos nos indicadores de qualidade de efetividade, além de avaliar a eficácia dos seus produtos e serviços, as pesquisas de satisfação são ótimas aliadas para conferir se os seus clientes são leais ao seu negócio.
O índice de satisfação é um dos indicadores de qualidade indicados para o sucesso do seu negócio.
Além de aplicar com o público externo, saiba que você pode inserir na rotina da comunicação interna, avaliando se os seus funcionários estão (ou não) satisfeitos com o clima organizacional da sua empresa.
4. Indicador de segurança
Um dos indicadores de qualidade mais importantes para a sua empresa são os de segurança. Ele permite avaliar quais são os principais danos à saúde ou à integridade física do seu cliente.
Esse serviço é essencial para indústria de alimentos, de equipamentos e demais outras indústrias em que os indicadores de segurança e as normas são essenciais para a segurança dos colaboradores e dos clientes.
Essa métrica deve ser calculada avaliando as medidas de segurança e conferindo se o seu produto está de acordo com as normas nacionais e internacionais.
Dessa maneira, o setor de qualidade da sua organização promove testes com os produtos, alimenta o sistema ERP e só deve enviar para o próximo passo se tudo estiver de acordo com as normas legais, isso garante mais segurança tanto para o seu consumidor quanto para a sua empresa, além de evitar processos e estresses desnecessários.
5. Indicador de reclamação dos clientes
Um dos indicadores de qualidade que você jamais pode ignorar é o de reclamação dos clientes.
Isso porque, se os seus consumidores estão falando mal do atendimento ou até mesmo do produto, você precisa corrigir isso imediatamente.
Além disso, reclamações são sinônimos de que algo não vai bem na sua empresa.
Conhecer o comportamento do consumidor e ter um especialista em customer experience é uma ótima alternativa para diminuir as reclamações.
Para avaliar o indicador, sempre faça a integração das reclamações dos seus clientes (seja por telefone, presencialmente, site ou mídias sociais) com o sistema ERP para manter um histórico e conferir a quantidade de reclamações.
6. Indicador de turnover
Além de ter total atenção com indicadores de qualidade que influenciam diretamente no seu cliente, você precisa investir em métricas internas, como é o caso das pesquisas de satisfação (que abordamos no item 3) e o indicador de turnover.
O turnover avalia a taxa de rotatividade dos seus funcionários.
Para isso, o sistema ERP faz um cálculo da porcentagem de substituição de funcionários antigos por novos. Além disso, ele avalia a capacidade da empresa em manter os seus colaboradores.
Tenha a certeza de que um alto percentual de turnover prejudica muito as atividades da sua empresa.
Afinal, é preciso investir tempo (e dinheiro) na rescisão do funcionário antigo e na contratação (e treinamento) do novo colaborador. Por isso, atente-se com esse indicador para tornar a sua organização um ótimo local para se trabalhar e evitar a rotatividade.
por Magistech | maio 7, 2020 | Uncategorized
Desde a sua constituição, o Conseleite divulga o valor de referência projetado para o leite que está sendo entregue no mês corrente, atendendo a uma antiga reivindicação dos produtores rurais para que as indústrias lhes dessem uma sinalização de preços futuros, para melhor administrar seus processos produtivos. Este fato foi muito importante na busca de uma relação “ganha-ganha” entre produtores de leite e indústrias de laticínios e, indispensável para a realização de investimentos duradouros no setor lácteo, a fim de garantir seu crescimento sustentável.
No Conseleite, o valor de referência projetado é calculado com base na efetiva comercialização dos derivados, durante as duas primeiras semanas do mês em curso. Isto sempre implica que o valor de referência final será maior que o valor de referência projetado, quando o mercado de derivados está em alta e, o inverso, quando o mercado está em baixa. No atual momento, o mercado lácteo está em baixa e certamente, na livre negociação da matéria-prima leite, os produtores rurais recebam oferta de preços mais baixos para a sua produção, em relação ao pagamento anterior. O inverso, vale lembrar, já ocorreu em períodos anteriores.
