Guia completo: saiba tudo sobre ERP

Guia completo: saiba tudo sobre ERP

Você sabe o que é ERP? Enterprise Resource Planning é um sistema de gestão que permite acesso fácil, integrado e confiável aos dados de uma empresa. A partir das informações levantadas pelo software, é possível fazer diagnósticos aprofundados sobre as medidas necessárias para reduzir custos e aumentar a produtividade.

Apesar de muitos gestores ainda desconhecerem essa solução, quais são as suas funcionalidades e como ela pode contribuir com o negócio, é fundamental entendê-la. Por quê? Basicamente, porque a integração proporcionada aumenta a eficácia e facilita a comunicação entre os setores.

A tecnologia ainda favorece a análise de dados e processos. Com isso, o gestor toma decisões mais precisas, com o objetivo de elevar o crescimento e a rentabilidade da companhia. Para entender melhor, preparamos um guia com as principais informações sobre o assunto. Ficou interessado? Acompanhe!

O que é ERP?

A sigla ERP significa “Enterprise Resource Planning”, ou sistema de gestão integrado. Essa tecnologia auxilia o gestor da empresa a melhorar os processos internos e integrar as atividades de diferentes setores, como vendas, finanças, estoque e recursos humanos.

A partir da centralização das informações em uma plataforma única, o fluxo de dados corporativos se torna mais fluido e é compartilhado com facilidade. Ao mesmo tempo, essas soluções eliminam a duplicidade de informações.

Com isso, a solução se mantém como uma base única e íntegra. O resultado é o acesso a insights valiosos, que contribuem para uma tomada de decisão acertada.

História

O desenvolvimento do sistema ERP começou há mais de 100 anos. O engenheiro Ford Whitman Harris criou um modelo EOQ (Economic Order Quantity) para programar a produção. Ele foi utilizado por décadas até que a fabricante de ferramentas Black & Decker adotou outra solução para planejar as necessidades de materiais.

O novo método ficou conhecido como MRP (Material Requirements Planning). Na prática, alguns conceitos do EOQ foram utilizados e integrados a um computador. Essa ferramenta foi usada por muitos anos até ser desenvolvida uma nova metodologia em 1983, a MRP II (Manufacturing Resource Planning).

Nessa evolução, foram adotados módulos diferenciados e componentes da arquitetura de software para integrar as atividades da companhia relacionadas às compras e ao gerenciamento de contratos. A MRP II também permitiu a integração de dados e o compartilhamento de informações entre os diversos departamentos da companhia, a fim de melhorar a produção e reduzir os desperdícios.

A tecnologia evoluiu nas décadas de 1970 e 1980, e a MRP II também. Seus conceitos foram empregados em diferentes atividades empresariais. Tanto que a nova ferramenta passou a incorporar os setores de finanças, RH e vendas. Em 1990, esse sistema foi denominado ERP.

É importante compreender que as soluções tecnológicas estão em constante evolução para oferecer cada vez mais funcionalidades e benefícios aos negócios. Sendo assim, a ferramenta tende a passar por atualizações frequentes, com o objetivo de acompanhar as mudanças do mercado.

Como o ERP atua nas empresas?

Agora que você já sabe o que é ERP e a sua história de desenvolvimento, é importante conhecer como ele pode ser aplicado à rotina empresarial. Em um primeiro momento, o sistema ajuda o gestor a: administrar as contas a pagar e a receber, monitorar as vendas e acompanhar os pedidos de compras.

A ferramenta também contribui para a gestão de pessoas, por meio da oferta de informações sobre a produtividade da equipe, por exemplo. Dessa maneira, o sistema ERP facilita o gerenciamento das informações de diversos setores da organização.

Essa característica aumenta o controle e o acompanhamento dos processos. Afinal, se cada departamento utilizar um software diferente, podem ser gerados erros nas informações que comprometerão a capacidade produtiva.

Por sua vez, a integração dos dados aumenta a eficiência da gestão e dá rapidez aos procedimentos. A comunicação entre as equipes também passa a ser mais efetiva e os problemas podem ser resolvidos com agilidade. A consequência são menos impasses com clientes ou fornecedores.

Quer entender como esse processo funciona na prática? Por exemplo: o ERP identifica que uma matéria-prima foi encaminhada ao setor de produção. De maneira automática, esse item é retirado do estoque e as informações do setor de compras são atualizadas. Desse modo, há mais facilidade para controlar a necessidade de aquisição de materiais.

Além disso, o sistema pode auxiliar os departamentos de RH e finanças. Por exemplo: o gestor de recursos humanos lança os dados dos colaboradores, enquanto o financeiro insere as informações de pagamentos. Nesse processo, a solução faz o controle de todo o ciclo para evitar erros nos valores repassados.

Por fim, o setor de marketing também pode utilizar o software de gestão. Ao perceber que um produto apresenta queda nas vendas, você pode realizar uma campanha específica para mudar a situação e evitar um prejuízo. Ainda existem outras funcionalidades oferecidas pelo ERP, entre elas:

  • simplificação de processos operacionais;
  • união de inteligência e qualidade para as informações;
  • controle de estoque e de custos;
  • gestão integrada dos dados;
  • controle e cumprimento dos prazos;
  • aumento da produtividade.

Desse modo, fica claro que todos os setores são beneficiados. No entanto, saber o que é o ERP é apenas o primeiro passo. Mais que as aplicabilidades já destacadas, essa solução também fornece mais transparência às ações executadas.

Qual é a relação entre o sistema ERP e a segurança de dados?

Uma empresa só terá um crescimento exponencial e sólido se contar com um bom software de gestão. Além de contribuir com as atividades operacionais, essa solução também fornece subsídios à segurança das informações — aspecto básico para manter um bom relacionamento com os clientes, conquistar competitividade e evitar prejuízos à reputação.

Para ter uma ideia, esse assunto é tão importante que os gastos com inteligência artificial e machine learning voltados para a segurança da informação já ultrapassam a casa dos milhões de dolares. Como isso acontece? A resposta é simples! A maioria dos modelos atuais de ERP trabalha em nuvem.

Esse ambiente online é mais seguro, porque conta com diversos mecanismos de proteção. Essas camadas de segurança evitam a perda dos dados e também aceleram a recuperação das informações, caso algum imprevisto aconteça. Para entender melhor, veja algumas das ferramentas utilizadas para essa finalidade.

