Boletim CILeite: mercado de leite e derivados para janeiro de 2023

Boletim CILeite: mercado de leite e derivados para janeiro de 2023

O preço do leite ao produtor diminuiu 6,2% no pagamento realizado em dezembro, refletindo aumento da produção e a importação de lácteos. O preço médio nacional pago ao produtor foi de R$ 2,53 por litro, mas ainda acumula aumento de 19,2% nos últimos 12 meses.

A relação de troca leite/mistura piorou para o pecuarista pelo quarto mês consecutivo, mas ainda se encontra mais favorável que em dezembro dos últimos dois anos. Foram necessários 45,2 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 49,6 litros observados em dezembro/21.

No varejo, o preço da cesta de lácteos apresentou decréscimo de 1,7% em dezembro, influenciado pela queda do leite UHT de 3,8%. Em 12 meses, no entanto, aumentou 22,1%, ficando acima da inflação oficial brasileira, o IPCA, que acumulou 5,8% em 12 meses.

Boletim CILeite mercado de leite e derivados para janeiro de 2023

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As importações brasileiras de leite sofreram leve recuo e alcançaram o equivalente a 148 milhões de litros em dezembro/22, queda de 0,4% sobre novembro/22. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o volume foi significativamente superior.

As exportações apresentaram acréscimo de 18,8% na comparação com novembro/22 e queda de 25,9% em relação a dezembro do ano passado. O volume embarcado no último mês foi de apenas 7,2 milhões de litros-equivalentes.

A balança comercial registrou déficit acumulado em 2022 de US$ 603 milhões, com volume equivalente de 1.169 milhões de litros de leite.
O preço internacional do leite em pó integral sofreu pequena queda em dezembro, cotado a US$ 3.323/ tonelada. O preço do leite em pó desnatado apresentou ligeiro aumento e fechou o mês de dezembro em US$ 3.034/ tonelada.

 

Fonte: Centro de Inteligência do Leite

 

CILeite – Análise do mercado de leite e derivados para dezembro de 2022

CILeite – Análise do mercado de leite e derivados para dezembro de 2022

O ano de 2022 foi marcado por acontecimentos que impactaram a cadeia do leite do Brasil. O ano teve início com redução dos efeitos da pandemia: taxas de vacinação crescentes, redução de casos e mortes por Covid-19 e retomada da economia. Mas, logo em março, o início da guerra entre Rússia e Ucrânia abalou as economias do mundo todo. Por serem grandes fornecedores globais de insumos (grãos, fertilizantes e petróleo), a guerra provocou uma crise energética mundial trazendo, dentre outras consequências, uma inflação de custos de um modo geral. No Brasil, um aumento considerável dos custos de produção de leite, associado ao período de entressafra resultaram numa inflação de lácteos que retraiu o seu consumo. No segundo semestre, o cenário político gerou volatilidade cambial e aumentou o nível de incertezas. E a possibilidade de uma recessão mundial aumentou a insegurança nos mercados.

Com tudo isso, o cenário para o setor lácteo neste final do ano ainda se apresenta complicado. Os preços no atacado têm registrado quedas significativas. O litro do leite UHT foi cotado a R$ 3,82 em 12 de dezembro (queda de 40,5% desde final de julho/22) e o quilo do queijo muçarela chegou a R$ 28,27 (queda de 34,8% desde final de julho/22). Já o leite spot em Minas Gerais está cotado em R$ 2,34, um recuo de 43% ante julho. Com tudo isso, o preço do leite ao produtor, que durante grande parte do ano permaneceu acima dos patamares históricos (R$ 2,12), chegando ao pico de R$ 3,53, agora está próximo do valor pago em novembro de 2020 (R$ 2,70).

As importações de lácteos nos 11 meses de 2022 foram 21,5% maiores em comparação a 2021. Já as exportações do setor apresentaram queda de 11,4% no mesmo período.A notícia mais positiva refere-se a uma desaceleração do custo de produção, medido pelo ICPLeite da Embrapa, que apresentou queda de 1,7% em novembro, influenciado principalmente pelo recuo de 4,5% no custo do concentrado. Essa foi a terceira queda consecutiva no ICPLeite.