Neste sentido, o Conseleite alerta para as rápidas e inesperadas mudanças nos mercados dos derivados lácteos nesses tempos de pandemia do Covid-19. As incertezas sobre os rumos futuros desses mercados são muito grandes, e os principais derivados lácteos produzidos e comercializados pelas empresas participantes tem apresentado comportamentos diferentes, levando a diferentes capacidades de pagamento para com a matéria-prima leite aos produtores rurais. Neste momento, o subsetor mais prejudicado tem sido o de queijos, especialmente o muçarela em peças que normalmente são direcionadas para restaurantes, pizzarias, lanchonetes, entre outros, e que estão quase totalmente paralisados, e gradativamente os outros produtos do mix começam a sentir retração.
Assim, os resultados da projeção para o leite entregue no mês de abril, podem não se refletir nos preços efetivamente pagos aos produtores uma vez que, após um período de alta nos preços dos derivados no final de março e início de abril, motivada pelo aumento da demanda pelos consumidores temendo o desabastecimento, o mesmo se reverteu nas últimas semanas com indicação de baixa para diversos produtos importantes como o leite UHT, queijos, leite SPOT, entre outros.
A queda na demanda por lácteos também tem ampliado os estoques nas indústrias, que hoje tem como grandes desafios o financiamento destes estoques e a garantia na captação do leite “in-natura” produzido no país. Por enquanto não se observou descarte de leite no Brasil, ao contrário de outros países, mas as reduções nas vendas e nos preços exige cautela por parte de toda a cadeia produtiva.
Fonte: MilkPoint
por Magistech | maio 6, 2020 | Uncategorized
O tema “confusão patrimonial” entrou em pauta novamente por ser interessante tanto para quem precisa de um planejamento tributário mais assertivo, como para quem está se preparando para a entrega do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR).
Em 20 de setembro de 2019, entrou em vigor a Lei nº 13.874, que traz mais clareza sobre o que é considerado confusão patrimonial e quais as principais consequências para as empresas que se enquadram nesta lei.
O que é “confusão patrimonial”? Quais as consequências? Tire suas dúvidas sobre o assunto!
1. O que é confusão patrimonial?
Em linhas gerais, a confusão patrimonial acontece quando há uma mistura entre os caixas da empresa com o caixa particular dos sócios, ou seja, é a movimentação inadequada e sem explicação entre as contas bancárias do sócio e a conta da pessoa jurídica.
O exemplo mais comum é quando o sócio paga com recursos próprios despesas da pessoa jurídica.
2. Ocorre confusão patrimonial em empresas rurais familiares?
Sim! Empresas rurais familiares que não adotam processos de governança familiar adequados e com ausência de um processo de sucessão familiar definido, estão sujeitas a ocorrência da confusão patrimonial, sobretudo em função da não existência de uma separação entre o que é família, o que é o negócio e o que é patrimônio.
3. Quais os riscos da confusão patrimonial?
Além dos riscos de uma eventual descaracterização de um planejamento sucessório e tributário, a confusão patrimonial também poderá gerar o que chamamos de “Desconsideração da Personalidade Jurídica”, que acontece quando fica comprovada a ausência de autonomia patrimonial da empresa e seus sócios.
4. O que devo fazer para evitar a confusão patrimonial?
Adotar uma conduta de independência é a forma mais simples de evitar a confusão patrimonial.
Ou seja, separar totalmente o que é da empresa e o que é dos sócios. Portanto devemos sempre lembrar que Pessoa Jurídica e Pessoas Físicas são entes totalmente separados.
Existem outras ações que podem ser levadas em conta para evitar a confusão patrimonial, como:
- Cartão corporativo;
- Registro e controle de tudo que entra ou sai;
- Registro do valor que será remunerado à atividade exercida pelos sócios;
- Parte fiscal e tributária em dia, sem pagar impostos que não sejam relacionados ao negócio.
A separação de bens do sócio e da empresa exerce uma enorme influência no potencial de sucesso da organização, seja ela grande ou pequena, familiar ou societária. Evite ao máximo a confusão patrimonial e mantenha-se em dia com a legislação vigente!
por Magistech | maio 5, 2020 | Uncategorized
Já faz algum tempo que o Brasil passou a discutir a implantação da nota fiscal eletrônica (NF-e) e integrá-la em grande parte das empresas. Sua implementação pode até parecer complicada no começo, mas depois você verá como ela facilita os processos e torna as operações mais transparentes e organizadas.