Criptografia

Essa opção nem sempre é adotada, mas é uma medida de segurança extra, principalmente se contar com recursos avançados. A ideia é tornar as informações inacessíveis para qualquer pessoa não autorizada. Esse processo é feito por meio de protocolos de codificação específicos, que embaralham as informações e as tornam impossíveis de visualizar.

Firewalls

O foco é o monitoramento do tráfego entre o banco de dados do ERP e os setores que o utilizam. Com essa fiscalização do fluxo de informações, os ataques maliciosos são identificados e automaticamente bloqueados. Apesar de não influenciar o funcionamento do sistema, ele interrompe o acesso a determinadas portas, a partir do nível de segurança estabelecido.

Controle do acesso de dados

O acesso restrito das informações oferece a visualização dos dados apenas por colaboradores e gestores credenciados. Esse controle ainda permite saber quem verificou e quando, a fim de reduzir a chance de invasões.

Ainda é possível implantar links dedicados, a depender das demandas e da capacidade da sua empresa. Com esse recurso, você evita o acesso de pessoas não autorizadas aos arquivos compartilhados.

Em suma, saber o que é o ERP e implantá-lo no seu negócio é uma forma de manter os dados corporativos confidenciais. Você aumenta sua proteção devido a todos esses mecanismos. Da mesma forma, evita que o mal uso dos softwares e hardwares gere brechas e vulnerabilidades passíveis de exploração por hackers.

Quais são os principais módulos do ERP?

Um sistema ERP completo apresenta diversos módulos que podem fazer parte do modelo padrão ou indexados conforme as necessidades da companhia. Conheça os principais:

  • faturamento;
  • financeiro;
  • compras;
  • estoque;
  • RH;
  • fiscal;
  • gerenciamento de projetos;
  • produção.

Vale a pena destacar que existe, portanto, a possibilidade de personalização, conforme veremos mais para frente.

Quais são as opções disponíveis para a contratação do sistema?

Há várias alternativas, mas o mais comum é ter um plano básico, que contempla um pacote de módulos essenciais para a gestão da sua empresa, e outros complementares, que são adquiridos conforme as demandas organizacionais.

Você também tem a chance de incluir essas funcionalidades depois da contratação, quando surgir a necessidade. Dentro desse escopo, apresentamos abaixo algumas das diversas opções disponíveis. Confira!

Back office

Foca a área administrativa da empresa. O pacote básico oferece as opções mais comuns, como estoque, faturamento, compras e financeiro. No intermediário, você conta com os anteriores e ainda agrega soluções contábil, fiscal e ativo fixo. Por fim, o completo compreende todos os módulos, o que oferece mais autonomia à organização.

RH

É voltado para a gestão de pessoas e dividido em pacote básico e completo. O primeiro é aquele que contém os módulos mais usados pelas empresas que ainda estão no início dessa atividade. Os dois principais são ponto eletrônico e folha de pagamento. Por sua vez, o segundo automatiza esses processos e as seguintes tarefas:

  • medicina e segurança do trabalho;
  • cargos e salários;
  • recrutamento e seleção;
  • treinamento e desenvolvimento;
  • avaliação de desempenho.

Plataformas de produtividade e colaboração

Nesse caso, as aplicações contratadas potencializam seu ERP. Por um lado, o objetivo é reduzir os custos com personalizações. As opções são:

  • BPM (modelagem de processos);
  • WCM (criação de portais);
  • GED (gestão de documentos);
  • ESB (integrador de sistemas);
  • identity (gerenciador de acessos e senhas).

Por outro lado, o pacote oferece uma solução completa de Business Intelligence (BI). O propósito é aumentar a visibilidade de indicadores e dados para facilitar as tomadas de decisão.

Ainda existem soluções verticais para 12 segmentos de mercado. Todas elas automatizam a atividade-fim de forma integrada ao back office. As alternativas são voltadas para os seguintes setores:

  • agroindústria;
  • manufatura;
  • construção e projetos;
  • distribuição;
  • logística;
  • serviços;
  • serviços financeiros;
  • entre outros.

Como o software de gestão é dividido?

O sistema tem três camadas: apresentação, processamento lógico e armazenagem. Confira como funciona cada uma!

Apresentação

Essa é a camada que dá acesso ao sistema por meio de formulários para preenchimento. Ela faz a comunicação com a de processamento lógico, a fim de realizar a transmissão das informações.

Processamento lógico

Esse é o local que recebe os dados e faz a integração com os diversos módulos do sistema ERP. Ele é responsável por dar uma resposta ao usuário sobre determinada solicitação ou fazer o armazenamento das informações.

Essa é a camada que recebe novas atualizações para dar continuidade aos processos empresariais e aperfeiçoar os sistemas de segurança. Para isso, uma equipe técnica faz o ajuste do código-fonte e uma nova programação.

Armazenagem

As informações que passam pela camada de processamento chegam até a etapa de armazenagem, em que os arquivos são salvos em um banco de dados. Dali, eles podem ser acessados a qualquer momento que o gestor precisar. Muitas vezes, também é possível exportar para um arquivo PDF ou fazer o envio da informação para a nuvem.

Como usar a solução em empresas de pequeno e médio porte?

Muita gente que sabe o que é o ERP acredita que essa solução serve apenas para grandes companhias. Isso é um mito. Até mesmo pequenos negócios podem optar pelo sistema. Nesse momento, você deve estar pensando: será que vale a pena?

A resposta é sim. Veja como usar o sistema nos três casos.

Pequenas empresas

Nesse caso, o sistema de gestão empresarial acompanha o crescimento do negócio a partir de um plano básico, que tem um investimento inicial mais baixo, mas oferece os recursos necessários para o bom andamento da companhia.

Assim, você paga apenas pelo que utilizar e, como consequência, evita o desperdício. Além disso, obtém informações corretas sobre várias áreas — como estoque, financeiro e comercial —, o que permite obter eficiência e inteligência nos processos de gestão.

Isso ocorre por meio da eliminação de planilhas e implantação de recursos tecnológicos, que gerenciam todos os aspectos do negócio. Com isso, é possível atingir resultados melhores.

Médias empresas

As médias empresas têm a chance de se tornarem mais inteligentes com o ERP. Isso acontece pela automação com inteligência artificial e análises preditivas. Desse modo, os colaboradores atuam de maneira mais estratégica.

