O que é a conciliação bancária? É sinal de que uma empresa acompanha as finanças, comparando as estimativas apontadas pelo financeiro com os lançamentos apresentados no extrato bancário, para compor os saldos reais presentes das contas.
Sem esse comparativo, o seu negócio pode estar exposto a risco de fraude e furos no fluxo de caixa, além de não conseguir fazer projeções para o futuro da empresa.
Não fazer a conciliação bancária indica que a sua gestão financeira não segue estratégias que levam à longevidade da indústria.
Uma das saídas para o problema de compor o saldo financeiro atualizado da empresa é investir em tecnologia, de modo que ela faça a incorporação automática dos extratos bancários ao sistema financeiro.
Isso porque existem consequências de não fazer a conciliação e a sua empresa não precisa sofrer com nenhuma delas.
Veja quais são!
Multas por atraso de pagamento
Não basta supor, é preciso ter certeza de que um pagamento foi efetivado. Mesmo que o controle seja feito de cabeça, há sempre um momento em que a memória falha e dá espaço a controvérsias.
E atitudes controvertidas podem gerar multas. Se um pagamento for computado, mas não tiver sido efetivado, o resultado implica em arcar com taxas excedentes causadas pelo engano.
É ao evitar esse tipo de situação que a conciliação bancária contribui com a gestão financeira mais eficiente, afinal nenhum negócio pode se dar ao luxo de perder dinheiro por falta de atenção às finanças.
Não conseguir identificar desvios ou pagamentos indevidos
É preciso ter olhar vigilante a todo o tempo. Sem uma rotina de controle interno, o seu dinheiro pode ir pelo ralo.
Quem nunca pagou duas vezes uma mesma conta? Tentou fazer a transação em um banco pela internet, não conseguiu. Foi para o aplicativo do banco e a transação não se completou. Muitas vezes, a instabilidade na rede pode levar a uma perda financeira.
Isso se a sua empresa não contar com um sistema que faça essa conciliação entre os extratos das instituições financeiras, identificando o código do boleto na lista de débitos das duas contas.
Não saber se há recursos disponíveis para novos investimento
A conciliação bancária ajuda em uma das principais tarefas para o crescimento: o planejamento orçamentário.
Saber quanto a empresa vai ter de despesas ou entradas de capital ao longo do ano, dos meses e até dos dias demonstra maturidade financeira e preparo para enfrentar jornadas de crescimento, mesmo diante do mercado em baixa. Fazer conciliação bancária é, afinal, manter o fluxo de caixa em dia.
Identificar operações de risco
Nem sempre as operações bancárias estão devidamente identificadas. Por isso, é preciso manter sobre elas um histórico que vai muito além do extrato. Quando o fisco bater a sua porta, você precisará responder à qual transação corresponde uma entrada de grande valor na sua empresa.
Todas as operações devem ser identificadas, tais como:
Depósitos com mais de 90 dias não vinculados a uma transação;
Estornos de cheques que passarem de cinco dias;
Retiradas com mais de dois dias, sem indicação de origem.
Não tomar outras atitudes saudáveis para o financeiro
Se a sua empresa faz a conciliação, realiza também a escrituração bancária. Escriturar os movimentos do dinheiro operado na sua empresa pode trazer mais segurança diante do fisco.
Fazer a escrituração vai além de apenas conciliar os dados bancários e as previsões feitas pelo financeiro. Escriturar pressupõe o registro metódico de cada operação que envolva o dinheiro da empresa.
Cuide da gestão financeira da sua indústria. Se o processo manual não dá mais conta, procure soluções confiáveis. A Magistech Sistemas pode lhe ajudar nessa tarefa!
O preço do leite ao produtor registrou novo aumento no pagamento de junho, devido a escassez no mercado. O preço médio nacional pago ao produtor foi de R$ 2,68 por litro.
Houve importante melhora na relação de troca leite/mistura, tanto pela alta do leite quanto pela queda do preço do milho. Foram necessários 39,4 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 48,6 litros observados em junho/21.
No varejo, o preço da cesta de lácteos apresentou aumento mensal de 5,7%. Todos os itens pesquisados apresentaram elevação de preço, com destaque para o leite condensado e o leite UHT. Em 12 meses, os lácteos tiveram incremento de 25,4%, ficando acima da inflação oficial brasileira, o IPCA, que acumulou 11,9% em 12 meses.
As importações brasileiras de leite alcançaram o equivalente a 83 milhões de litros em junho/22, aumento de 30,2% sobre maio/22. Esse foi o maior volume mensal do ano.
As exportações apresentaram decréscimo na comparação com maio/22 e em relação a junho do ano passado. O volume embarcado no último mês foi de apenas 7,8 milhões de litros.
O saldo da balança comercial acumulado em 2022 registrou déficit de US$ 135 milhões, com volume equivalente de 270 milhões de litros de leite.
Os preços internacionais do leite em pó integral ficaram relativamente estáveis neste início de julho, cotados a US$ 3.961/ tonelada. O leite em pó desnatado, registrou queda e fechou o último leilão GDT em US$ 4.063/ tonelada. Na comparação com o ano passado, ambos estão com preço superior.
Preços dos lácteos registram alta mais acentuada no mercado atacadista
Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista tiveram elevação mais acentuada no mês de junho. O forte incremento nos custos de produção nos últimos anos culminou em queda recorde da oferta de leite, que juntamente com a entressafra, provocou escassez no mercado. Alguns laticínios fecharam unidades fabris e outros têm trabalho com maior ociosidade. A procura por leite por parte da indústria ocasionou elevação nos preços ao produtor, que vinha amargando um longo período de rentabilidade comprometida. Os repasses estão chegando na mesa do consumidor, que sente os impactos desta alta de preços.