Você já sabe como emitir nota fiscal eletrônica em seu negócio? Neste artigo, elaboramos um guia para que você entenda como ela funciona e saiba quais são os passos que devem ser seguidos para que a sua empresa comece a usar a tecnologia em sua gestão financeira de forma eficaz. Confira!
1. Comece entendendo o que é a nota fiscal eletrônica
A NF-e veio para substituir a nota fiscal em papel, de forma digital e com emissão pela internet. Sua criação é parte da estruturação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e tem como objetivo facilitar a fiscalização, reduzir o uso de papel, diminuir os custos, aumentar a transparência nas relações comerciais, ajudar no gerenciamento logístico de entregas, entre outros.
2. Obtenha um certificado digital
Agora que já sabe o que é, vamos entender os próximos passos sobre como emitir nota fiscal eletrônica. Para começar, você deve obter um certificado digital. Para isso, você pode procurar o site de um cartório ou uma empresa especializada nesse tipo de serviço. Uma alternativa, caso prefira, é ir até uma agência de Correios na sua cidade para solicitar a sua.
3. Garanta um computador e acesso à internet
Você precisará de um computador ou notebook com acesso à internet para emitir a NF-e. Também é possível fazer isso por meio de um dispositivo móvel, como um smartphone ou tablete para isso, dependendo do software que for usado para a emissão da nota fiscal eletrônica.
4. Entenda qual o tipo de nota fiscal eletrônica deverá ser usado
O Sped já conta com três tipos de notas fiscais eletrônicas em vigor. Por isso, é importante que você saiba qual a mais adequada para o seu negócio. A nota fiscal de produto (NF-e) deve ser escolhida no caso de venda de produtos, tanto em e-commerces como em lojas físicas.
Já a nota fiscal de serviço (NFS-e) serve para os negócios voltados à prestação de serviços. Por fim, você deverá usar a nota fiscal de consumidor (NFC-e) para substituir o cupom fiscal, reduzindo a utilização de papéis em toda a operação.
5. Faça o credenciamento do seu CNPJ
A Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) onde está localizada a sua empresa precisa fazer o credenciamento do seu CNPJ para que você consiga começar a utilizar o sistema. Cada região tem suas próprias regras. Por isso, você pode pedir ajuda ao seu contador para verificar as exigências legais no seu caso.
Não se esqueça de verificar qual o seu regime de tributação e prestar atenção aos impostos para que não haja erros e problemas futuros com o Fisco.
6. Saiba quais informações serão necessárias para o preenchimento da NF-e
- Para preencher o sistema de emissão de nota fiscal eletrônica, você deverá ter em mãos:
- Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) de entrada e saída de produtos;
- Especificação e quantidades do serviço prestado ou do produto vendido;
- Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para identificar as mercadorias;
- Código Especificador de Substituição Tributária (CEST);
- Código de Situação Tributária (CST).
7. Conte com um sistema de gestão
Para otimizar todo o gerenciamento financeiro da sua empresa e facilitar a emissão de nota fiscal eletrônica, é importante que você conte com um software de gestão que inclua esse serviço. Dessa forma, ficará mais eficiente o trabalho de controle de contas a pagar e receber, o cálculo para pagamento de tributos, o gerenciamento do estoque e o preenchimento de toda a documentação fiscal.
Agora que você já sabe como emitir nota fiscal eletrônica, já deve ter percebido os benefícios que ela trará ao seu negócio. Além disso, logo ela será obrigatória para todas as empresas, portanto é essencial que você comece a usá-la o quanto antes.
Entre em contato conosco e conheça as nossas soluções que vão ajudar você a fazer o melhor uso da ferramenta para a gestão financeira, tornando o processo mais ágil e evitando erros.
por Magistech | maio 4, 2020 | Uncategorized
Manter os dados seguros é o que as empresas mais almejam, uma vez que o vazamento de informações pode trazer para a organização grandes consequências.