Ao mesmo tempo, são obtidos insights valiosos, que geram melhorias para a experiência dos usuários internos e externos. Com o tempo, são implantadas outras inovações, que permitem aumentar o compliance nos diferentes processos, como os financeiros, de compras, RH, gestão da cadeia de suprimentos e mais.

É possível personalizar a ferramenta?

Apesar de ainda gerar muitas dúvidas, a personalização é totalmente possível nos sistemas ERPs. Inclusive, alguns desses sistemas têm características diferenciadas, com conteúdos que utilizam até o sotaque de determinado lugar.

Os módulos que podem ser agregados ao software também possibilitam que o gestor busque funcionalidades que operam de maneira mais adequada em relação ao perfil do seu negócio. Por isso, tudo nessa solução pode ser personalizado!

O motivo? Sua flexibilidade. Por oferecer diferentes módulos — a fim de se adequar às demandas organizacionais —, a personalização inicia ainda na escolha dessas funcionalidades. Você sempre pode escolher o plano básico, mas também tem a chance de optar por outras ferramentas.

No modelo mais comum, o processo de implantação é mais rápido e simples. De toda forma, a possibilidade de agregar funcionalidades é sempre uma boa ideia, especialmente porque você paga apenas pelo que usar. Com isso, a ocorrência de gargalos no seu negócio é reduzida.

Ao mesmo tempo, o software se torna escalável, até mesmo porque está sempre atualizado para acompanhar a legislação. Assim, inexiste qualquer possibilidade de ter uma solução defasada. Afinal, sempre há novas funcionalidades e ajustes técnicos, que elevam as chances de as suas demandas internas serem atendidas.

Quais são as vantagens do sistema ERP?

Este post já apresentou muitas informações sobre os softwares de gestão empresariais e até algumas das vantagens conquistadas com essa solução. Porém, mais que saber o que é o ERP, você precisa entender exatamente quais resultados positivos serão alcançados pela sua organização. Quer conhecer os principais? Veja a seguir!

Automação

Um sistema de gestão reduz o tempo necessário aos colaboradores para desempenhar tarefas burocráticas e repetitivas. O ERP automatiza as atividades e facilita a padronização de processos, com a adoção de estruturas simplificadas. Assim, seu negócio pode desempenhar as demandas de forma ágil e com grande potencial de colaboração entre equipes de diferentes setores.

Redução de custos

O software ERP tem o importante papel de integrar informações de diferentes departamentos do negócio, a fim de facilitar o acesso aos dados. Dessa forma, o gestor acompanha melhor o dinheiro disponível em caixa e identifica o valor necessário para dar continuidade às operações.

Por consequência, ele pode fazer um diagnóstico mais aprofundado sobre as medidas necessárias para diminuir custos sem afetar a produtividade. A ferramenta também ajuda a identificar os níveis necessários de estoque.

O propósito é evitar uma quantidade excessiva de materiais e trabalhar com o estoque mínimo, a fim de evitar despesas significativas e a perda de oportunidades.

Acompanhamento das vendas

Um sistema ERP também possibilita monitorar o desempenho da equipe de vendas e dos produtos com maior saída. Dessa forma, o gestor identifica se é necessário investir mais em determinado segmento, por exemplo, ou se a melhor estratégia é a descontinuação de um item que não gera resultados expressivos para o negócio.

A ferramenta ainda faz o registro da venda de um produto, com a baixa automática do item no estoque. Esse processo contribui para evitar erros sobre identificação da quantidade disponível para comercialização, por exemplo, o que favorece a diminuição de falhas durante as negociações.

Além do mais, muitos sistemas de gestão permitem a criação de alertas pelo responsável do setor de estoque, com o intuito de ser informado sobre o momento em que o nível de armazenamento chegou a um limite mínimo recomendado. Com esse dado, é possível solicitar ao setor de compras a realização de um novo pedido ao fornecedor.

Transparência e segurança

O sistema ERP cria uma base centralizada de dados corporativos — situação que gera mais transparência aos processos e às informações. As atividades de cada área aparecem em uma única tela para os usuários, no formato de um dashboard. Com isso, há mais facilidade no monitoramento das demandas de cada setor.

Além disso, um software de gestão aumenta os níveis de segurança dos dados do negócio, como vimos. Afinal, muitas ferramentas já possibilitam o envio das informações para a nuvem, que, geralmente, conta com sistemas robustos de proteção.

Integração

Os gestores nem sempre utilizam recursos tecnológicos na gestão e administram as informações do negócio com o uso de planilhas de Excel. Apesar de ser uma alternativa bastante utilizada, torna-se inviável quando a companhia cresce ou deseja se consolidar no mercado.

Nesse caso, o controle fica mais difícil, pois o número de dados aumenta e os setores têm mais dificuldade de promover uma comunicação eficiente. A integração de ferramentas ainda facilita esse monitoramento do gestor e dos colaboradores da companhia.

Assim, o sistema ERP permite acompanhar diversos departamentos ao mesmo tempo. O setor financeiro, por exemplo, pode ter acesso às informações da área de compras e efetuar o pagamento dos fornecedores. O software também simplifica o monitoramento da previsão de vendas.

Com a identificação dos pedidos feitos pelos clientes, a equipe de produção programa suas atividades com mais eficiência. Por sua vez, o setor de estoque verifica com mais agilidade se os níveis dos itens estão adequados para atender à demanda, por exemplo.

Fica claro, portanto, que essa integração de informações ajuda o gestor a fazer análises mais precisas sobre o negócio. O resultado é a tomada de decisão mais eficaz, que favorece o crescimento da empresa.

Diminuição de erros

O uso de diferentes sistemas dentro da companhia pode gerar falhas na comunicação entre as plataformas e erros nas informações. A mesma situação ocorre quando os colaboradores preferem encaminhar dados por e-mails ou planilhas de Excel.

Com o uso de um sistema ERP, há diminuição de falhas no gerenciamento e no registro das informações. A solução também evita que dois setores diferentes precisem cadastrar dados semelhantes, mas que terão usos diferenciados.

Por exemplo: os vendedores lançam os dados sobre os pedidos no software. As informações já seguem para a equipe administrativa, que as utiliza para fazer a emissão de notas e boletos. Elas também são repassadas à equipe de expedição de pedidos, a fim de diminuir o tempo de espera do cliente e os erros cometidos nesses processos.