As estimativas do quarto trimestre do ano indicam que a produção de leite parece ter se recuperado, mantendo-se semelhante à oferta de leite do mesmo período em 2021. Após 4 anos de altas consecutivas na produção leiteira, o setor apresenta 2 anos de quedas significativas. Para 2022, estima-se recuo de 4,4% na produção formal, atingindo uma oferta de 23,9 bilhões de litros.
A estimativa da Embrapa é que o consumo aparente de leite no Brasil tenha caído para 163 litros/habitante, retomando a quantidade consumida em 2010, impactado por um nível menor na renda da população, além de perda de poder de compra devido a taxas mais a altas na inflação nos primeiros meses de 2022.

 

Magis-Coleta

 

Apesar disso, quedas nos índices da inflação e do desemprego ao longo do segundo semestre, foram fatores favoráveis ao cenário de vendas de lácteos. De acordo com a Scanntech, em termos de vendas de alimentos, o mês de novembro foi o segundo melhor mês do ano, perdendo apenas para o mês de abril que foi impulsionado pela Páscoa. Na comparação com o ano passado, o valor de vendas de alimentos está 11% maior. Esse resultado pode ter sido impulsionado também pela ampliação do Auxílio Brasil e Copa do Mundo.

O mês de dezembro é, historicamente, um período de incremento nas vendas de alimentos por conta das festas de fim de ano. Esse ano, o pagamento do 13º. salário deve injetar na economia cerca de R$ 251,6 bilhões de reais, o que equivale a 6% a mais do valor de 2021, já descontada a inflação. De acordo com a CNC, há a expectativa de que os brasileiros priorizem o pagamento de dívidas. Mas, os supermercados devem ser os maiores impactados, recebendo cerca de R$ 15,55 bilhões. Nos produtos lácteos que estão incluídos nas cestas de produtos que apresentam grande incremento de vendas com o Natal, tem-se o leite condensado e o creme de leite. Para este ano, estima-se crescimento de 32% nas vendas de leite condensado e 31% para creme de leite em relação à média de venda do ano.

Em termos de tendências de mercado para o próximo ano, o setor deve se atentar para 3 macrotendências: saudabilidade, sustentabilidade e influenciabilidade. Nas duas primeiras, os produtos lácteos estão em desvantagem visto que está havendo uma migração de hábitos de consumo da fauna para a flora, em busca de maiores benefícios para a saúde e menores impactos para o meio ambiente. Já a macrotendência influenciabilidade refere-se ao impacto que os influencers e as redes sociais estão tendo na criação de novos hábitos de consumo. Isso indica que o setor deve estar mais atento e investir mais neste tipo de mídia.

 

CILeite - Análise do mercado de leite e derivados para dezembro de 2022

Boletim CILeite – Mercado do Leite e Derivados Novembro / 2022

Boletim CILeite – Mercado do Leite e Derivados Novembro / 2022

Lácteos voltam a registrar queda de preços no atacado

Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista voltaram a recuar ao longo de novembro, especialmente na segunda quinzena. As vendas seguem fracas no varejo e as negociações varejo-indústria continuam difíceis com os varejistas buscando recomposição de margens. Essa desaceleração no atacado acabou afetando também o mercado Spot e os preços ao produtor. Pelo lado da oferta, o volume de leite segue crescendo via produção nacional e importações. No lado macroeconômico. os números de emprego, renda e inflação continuam melhorando, mas ainda na refletiu em mudanças mais significativas na demanda final.

 

Boletim CILeite - Mercado do Leite e Derivados Novembro 2022

 

Conseleites indicam novo recuo nas cotações

O preço do leite ao produtor registrou nova queda em novembro, sendo a terceira queda consecutiva, iniciada em setembro. Para o pagamento de dezembro, todos os Conseleites indicaram novamente movimentos de baixa, em linha com o ocorrido no mercado atacadista. As quedas variaram entre 2,7% no Paraná e 3,8% em Santa Catarina.

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Milho sobe e soja têm pequena queda. Boi segue em queda

O último mês verificou-se pequena elevação no preço do milho. O preço do farelo de soja caiu na primeira quinzena de novembro. Mas, em função da desvalorização cambial, aumentou na segunda quinzena, resultando em pequeno recuo considerando o mês como um todo. Além disso, a aceleração nos embarques de milho tem ajudado a manter mais firme as cotações. Em relação ao clima, apesar de problemas localizados, a situação para a safra de verão 2022/23 está melhor do que nas últimas duas safras. No mercado de carnes, a arroba do boi e o bezerro segue com preços em queda, devido a fraca demanda interna.