A segurança dos dados é um dos aspectos mais importantes para o crescimento organizacional. Contudo, para que isso seja possível, é necessário que a empresa possa contar com um excelente sistema de gestão, tal qual o ERP, que irá ajudar nas atividades operacionais e permitir total segurança das informações.
ERP, no inglês, é a abreviatura de Enterprise Resource Planning, em português, significa Planejamento dos recursos da Empresa. Trata-se de uma ferramenta de gerenciamento de operações empresarial que tem como objetivo o gerenciamento de todas as informações, bem como integrar e controlar dados gerados pelos diferentes setores da organização.
O sistema de gestão ERP conta com funções que facilitam todo o fluxo de trabalho e armazena todos os dados e informações em um único local, permitindo que todos tenham total acesso sem a necessidade de se ausentar de seus departamentos. Ou seja, a comunicação entre as áreas acontece em tempo real.
Benefícios do ERP na gestão de segurança de dados empresarial
O ERP tem como objetivo promover a integração de todos os dados relacionados aos diferentes setores da empresa em um único sistema, além disso, automatiza todos os processos de gestão, garantindo diversos benefícios para a empresa.
Dentre seus muitos benefícios, o software dispõe de soluções que facilitam as atividades contábeis e tributárias, que são de suma importância para o crescimento da organização. Confira abaixo algumas de suas principais vantagens.
Redução de desperdícios
Com o sistema de gestão ERP muitas demandas são totalmente automatizadas, tornando o fluxo de informação mais ágil e seguro. Além disso, o sistema auxilia na redução de custos desnecessários para a empresa.
Melhora na tomada de decisão
O ERP, com sua eficiência, torna os dados padronizados, facilitando para o gestor uma tomada de decisão mais assertiva. Isso é possível devido à facilidade que o sistema proporciona para visualizar, em tempo real, informações que, no método tradicional, só eram transmitidas pessoalmente e, muitas vezes, se desencontravam ou entravam em conflito. Ou seja, as linguagens eram diferentes, acarretando sérios problemas para a empresa, o que não acontece com o sistema de gestão ERP.
Agilidade nos processos
Com o controle e o registro de todas ações, o gestor consegue monitorar de forma simples e segura todos os processos de sua organização, e, assim, analisar os procedimentos realizados e visualizar possíveis falhas que precisam ser corrigidas, permitindo melhorar a gestão para que fique mais eficiente e ágil, proporcionando melhores resultados para a empresa como um todo.
Diminuição do retrabalho
O sistema ERP conta com funcionalidades que ajudam na redução do retrabalho, como, por exemplo, uma atividade que precisaria ser refeita por outros setores da empresa. Já com o ERP, informações passadas a ele, relacionadas a algum pedido, imediatamente, de forma automática, chegam ao administrativo, que, por sua vez, irá providenciar a emissão de notas fiscais ou boletos. Isso sem contar que os responsáveis pela expedição são informados ao mesmo tempo.
Integração
Com a integração de informações por meio do ERP, o gestor consegue ter maior visão sobre o desenvolvimento de cada departamento, como, por exemplo, ter acesso aos dados relacionados ao pagamento feito aos fornecedores. Além disso, os sistema facilita o monitoramento de previsão de vendas.
Por sua vez, essa previsão ajuda o gestor no momento de realizar as análises mais importantes para a sua organização, o que permite a ele uma tomada de decisão mais eficiente, garantindo um melhor crescimento e aumento dos lucros.
A Magistech é uma empresa especializada em sistema de gestão ERP e conta com diferentes soluções tecnológicas, como o ERP Agronegócio, voltado a indústrias do segmento lácteo. A instituição tem como prioridade atender a todos os seus clientes com a atenção que eles merecem.
por Magistech | abr 30, 2020 | Uncategorized
O leite é uma atividade diária e extremamente dinâmica. Com isso, está sujeita a sofrer impactos grandes e repentinos, como a pandemia de coronavírus. Para trazer um pouco de luz ao futuro deste mercado, Valter Galan, do MilkPoint Mercado, fala sobre o que esperar para o segundo semestre.