Gestão de pessoas

A falta de utilização de sistemas integrados, geralmente, gera a perda significativa de tempo com tarefas administrativas. Essa característica leva à diminuição da produtividade da equipe e da eficiência das operações.

Ao utilizar um sistema ERP, os profissionais dedicam suas horas de trabalho ao desempenho de atividades que geram mais valor para a organização, como a definição de estratégias de vendas, marketing e contratação de pessoas.

O setor de recursos humanos também ganha mais tempo para se dedicar ao desempenho de demandas que buscam valorizar o colaborador, como a criação de um plano de carreira e de cursos de capacitação.

Assim, os colaboradores se sentem mais motivados para desempenhar suas atividades. Ao mesmo tempo, a empresa utiliza seu potencial humano para obter diferenciais competitivos e se destacar da concorrência.

Auxílio às tomadas de decisão

Uma gestão mais efetiva das informações auxilia na identificação de quais áreas precisam de mais investimentos, assim como das estratégias a serem adotadas para reduzir custos. O sistema ERP realiza essas atividades e ainda contribui para a detecção de falhas nos processos e a visualização dos principais fatores que geram despesas desnecessárias.

Da mesma forma, ele conta com funcionalidades que permitem a visualização gráfica das informações mais importantes da companhia e facilita a identificação dos principais indicadores de desempenho do negócio, bem como sua configuração para um monitoramento automático.

Em resumo, o gestor acompanha os KPIs (Key Performance Indicators), analisa e identifica as principais causas dos problemas, e adota medidas para solucioná-los com mais rapidez e eficiência.

Como saber se a empresa precisa de um sistema ERP?

Cada negócio tem um perfil e diferentes desafios. Contudo, alguns sinais ajudam o gestor a identificar se a sua empresa passa por dificuldades. Essas indicações sinalizam a hora de buscar soluções mais efetivas para a organização.

Conheça os fatores que mostram que a companhia precisa de um sistema inteligente para melhorar os processos:

  • a equipe gasta muito tempo em tarefas que poderiam ser automatizadas;
  • o gestor não tem acesso aos dados e precisa ser informado pelos demais colaboradores sobre decisões importantes para o negócio;
  • a empresa atua com vários fornecedores, de diferentes regiões do País ou do mundo;
  • a companhia tem diversos softwares que foram implantados ao longo dos anos, mas eles não estão conectados uns aos outros;
  • a equipe não identifica quais são os níveis exatos de estoque disponível;
  • o gestor perde muito tempo buscando informações sobre a empresa e tentando encontrar soluções para aumentar a produtividade e a eficiência;
  • os colaboradores não conseguem compartilhar as informações com facilidade, situação que deixa a companhia suscetível a erros;
  • o gestor tem dificuldade para cumprir as normas vigentes e já recebeu multa por falha em compliance;
  • os problemas demoram para serem identificados e a equipe não consegue ser proativa para resolver situações simples.

Se você perceber que algumas dessas situações ocorrem na sua empresa, é o momento de investir em um sistema ERP. Por isso, vale a pena entender como funciona a sua adoção.

Como funciona a implantação?

O processo de implantação do sistema precisa ser planejado com cuidado para evitar problemas, como o que ocorreu com a Shane Co., uma joalheria do Colorado, nos Estados Unidos. O projeto extrapolou o custo inicial estimado para a implantação da ferramenta e ela precisou fechar as suas portas.

A HP, também dos Estados Unidos, sofreu problemas sérios com a implantação do software de gestão. A falha gerou uma queda de 400 milhões de dólares no faturamento em um de seus trimestres.

Além disso, os profissionais precisaram recorrer a processos manuais para etiquetar remessas de equipamentos. Os executivos de altos cargos ainda tiveram que parar as suas atividades para realizarem aprovações de urgência para pedidos de 50 dólares, pois o sistema estava inoperante.

Como evitar esse tipo de situação? Mais que saber o que é o ERP, é importante buscar ferramentas inteligentes e compatíveis com o segmento do seu negócio. Além disso, é necessário contar com uma equipe especializada para implantar o sistema de acordo com as necessidades da companhia.

Quer saber mais sobre esse processo? Confira um passo a passo abaixo!

Definição do projeto

Os ajustes deverão ser feitos antes da implantação do novo sistema. Ainda assim, haverá outras correções, que deverão ser realizadas ao final do procedimento. De toda forma, é fundamental conversar com a equipe que realizará a tarefa.

O objetivo é definir as etapas de implantação da ferramenta, a migração de dados e os backups necessários para iniciar o processo. Perceba que alguns erros simples prejudicam tarefas básicas, como a emissão da folha de pagamento ou de um pedido do cliente.

Avaliação criteriosa sobre o fornecedor

O gestor precisa fazer uma pesquisa aprofundada sobre os fornecedores de tecnologia para escolher o melhor ERP para o negócio. É recomendável buscar uma organização com experiência no mercado, pois os profissionais já têm um conhecimento aprofundado para fazer a implantação do sistema.

Além disso, é imprescindível verificar se a solução se encaixa no perfil da companhia e se ela oferece módulos complementares, passíveis de adição ao longo do tempo. Por fim, opte por um software que recebe atualizações frequentes.

Assim, ele evolui conforme o surgimento de novas tecnologias no mercado. Ao mesmo tempo, o gestor tem a chance de acrescentar módulos e funções à medida que a organização cresce.

Escolha da equipe de acompanhamento

A próxima etapa é a seleção de alguns profissionais da companhia para fazerem o acompanhamento da implantação do sistema. Muitas vezes, é recomendável direcionar um colaborador de cada área, pois o fornecedor precisa compreender as particularidades do negócio, a fim de atender às demandas internas.

Gestão ativa do projeto

O processo de implantação do sistema ERP exige uma atenção efetiva da equipe e do gestor escolhidos para fazer o acompanhamento. Tenha em mente que o sucesso do procedimento está baseado nos detalhes e nas informações repassadas pelos colaboradores para o fornecedor do serviço.

Sendo assim, é fundamental transmitir um feedback sobre os progressos percebidos ou os problemas encontrados no uso da solução. Só assim será possível chegar ao sucesso da implantação.