 

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Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Metas para 2023: como fazer um bom planejamento estratégico

Metas para 2023: como fazer um bom planejamento estratégico

Com o final do ano chegando, é fundamental a estruturação do planejamento estratégico para 2023. As empresas precisam se preparar para o novo ano antecipadamente, definindo os próximos objetivos com base na avaliação do desempenho organizacional em 2022. Assim, é mais fácil para os gestores seguirem um fluxo coerente com a realidade dos negócios.

Saber quais resultados fizeram parte do crescimento da empresa neste ano, os gargalos que exigiram mudanças e correções ao longo dos processos e estudar o mercado e os concorrentes são pontos chave para um novo planejamento estratégico que seja eficiente e preciso.

Neste artigo, explicamos o conceito de planejamento estratégico e sua importância, quais são os principais tipos, dicas para criar o da sua empresa com excelência e como o ERP auxilia em cada etapa do planejamento. Confira!

O que é e qual é a importância do planejamento estratégico?

Para que uma empresa atinja o sucesso, são necessários pelo menos três passos. O primeiro é ter objetivos claros para a organização, o segundo é o planejamento estratégico e o terceiro é a execução. Quando uma empresa falha no cumprimento de um desses passos, as chances de o negócio falhar são grandes.

Os objetivos são como o norte da corporação e o planejamento estratégico, uma espécie de mapa, que mostra os possíveis caminhos para chegar até o destino com alto nível de produtividade e os processos ideais para isso.

É por meio do planejamento estratégico que o sucesso se torna factível, já que ele permite uma visualização de curto, médio e longo prazo. Assim, a empresa consegue direcionar, organizar e tornar os processos mais eficientes. A ferramenta orienta as empresas na tomada de decisões e na distribuição de recursos.

É aconselhável que toda e qualquer empresa, de qualquer porte e segmento de atuação, tenha um planejamento estratégico. É preciso envolver todas as equipes e os setores para que, juntos, independente do cargo, trabalhem com o mesmo foco e na mesma direção.

O que é preciso para realizar um planejamento estratégico?

Um planejamento estratégico bem executado vai além de todos os processos organizacionais. É preciso ter um olhar “do lado de fora”, que permita que gestores e líderes tenham foco e conhecimento da empresa por uma perspectiva externa.

Conhecer os colaboradores, saber de que forma eles se engajam, ver como o público enxerga o negócio e, principalmente, avaliar se a missão, a visão e os valores da organização estão alinhados com todo o planejamento.

É importante ter grandes objetivos com foco no crescimento dos negócios, mas, no momento da estruturação de um planejamento estratégico, é fundamental entender a atual realidade da empresa para a definição de um plano que seja coerente com ela e que ajude a mitigar os problemas que impedem o crescimento.

Na hora de realizar um planejamento estratégico, é preciso traçar um plano de como alcançar os objetivos por meio de projetos, recursos e ações específicas, além de também priorizar projetos que têm maiores impactos para a estratégia do negócio.

 

ERP

 

Vantagens de fazer um planejamento estratégico

É no momento do planejamento estratégico que a liderança executiva decide quais objetivos irão alcançar em um determinado espaço de tempo e desdobra junto com os demais líderes quais serão os recursos e os investimentos necessários.

Realizar um planejamento eficiente e específico para esse processo garante vantagens às organizações que a praticam, como:

Gestão organizada

Um bom planejamento estratégico auxilia os líderes a ter clareza quanto ao papel que deverá ser cumprido pela instituição no mercado.

Comunicação alinhada

A divulgação do planejamento estratégico possibilita que todos os participantes entendam qual é o direcionamento e quais são as ações a serem feitas para atingir metas e resultados.

Ações tomadas com agilidade

O guia condutor de tomada de decisão de ações de uma empresa é o planejamento estratégico. Com ele, é possível decidir com maior agilidade quais decisões farão mais sentido para o crescimento do negócio.

Desenvolvimento e crescimento contínuo

Após vários ciclos de planejamento, uma série de aprendizados é absorvida e serve para incentivar mudanças nos processos operacionais e melhorar os resultados do futuro.

Identificação de oportunidades duradouras

Os levantamentos encontrados na fase de planejamento ajudam a organização a identificar oportunidades que não seriam possíveis sem esses dados e informações.