Mercado pré-coronavírus
Como não se via desde 2016, a situação era promissora para o mercado lácteo.
O fim de 2019 e o início de 2020 foram marcados por uma desaceleração na produção de leite em todo o país, devido a fatores como seca em Goiás e Minas Gerais no ano passado, seca no Sul (que se mantém) e alta nos preços de milho e soja.
Por outro lado, a demanda por produtos lácteos estava em alta: leite UHT e iogurtes fecharam o ano com recuperação, requeijão e leites em pó se mantiveram estáveis. Logo, com produção baixa e demanda alta, a disponibilidade de leite era baixa, refletindo melhores preços e um mercado firme.
Situação atual
Então veio a pandemia do coronavírus. Os serviços de food service foram praticamente reduzidos a zero. O mercado de queijos (que destina cerca de 50% da sua oferta a esse canal), sofreu grande impacto.
Grande parte do leite excedente foi absorvido pelo varejo e outros canais, e parte foi direcionado para o mercado spot (comercialização entre indústrias). O comportamento de estocagem dos consumidores fez com que houvesse aumento nos preços da indústria para o varejo.
A permissão de comercialização de leite entre grandes, médias e pequenas indústrias pelo governo aliviou os pequenos laticínios (principalmente produtores de queijo), que não tinham mais como armazenar seus produtos. Na verdade, a comercialização de leite entre empresas já existia. O que foi permitido foi a comercialização por parte de empresas somente com inspeção municipal e estadual para as empresas com inspeção federal. Contudo, esse fator somado à desaceleração da demanda por parte dos consumidores, vem gerando dificuldades de escoamento da produção. Os preços do mercado spot, que antes haviam subido, caíram fortemente. O mercado de muçarela segue também em queda e os leites em pó se sustentam.
Na produção, deve-se observar daqui para frente uma diminuição na rentabilidade dos produtores e os custos de produção permanecem elevados. Este cenário leva à diminuição nos volumes de produção (mudanças na dieta, secagem e, até, descarte de animais).
Diante disso, o que nos espera?
Como mencionado anteriormente, os preços do milho e da soja já vinham em alta e a tendência é de permanecerem (apesar de leves quedas recentes). Logo, pelo restante do ano, os custos de produção devem se manter altos e a produção diminuída.
Devido à situação do mercado internacional e do valor das taxas de câmbio, as importações não são atrativas, com estimativa de queda de 42% no primeiro semestre de 2020, frente ao ano anterior. As exportações, por sua vez, são uma possibilidade.
Esses dois fatores (menor produção e menor importação) levarão a uma disponibilidade de leite per capita diminuída (cerca de menos 5% em relação a 2019). Ocorre que, neste trimestre, a queda de dois dígitos no PIB deve reduzir mais do que isso a demanda, o que acarreta em redução dos preços para a indústria e para o produtor. Por quanto mais tempo se estender a quarentena, maior será o impacto no PIB do país e na renda da população, o que impacta diretamente o consumo de lácteos (estima-se que, com uma queda de 5% no PIB, tenha-se uma queda de 3,3% no consumo de produtos lácteos).
Previsões para o segundo semestre
A tendência é que o consumo, em algum momento se recupere, mas a disponibilidade de leite reagirá mais lentamente, devido a problemas na rentabilidade dos produtores no primeiro semestre. Esse aumento de demanda provavelmente levará a um aumento no preço do leite mais no fim do ano.
Caso essa tendência se consolide, teremos uma “curva invertida de preços”, com valores baixos no meio do ano e mais altos no fim, devido à baixa disponibilidade de leite. Contudo, se a situação de pandemia demorar muito a se resolver, é provável que a curva se estenda até 2021.
É importante levar em consideração que diversos outros fatores (como medidas governamentais, impactos no PIB, mercado externo, câmbio etc.) não podem ser precisamente previstos e podem causar impactos importantes, modificando as curvas propostas. A situação esperada para o fim de 2019 e início de 2020 é semelhante à ocorrida em 2015/2016, quando houve queda na renda da população, contudo a disponibilidade de leite per capita caiu ainda mais, levando à alta nos preços.
Fonte: MilkPoint