Análise sobre o impacto no negócio

O sistema ERP pode gerar muitos impactos nas atividades da companhia. Por isso, é fundamental avaliar a ferramenta oferecida pelo fornecedor e identificar como ela poderá ser utilizada para promover melhorias nos processos. Muitas vezes, será necessário realizar algumas mudanças em procedimentos internos para alcançar todos os benefícios oferecidos pela tecnologia.

Treinamento eficiente

A finalização da implantação do software exige a execução de um treinamento para a equipe, a fim de que todos compreendam como funciona a solução. Se esse processo for realizado de forma inadequada, os colaboradores tendem a apresentar dificuldade no uso do sistema.

Em situações mais extremas, esse obstáculo gera, até mesmo, o fracasso do projeto. Portanto, cabe ao gestor solicitar uma capacitação ao fornecedor que seja suficiente para os usuários saberem utilizar todas as funcionalidades do software de gestão.

Troca de ERP: o que saber antes de trocar o seu?

Troca de ERP: o que saber antes de trocar o seu?

Que um sistema de ERP faz toda a diferença na gestão empresarial das corporações você já sabe, já que os benefícios gerados por ele atingem todas as áreas e diversos processos dentro da organização, além de potencializarem os resultados. Mas e quando o ERP deixa de atender as necessidades da empresa? É neste momento que é preciso pensar em trocar o seu software de gestão.

A grande questão aqui é a dúvida a respeito da necessidade de trocar de ERP e quando isso deve ser concretizado. Já parou para pensar se o seu sistema apresenta um desempenho satisfatório ou se as deficiências superam as vantagens?

Continue acompanhando o texto e confira os motivos para que isso seja feito!

Por que trocar o ERP da minha empresa?

A resposta para essa pergunta é mais simples do que parece. A hora certa para trocar o seu ERP é a partir do momento que ele se torna obsoleto para a sua empresa. Isso quer dizer que se mesmo na época da implantação ele tenha proporcionado muitos benefícios, agora ele não consegue mais acompanhar o crescimento da sua empresa, ou até dificultando o crescimento dos resultados. Porém, existem alguns sinais bem claros que podem evidenciar ainda mais a necessidade da troca. Observe a seguir!

1. Dificuldade de usar o sistema

Os primeiros sinais de que o sistema não vai bem é aquele momento em que ele começa a travar e afeta a produtividade da equipe. A partir do momento que uma tecnologia que deveria facilitar começa a complicar o dia a dia dos seus colaboradores é hora de começar a pensar em uma troca.

Até porque, um sistema que não corresponde às expectativas de quem precisa dele no dia a dia pode despertar aversão dos colaboradores e se tornar uma razão para que a equipe comece a ficar desmotivada.

2. Software incompatível com a visão do negócio e legislação

Toda empresa evolui e o software de gestão que ela utiliza precisa acompanhar essa evolução. Muitas vezes, a ferramenta escolhida originalmente não tem mais a robustez necessária para acompanhar o crescimento da empresa.

Isso começa a ficar mais evidente quando a diretoria quer implantar um novo processo ou precisa de novos tipos de relatórios, mas esbarra na falta de capacidade, ou flexibilidade, do ERP.

Outro ponto muito importante é ficar atento se o software é atualizado conforme as mudanças na legislação e que auxilie a empresa a se manter em conformidade com as novas obrigatoriedades impostas pelo governo.

Desta forma, todos os programas que não possuem manutenções frequentes, dificilmente conseguirão manter seus clientes por um longo período e sempre perderão a concorrência para conseguir novos projetos, frente a fornecedores que já dispõem das atualizações necessárias.

O mesmo acontece no nível de tecnologia empregada na solução, se esta não possui uma vida útil maior, fatalmente vai haver instabilidades, falta de profissionais capacitados na sua manutenção e obviamente problemas com performance no uso.

3. O ERP não controla mais todas as informações

Esse é o problema mais grave de todos e é muito importante não deixar que a sua empresa chegue a esse ponto. Primeiro, porque se o software não controla mais todas as informações, provavelmente a produtividade da sua equipe já está comprometida. Mas também é preciso ter atenção para o fato de que, se não há um controle total das informações, os seus dados não estão seguros! Ao manter diversos controles paralelos ao ERP, a margem de erro aumenta drasticamente.

Além disso, a falta de praticidade dessa rotina impacta na produtividade e até mesmo no clima da equipe, que pode se sentir menos motivada ao executar tarefas de forma pulverizada.

Quando na sua operação a maioria das atividades decisórias é executada fora do seu ERP, é o fatídico momento em que ele não é mais aderente à sua empresa.

4. Dificuldade de contato com o fornecedor

Esse é um ponto muito importante. Contar com um fornecedor que esteja à disposição da sua empresa é fundamental! A dificuldade em estabelecer contato com o fornecedor é apresentada quando o cliente precisa renegociar uma dívida, ou apresenta alguma dúvida/dificuldade com o sistema e busca o contato com o seu fornecedor e este mostra-se pouco interessado em atender a solicitação do cliente.

O que leva em conta na hora de trocar o seu ERP?

A escolha do seu novo sistema de gestão é um momento muito importante. E para ajudar nesta transição, separamos algumas etapas que podem ajudar! Vamos aos passos!

Opte por um software que acompanhe o crescimento da empresa

O crescimento da organização requer a criação de novos processos, controles e setores que, por sua vez, demandam adequações sistêmicas. Assim, quando há uma conexão precária entre os programas, o ERP pode ficar instável, tornando-se suscetível a erros, tanto tecnológicos quanto de negócios.

Levando isso em consideração, é crucial que o ERP seja capaz de suportar os futuros processos da companhia, de modo a minimizar erros. O investimento na tecnologia é importante, mas também é preciso que a sua escolha facilite as mudanças.

Busque um fornecedor que já tenha nome no mercado

Ao decidir trocar o sistema de gestão da companhia, uma das primeiras coisas a se fazer é pesquisar sobre o fornecedor do seu interesse, procurando saber se é uma empresa séria, confiável e que domina a área de TI. Questione também sobre o prazo de entrega do software, qual é o suporte dado no pós-venda e quais são as garantias.

Dê preferência para os fornecedores cuja carteira de clientes não tenha contratantes que atuem em segmentos muito diferentes do seu, uma vez que isso pode trazer riscos devido ao prestador do serviço ser muito segmentado.