Antecipação de cenários

Mesmo com todo o planejamento possível, o mercado oferece intempéries por vezes imprevisíveis. Com um plano bem feito, as empresas conseguem identificar as mudanças externas.

Longevidade empresarial

Realizar um bom planejamento estratégico também assegura a durabilidade de vida de uma empresa. Por meio de objetivos definidos e flexíveis, é possível se adaptar às mudanças econômicas e comportamentais do mercado, se mantendo firme, mesmo com as intempestividades.

Dicas para um bom planejamento estratégico

Um bom planejamento estratégico deve apontar como a empresa sobreviverá de forma lucrativa e sustentável para atingir o sucesso. Para fazer um plano que seja coerente e eficaz para os negócios, algumas dicas são importantes, como:

1. Faça um diagnóstico realista da situação da empresa

Um erro comum de pequenas e grandes empresas é elencar os pontos fortes e fracos da organização somente com base em “achismos”. Fazer um bom levantamento interno e externo para entender a saúde da empresa é fundamental.

Internamente, é possível usar a análise SWOT para identificar quais são as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de mercado. Os gestores podem reunir o time e levantar o máximo de informações, além de analisar os diferenciais e os pontos que precisam ser melhorados.

Com o ambiente externo, é necessário fazer o mesmo. Entender o nível de satisfação e lealdade do consumidor, aplicando a metodologia NPS (Net Promoter Score), e perceber o contexto em que a empresa está inserida é importante para executar ações adequadas, e assim, alcançar os objetivos.

2. Fortaleça a identidade organizacional

Se a empresa está no mercado e não possui uma identidade organizacional forte, é hora de pensar em estratégias para fortalecer o negócio, como criar ou rever a missão, a visão e os valores e trabalhar para que eles fiquem claros tanto para o público interno quanto para o externo.

identidade organizacional funciona como um importante guia para contratar pessoas, fechar contratos e lançar produtos e serviços no mercado. Se a organização está com essa parte bem estruturada, é preciso avaliar se tudo está sendo seguido da maneira correta. Caso não esteja, é necessário criar estratégias de alinhamento.

3. Defina metas realistas e estipule indicadores de sucesso

Uma vez que a identidade organizacional foi alinhada, é hora de criar metas e estratégias para atingir a visão proposta pela empresa, como desenvolver um objetivo geral e ‘quebrar’ em metas de vendas, marketing, recursos humanos e assim por diante. É fundamental que os gestores sejam realistas e validem a possibilidade real das metas serem atingidas.

Outro fator essencial é usar indicadores para acompanhar o desempenho. Dessa forma, se uma das metas é conquistar um faturamento pré-definido, por exemplo, o próprio faturamento mensal será um dos indicadores a ser acompanhado ao longo dos meses.

 

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4. Construa um plano de ação factível

No início deste artigo, citamos sobre a importância de planejar e executar os planejamentos estratégicos. É nesta etapa que se inicia o processo de execução para montar um plano de ação factível. O plano de ação é a ferramenta que viabiliza a conquista das metas e dos objetivos definidos, com base em um cronograma possível e na definição de responsáveis.

Como nem tudo pode ser prioridade, é fundamental elencar as ações para que elas aconteçam por ordem de importância. Com isso, o que for mais simples ou urgente deve ser realizado primeiro.

5. Faça o acompanhamento disciplinado

Após o diagnóstico realista da situação da empresa, a criação de estratégias para fortalecer a identidade organizacional, a definição de metas e indicadores e a construção de um plano de ação factível, é hora de acompanhar e analisar o plano e garantir que todo o planejamento estratégico seja bem executado.

Os gestores podem definir uma periodicidade de encontros entre o time para verificação de indicadores e alinhamento de resultados. Geralmente, as reuniões são semanais para que qualquer alteração seja efetuada com agilidade e eficiência.

É preciso que esta etapa tenha flexibilidade para revisar e redefinir a análise SWOT, as metas e o plano de ação sempre que for preciso. Afinal, o mercado é dinâmico e exige adaptações.

Como o ERP contribui para o planejamento estratégico?

ERP permite a integração de dados e processos, tornando mais eficientes e práticas atividades que são mais burocráticas. Possuir um software de gestão é um ponto-chave para empresas que desejam realizar um bom planejamento estratégico, uma vez que oferece as informações necessárias para definir objetivos e estruturar um bom plano.