Conheça o ERP da Magistech

O sistema de Gestão Empresarial ERP da Magistech foi desenvolvido para potencializar a gestão da sua empresa. Com ele, você tem em mãos um software ERP completo e eficiente, que diminui processos, agiliza a tomada de decisão e gera resultados precisos. Tudo isso de forma prática, automatizada, especialista e simplificada, facilitando sua gestão. O sistema ERP Magistech é a solução segura para destacar o seu negócio em um mercado competitivo, de forma planejada e efetiva. Saiba mais aqui!

 

Empreendedores, cooperativas e informais do Centro-Oeste, Norte e Nordeste já podem contratar crédito emergencial

Empreendedores, cooperativas e informais do Centro-Oeste, Norte e Nordeste já podem contratar crédito emergencial

Pequenos empreendedores e cooperativas das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte do País já podem acessar a linha emergencial de crédito, destinada ao enfrentamento de impactos econômicos da Covid-19. Para os informais, está disponível uma opção de microcrédito. Os recursos, da ordem de R$ 6 bilhões, são disponibilizados por meio dos Fundos Constitucionais de Financiamento – geridos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) – e contemplam estados com emergência ou calamidade pública reconhecidos pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Por ser uma linha de crédito especial, criada com condições mais vantajosas, como juros reduzidos e prazos de vencimento e de carência mais alongados, o reconhecimento federal é um requisito previsto na Lei n. 10.177 de 2001, que regula os fundos constitucionais de financiamento.

“A nova linha de crédito tem um objetivo muito claro de auxiliar os autônomos e os pequenos negócios neste momento delicado. Essa opção de financiamento dos Fundos Constitucionais possui taxas mais baixas e atendem especialmente quem não consegue ter acesso ao crédito em outras instituições É mais uma demonstração do esforço do Governo Federal, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, para apoiar o empreendedor do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste na manutenção do emprego e da renda. Para que as operações sejam liberadas, dentro da lei, precisamos que os governadores decretem a emergência ou calamidade e solicitem o reconhecimento federal”, destaca o ministro do desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Na quarta-feira (22), o ministro Rogério Marinho, na posição de presidente dos Conselhos Deliberativos da Sudeco, Sudam e Sudene, assinou as Resoluções ad referendum que estabelecem as diretrizes, aprovam os ajustes e a nova programação financeira feitas pelos bancos operadores dos Fundos Constitucionais – da Amazônia, do Nordeste e, para o Centro-Oeste, Banco do Brasil. Com isso, fica autorizado o início das operações.

São contempladas as localidades inseridas nas áreas de abrangência das Superintendências da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco). Confira neste link os estados com reconhecimento federal por Covid-19 até o momento.

Os encargos, prazos, limites e demais condições para os financiamentos foram instituídos pela Resolução n. 4798/2020, do Conselho Monetário Nacional.

Reconhecimento federal

Ainda em março, o MDR simplificou o processo de solicitação e análise de reconhecimento federal para situações em decorrência da Covid-19. Desta forma, os entes ficam dispensados do envio de uma série de documentos exigidos pela Instrução Normativa n. 2/2016 para situações de desastres naturais. Saiba mais.

A documentação deve ser encaminhada ao MDR por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2id). O material, então, é avaliado por técnicos da Defesa Civil Nacional e, após aprovação, é publicada a Portaria do MDR no Diário Oficial da União, concedendo o status a estados ou municípios. A partir disso, os recursos das linhas de crédito daquela localidade poderão ser contratados pelos empreendedores.

O reconhecimento federal possibilita aos entes, também, a antecipação de benefícios sociais, liberação de seguros e a prorrogação de pagamentos de empréstimos federais, dentre outras modalidades de apoio da União.

Recursos por região

O maior volume de recursos, R$ 3 bilhões, será destinado à região Nordeste; outros R$ 2 bilhões para o Norte; e R$ 1 bilhão para o Centro-Oeste. A expectativa do Governo Federal é de que sejam contratadas cerca de 85 mil operações. O custo para o Tesouro está projetado em R$ 439,6 milhões.

Como funciona

Para a modalidade capital de giro isolado, serão disponibilizados até R$ 100 mil por beneficiário. O recurso poderá ser utilizado em despesas de custeio, manutenção e formatação de estoque e, ainda, para o pagamento de funcionário, contribuições e despesas diversas com risco de não serem honradas por conta da redução ou paralisação das atividades produtivas.

Já para investimentos, serão disponibilizados até R$ 200 mil por beneficiário, com a finalidade do empreendedor investir e, ao mesmo tempo, utilizar o recurso como capital de giro.

Ambas as modalidades possuem taxa efetiva de juros de R$ 2,5% ao ano. Terão preferência as atividades vinculadas aos setores comerciais e de serviços.

Nas duas situações, os financiamentos poderão ser contratados enquanto o decreto de calamidade pública estiver em vigor, limitado a 31 de dezembro de 2020. O prazo para quitação será de 24 meses e carência até 31 de dezembro de 2020, de acordo com a capacidade de pagamento do beneficiário.

Os recursos dos três Fundos Constitucionais são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e concedidos por meio do Banco da Amazônia, do Banco do Nordeste e, no Centro-Oeste, pelo Banco do Brasil. A orientação do Governo Federal é de pulverizar as aplicações dos recursos chegando ao maior número de beneficiários e municípios possível.

Refinanciamento

As pessoas físicas e jurídicas com contratos vigentes junto aos Fundos, mas que agora enfrentam dificuldades para honrar os pagamentos, poderão prorrogar por 12 meses as parcelas, inclusive as vencidas até 90 dias antes da publicação das Portarias.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Regional

Gestão da qualidade no agronegócio: quais ferramentas usar?

Gestão da qualidade no agronegócio: quais ferramentas usar?

Os profissionais do agronegócio precisam lidar com muitas tarefas diariamente. Afinal, além das operações no campo, é preciso também dominar as questões administrativas. Diante do cenário competitivo desse setor, conseguir manter um padrão de excelência não é tarefa fácil. Por isso, é fundamental que os empreendedores do ramo sejam cautelosos ao definir uma estratégia e colocá-la em prática.

Com o avanço tecnológico e com as novas técnicas de gestão rural, a boa notícia é que existem ferramentas capazes de oferecer benefícios significativos que auxiliam o agricultor a ter melhores resultados na produção.

Quer saber como utilizar as ferramentas de gestão da qualidade no agronegócio? Acompanhe nosso artigo e saiba mais!

Ferramentas da gestão da qualidade no agronegócio

De modo geral, as ferramentas de gestão da qualidade são uma maneira eficaz de aumentar a produtividade do negócio, automatizar os processos e otimizar o tempo do trabalho. No agronegócio, elas facilitam a gestão das atividades e auxiliam os agricultores a ter resultados melhores. Conheça, a seguir, as ferramentas mais usuais na gestão!

PDCA

O ciclo PDCA é uma ferramenta de processos com base em práticas cíclicas que otimizam as operações do profissional. Ela auxilia na elaboração, execução, acompanhamento e melhoria de um projeto.

Seja qual for o objetivo, a ideia é estabelecer uma série de operações periódicas para melhoria, como sugerido pelo próprio nome. Isto é, o processo se repete e não há término pré-determinado. O seu nome origina do inglês e cada letra quer dizer:

  • P (Plan – planejar): definir as metas e os métodos necessários;
  • D (Do – fazer): educar, treinar e executar a tarefa;
  • C (Check – checar): verificar os resultados;
  • A (Action – agir): corrigir as falhas encontradas.

Sua execução é simples e possibilita um diagnóstico empresarial, objetivando a identificação de processos que podem alcançar maior nível de qualidade. Na gestão do agronegócio, o ciclo PDCA é uma das ferramentas mais versáteis, que pode ser facilmente adaptada.

Diagrama de Ishikawa

Também conhecida como Diagrama de Espinha de Peixe, essa ferramenta consiste em identificar e estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema em questão (causa) e criar ações para solucioná-las (efeito).

As causas são divididas em: método, matéria-prima, mão de obra, máquina, medida e meio ambiente, sendo que cada uma delas pode formar outros aspectos. O diagrama é um método de gestão da qualidade eficiente, pois proporciona uma visão simples e objetiva de um problema, tornando muito mais fácil encontrar a solução.

Análise SWOT

Trata-se de uma ferramenta de análise de cenário e planejamento estratégico, que ajuda na identificação dos pontos fortes e fracos da empresa para fortalecer sua posição no mercado, avaliando as oportunidades e as ameaças para o seu crescimento.

Ao destacar o potencial da empresa, é possível determinar um diferencial competitivo e reparar falhas perante os concorrentes. Para isso, o gestor deve responder os quatro questionamentos, conhecido em português como FOFA.

  • Forças: os pontos fortes (suas vantagens em relação aos concorrentes);
  • Fraquezas: os pontos fracos (tudo o que prejudica o seu crescimento);
  • Oportunidades: as possibilidades (conforme seus indicadores e metas);
  • Ameaças: os riscos para a empresa (como a concorrência pode atuar para prejudicar o desempenho do negócio).

5W2H

Refere-se a uma lista de atividades associadas a uma meta que auxilia no planejamento de ações para sua aplicação e realização. É classificada como um dos recursos mais simples de entender e aplicar, consiste em um seguimento de ações organizadas.

Sua principal finalidade é montar ações para aumentar a produtividade no campo e facilitar a gestão. As letras W e H originam as perguntas e ações que direcionam sua execução, são elas:

  • What (O que): qual meta fazer;
  • Why (Por que): quais as causas para a apresentação do objetivo;
  •   (Onde): em que lugar ou área da organização será realizado;
  • When (Quando): qual o prazo para sua realização;
  • Who (Quem): quem fará a tarefa para a realização das fases;
  • How (Como): como serão desenvolvidas as atividades;
  • How much (Quanto): qual a despesa de realização da meta.

Como escolher um software agrícola que auxilie na gestão da qualidade?

Embora todas as ferramentas de gestão abordadas sejam cruciais para um negócio, nenhuma delas substitui a utilização de um software de gestão. Ele proporciona à sua empresa a automatização de todas as ferramentas administrativas, sendo possível aplicar outras técnicas de gestão de qualidade e obter resultados mais precisos.

Investindo em inovação e tecnologia, você contribui para o crescimento do seu negócio e oferece um serviço diferenciado, ágil e totalmente seguro para os seus clientes, além de manter a qualidade dos serviços.

Por fim, cabe ressaltar que as ferramentas de gestão de qualidade no agronegócio permitem que a organização analise a eficácia e os aspectos negativos de um produto ou processo em questão. Apesar de serem tradicionais, podem representar uma grande inovação para o agronegócio.

Gostou do nosso conteúdo? Aproveite para conhecer mais sobre as funcionalidades de um software agrícola, leia agora mesmo o nosso post!

Leite: preço cai após indústrias aumentarem processamento do UHT

Leite: preço cai após indústrias aumentarem processamento do UHT

Os preços do leite no mercado spot (negociação da matéria-prima entre laticínios) voltaram a recuar na primeira quinzena de abril, aprofundando um quadro visto na segunda metade de março, quando as cotações começaram a ceder sob os efeitos da quarentena para conter o avanço do novo coronavírus no país.

Um levantamento da Scot Consultoria nos principais estados produtores mostra que os preços nesse tipo de negociação caíram 8% em São Paulo nos primeiros 15 dias de abril em comparação com a segunda metade de março, para R$ 1,488 por litro, em média.

No Paraná, o recuo foi 7%, para R$ 1,442, e, no Rio Grande do Sul, de 7,9%, para R$ 1,450. Em Minas Gerais, a retração entre a segunda quinzena de março e a primeira de abril foi de 6%, para R$ 1,473 por litro. Em Goiás, a queda quinzenal foi de 2,5%, a R$ 1,455 por litro, em média.

No começo de março, os preços da matéria-prima no spot tinham registrado alta depois de uma corrida de consumidores ao varejo para se estocar, o que elevou as vendas de leite longa vida e seus preços. Mas as medidas de isolamento social afetaram food services, como restaurantes e bares, o que reduziu a demanda por queijos.

O analista da Scot, Rafael Ribeiro, explica que isso levou empresas do segmento de queijos, principalmente as de menor porte, a ofertarem leite cru no mercado spot, uma vez que viram a demanda minguar. “Há uma maior oferta advinda dos queijeiros, segmento que está com dificuldade de vendas, e por isso têm ofertado mais leite no mercado spot”, observou.