Um grande aliado nesse planejamento é o ERP da Magistech. Com ele é possível fazer uma gestão completa dos projetos e de todos os processos, gerenciar o desempenho do time e avaliar se a execução do planejamento está fluindo conforme o que foi estruturado. E tudo isso com uma visão ampla e detalhada da empresa por meio dos indicadores.

Preço dos lácteos se estabilizam após forte queda

Preço dos lácteos se estabilizam após forte queda

Confira o Boletim CILeite – Indicadores do mercado de leite para outubro de 2022

Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista registraram forte queda a partir de julho e nas últimas semanas se estabilizaram. A desaceleração das vendas, o maior volume de leite em função do período de safra e as importações motivaram as quedas, que ocorreram também ao produtor e ao consumidor. Os dados econômicos de emprego, renda e inflação estão melhores, o que deve colaborar para a sustentação dos preços e das vendas, ainda que estejamos entrando no período em que normalmente a oferta de leite aumenta. A própria queda de preços ao consumidor já é um fator positivo para o consumo.

Preço dos lácteos se estabilizam após forte queda

Conseleites indicam novo recuo nas cotações

Em outubro/22, o preço do leite ao produtor registrou nova queda na comparação com o mês anterior, ainda que mais suave que as observadas nos últimos meses. Para o pagamento de novembro, todos os Conseleites indicaram movimentos de baixa, em linha com o ocorrido no mercado atacadista. As quedas variaram entre 0,9% em Minas Gerais e 3,1% em Santa Catarina.

Preço dos lácteos se estabilizam após forte queda 2

Pequena alta do milho e da soja enquanto o Boi segue em queda

Nos mercados de milho e farelo de soja, o último mês foi de elevação de preços. No front externo a Rússia tem prejudicado o corredor de exportação de milho ucraniano e a Argentina sinaliza para quebra de safra. No mercado de farelo de soja, o plantio no Brasil está evoluindo bem e mas existem riscos para a próxima safra dependendo da intensidade do fenômeno La Niña, que tende a deixar a região sul mais seca. No mercado de carnes, a arroba do boi e o bezerro segue com preços em queda, devido a fraca demanda interna e maior oferta de animais confinados.

Preço dos lácteos se estabilizam após forte queda 3
Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
Boletim CILeite – Mercado de Leite e Derivados Outubro / 2022

Boletim CILeite – Mercado de Leite e Derivados Outubro / 2022

  • O preço do leite ao produtor registrou significativo decréscimo de 14,6% no pagamento realizado em setembro, refletindo aumento da produção e da importação de lácteos. O preço médio nacional pago ao produtor foi de R$ 3,05 por litro, mas ainda acumula acréscimo de 27,9% nos últimos 12 meses.
  • A relação de troca leite/mistura piorou em relação ao mês anterior, mas ainda se encontra mais favorável que em setembro dos últimos dois anos. Foram necessários 35,6 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 38,3 litros observados em setembro/21.
  • No varejo, o preço da cesta de lácteos apresentou decréscimo mensal de 6,2%, influenciado pela queda do UHT de 13,7%. Em 12 meses, no entanto, subiram 28,6%, ficando bem acima da inflação oficial brasileira, o IPCA, que acumulou 7,2% em 12 meses.

Boletim CILeite - Mercado de Leite e Derivados Outubro / 2022

Boletim CILeite - Mercado de Leite e Derivados Outubro / 2022

 

  • As importações brasileiras de leite continuaram em alta e alcançaram o equivalente a 198 milhões de litros em setembro/22, aumento de 14,8% sobre agosto/22. Esse foi, mais uma vez, o maior volume mensal do ano.
  • As exportações apresentaram ligeiro acréscimo na comparação com agosto/22 e em relação a setembro do ano passado. No entanto, o volume embarcado no último mês foi de apenas 7,3 milhões de litros-equivalentes, o terceiro menor volume mensal do ano.
  • O saldo da balança comercial acumulado em 2022 registrou déficit de US$ 380 milhões, com volume equivalente de 724 milhões de litros de leite.
  • Os preços internacionais do leite em pó integral subiram em setembro, cotado a US$ 3.672/ tonelada. O preço do leite em pó desnatado registrou aumento mais discreto e fechou o mês de agosto em US$ 3.561/ tonelada.

 

 

Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados. Ano 13, nº 134 – Outubro/2022.