Com a maior disponibilidade de leite para processamento pelas indústrias, os preços caíram. Nesse cenário de maior oferta de matéria-prima, as cotações do leite longa vida no atacado na primeira quinzena de abril também recuaram após terem se valorizado nas duas quinzenas de março, quando a demanda no varejo estava aquecida.

De acordo com a pesquisa da Scot, a cotação média no atacado de São Paulo, Minas e Goiás registrou queda de 4,6% na primeira metade deste mês, para R$ 2,64 por litro. Na quinzena anterior, havia subido 7%. O levantamento mostrou que a mussarela, produto largamente consumido no food service, teve recuo de 3,1% na média desses três estados nos primeiros 15 dias deste mês, para R$ 17,74 o quilo.

Em evento da XP Investimentos na semana passada para discutir o mercado de alimentos durante a atual crise do novo coronavírus, o sócio do laticínio Piracanjuba, César Helou, disse que a queda na demanda por queijo do food service é um problema grave do setor hoje. “Boa parte (do queijo) vai para food service e o food service reduziu quase 100%”, comentou.

Assim, segundo ele, existe uma ‘sobra de leite hoje no Brasil, que foi absorvida num primeiro momento pelas indústrias de leite longa vida. Mas como as indústrias conseguiram abastecer o mercado, a tendência nesta semana é começar a diminuir a produção de leite longa vida para estabilizar a oferta com a procura. Com isso, vai sobrar leite no campo’, previu o sócio da Piracanjuba.

Helou disse que não se sabe o que o produtor de leite irá fazer para equilibrar oferta e demanda. Citou possibilidades como a diminuição da ração dos animais para reduzir a produção e o descarte de vacas. “Há um problema. A vaca não sabe que estamos numa pandemia e continua dando leite. Se não houver um equilíbrio da oferta, corremos o risco de acontecer o que está acontecendo nos EUA, onde toneladas e toneladas de leite estão sendo descartadas nas fazendas”, lamentou.

Fonte: Canal Rural

Quais soluções a indústria de laticínios do EUA está propondo para contornar a crise?

Quais soluções a indústria de laticínios do EUA está propondo para contornar a crise?

Os produtores de leite dos EUA não são os únicos a lidar com a grande incerteza proporcionada pela crise do coronavírus. A indústria também está sofrendo.

Nem todas as fábricas fazem a mesma coisa. Alguns pasteurizam o leite fluido, enquanto outros pegam o leite cru e transformam em queijo, manteiga ou sorvete. Algumas abastecem prestadores de serviços de alimentação, como lanchonetes ou restaurantes escolares, enquanto outras vendem para grandes empresas de bens de consumo ou varejistas. É possível que os processadores mudem de direção, mas isso leva tempo.

Para a Borden, um dos maiores processadores de leite do país, a drástica mudança na demanda foi uma grande perturbação. “Cerca de um terço da nossa produção total vai para escolas ou restaurantes”, disse o CEO Tony Sarsam. “Eu tenho exclusivamente linhas dedicadas a leite escolar”, disse ele. “E temos rotas dedicadas a entregar leite nas escolas. Em meados de março, perdemos quase instantaneamente a maioria dos dois”, disse ele.

A demanda do varejo aumentou, à medida que os consumidores estocam alimentos básicos e preparam mais refeições em casa. “Foi um ato de ‘malabarismo’ reajustar”, disse Sarsam. A Borden fez a transição de muitas de suas linhas de produção para atender supermercados. Mas a mudança não foi suficiente para compensar as perdas. A produção de galões de leite caiu cerca de 25%, segundo ele. E, embora a empresa esteja doando leite aos necessitados, ainda não é capaz de suprir essa nova lacuna na produção.

“A empresa doou mais de 700.000 porções de leite para bancos de alimentos, abrigos para sem-teto e outras instituições de caridade”, disse Sarsam. Mas esses lugares têm suas próprias restrições e não podem receber mais do que sua capacidade de refrigeração e distribuição.

Com a demanda diminuindo tanto, não faz sentido Borden captar a mesma quantidade de leite dos produtores.

O caminho a seguir

Produtores de leite já estão tendo que descartar leite. O setor está se esforçando para descobrir maneiras de impedir que mais leite seja desperdiçado, sem prejudicar ainda mais a indústria.

A Federação Nacional dos Produtores de Leite e a Associação Internacional de Alimentos Lácteos estimaram que a oferta excede a demanda em pelo menos 10% e pediram ao USDA que forneça incentivos financeiros aos produtores para reduzir sua produção, durante cerca de seis meses. Eles também solicitaram compensá-los pelo leite descartado por cerca de três meses.

Os grupos estão pedindo ao governo para comprar produtos lácteos e doá-los aos bancos de alimentos, uma maneira de alimentar as pessoas necessitadas e impedir que a demanda caia ainda mais. Essas medidas, entre outras, poderiam ajudar a estabilizar o setor de laticínios e reduzir o descarte de leite.

Dennis Rodenbaugh, da Dairy Farmers of America (DFA), disse que a cooperativa também está trabalhando com marcas de alimentos para tentar aumentar o uso de lácteos nos produtos. Uma maneira de fazer isso: pizzas de queijo.

“No momento, temos consumidores presos em casa”, disse ele. “Eles estão sentindo a vida um pouco sem graça. Como podemos adicionar sabor? Se os fabricantes de pizza adicionarem mais queijo às suas pizzas, eles serão um novo destino para o excesso de leite”.

Além das pizzarias, “também estamos pedindo a todos os serviços de alimentos que estudem aumentar a utilização de queijo em seus produtos. Adicione 30 gramas de queijo em cada hambúrguer, taco ou sanduíche. Isso fará uma enorme diferença na utilização do leite”, disse ele.

Travis Fogler, CFO e gerente de operações de laticínios da Stonyvale Farm, espera que mais tempo em casa ajude os consumidores a voltar aos antigos hábitos ou a cultivar novos, como cozinhar.

“Acho que há uma luz do outro lado”, disse ele. “Como indústria, esperamos que, como as pessoas estão em casa, passem mais tempo com a família, voltem a comer cereais no café da manhã porque têm tempo e bebam leite fluido, e que isso leve a um aumento na demanda”, disse ele. “À medida que nos reajustamos ao que quer que seja esse novo normal, esperamos que os laticínios possam se tornar parte da vida das pessoas novamente.”

Fonte: Milkpoint