Em linha com atacado, Conseleites indicam alta nos preços
Em junho/22, o preço do leite ao produtor registrou elevação na comparação com o mês anterior. Para o pagamento de julho, os Conseleites indicaram alta, acompanhando a elevação dos preços no mercado atacadista e no Spot. Essa alta chega em um momento de baixa rentabilidade do produtor e vai proporcionar recuperação das margens.
Milho tem nova queda e reduz pressão de custo ao pecuarista
Os preços internos do milho tiveram nova queda em junho, estimulada por um avanço na colheita da safrinha e maior ritmo de comercialização. No mercado de soja, após preços mais fraco no início de junho, houve elevação nas cotações na segunda quinzena, sustentado por um dólar mais valorizado e mercado internacional altista. No mercado pecuário, as cotações do boi registraram ligeira alta ao longo do mês de junho, mas fechou abaixo de maio, com uma demanda interna mais fraca, a despeito do bom volume de exportação. A escala de abate também alongou no final do mês, segurando os preços.
A oferta de lácteos dos principais exportadores mundiais tem diminuído ao longo do ano de 2022, o que ajuda a explicar os preços dessas commodities em patamares elevados. No leilão GDT de 07 de maio o preço da manteiga foi negociado a US$6.068, queijo a US$5.365 e o leite em pó integral a US$4.158 a tonelada. Por outro lado, a China, o maior importador de lácteos, reduziu suas importações da maioria dos produtos, a exceção do leite em pó integral que está 6.9% acima na comparação janeiro-abril de 2021 e 2022.
Para os mercados de milho e soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta um crescimento de 12,32% na produção mundial da soja, com destaque para a América do Sul (Brasil 18,25% e Argentina 17.51%). Para o milho, as projeções indicam redução na produção mundial da ordem de 2.5%, com menor oferta dos Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia. No entanto, há projeções de aumento da produção na América do Sul (Brasil 8.62% e Argentina 3,77%). A menor oferta de milho no mundo tende a manter as cotações mais elevadas, dependendo da pressão compradora dos grandes importadores. Para o caso brasileiro, a produção tanto do milho como da soja pode trazer melhora nos custos de produção do leite, desde que não haja aceleração das exportações. O Brasil, certamente, será chamado a compensar as reduções de oferta previstas de outros grandes players do mercado.
Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano. O recuo foi devido à desaceleração nos preços dos concentrados, volumosos, energia e combustíveis.
Diante do cenário desafiador de 2022, a produção brasileira de leite teve queda recorde no primeiro trimestre de 2022, de 10,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, segundo o IBGE. O anuncio da redução na captação do leite teve impacto imediato no mercado, iniciando uma acirrada disputa pelo produto, com reflexo no valor do preço do leite spot, que superou os R$4,0/litro.
Em que pese a fraca demanda por produtos lácteos, advinda do alto desemprego, redução do poder de compra dos salários pela inflação e elevado endividamento e inadimplência das famílias, a oferta parece fraca o suficiente para pressionar os preços. A exemplo, nos últimos 12 meses até maio o leite UHT ao consumidor subiu 29,3%, os queijos 17,4%, manteiga 12,4% e iogurte 20,4%, todos com alta acima da inflação, medida pelo IPCA em 11,7%.
Mas esses aumentos, parecem ajustes das apertadas margens que o setor enfrenta. A Figura 1 mostra o spread do queijo muçarela sobre o preço do leite ao produtor, com margem inferior a R$1.00 por litro de leite utilizado em sua confecção. Essa margem é a existente para fazer frente aos demais custos (mão-de-obra; energia; logística; embalagens; outros ingredientes e etc). Se considerarmos ainda o custo de longo prazo, onde as depreciações diversas são consideradas, é provável, dependendo da eficiência industrial e da escala de produção, que diversos laticínios estejam trabalhando com margens reduzidíssimas ou mesmo negativas. E este cenário se aplica também para outros derivados, como o leite em pó. Essa desafiadora conjuntura mostra que caminhos como a exportação, parcerias estratégicas, fusões e aquisições para ganhos de escala e escopo precisam ser consideradas pelo setor, notadamente nesse cenário de consolidação em andamento.
O preço do leite ao produtor registrou novo aumento no pagamento de maio, em função ainda de menor oferta de leite. O preço médio nacional pago ao produtor foi de R$ 2,54 por litro.
Houve importante melhora na relação de troca leite/mistura. Foram necessários 42,6 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 57,2 litros observados em maio/21.
No varejo, o preço da cesta de lácteos apresentou aumento mensal de 3,4%. Todos os itens pesquisados apresentaram elevação de preço, com destaque para o leite condensado e o leite UHT. Em 12 meses, leite e derivados tiveram os preços majorados em 21,3%, ficando acima da inflação oficial brasileira, o IPCA, que acumulou 11,7% em 12 meses.
As importações brasileiras de leite alcançaram o equivalente a 64 milhões de litros em maio/22, aumento de 52,2% sobre abril/22. Em relação a maio/21, o acréscimo foi de 10,0%.
As exportações apresentaram decréscimo de 48,2% em maio/22 na comparação com abril/22, com um volume equivalente de 11 milhões de litros. Em relação a maio/21 a queda foi de 34,2%.
O saldo da balança comercial acumulado em 2022 registrou déficit de US$ 93,0 milhões, com volume equivalente de 195 milhões de litros de leite.
Os preços internacionais tiveram pequena valorização em junho/22, com o leite em pó integral cotado a US$ 3.934/ t, valor próximo ao do mês anterior. O leite em pó desnatado, atingiu US$ 4.240/ t, um aumento de 3% em relação a maio/22.
Maio registra nova alta de preços dos derivados lácteos no mercado atacadista
Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista continuaram em elevação no mês de maio. Apesar dos aumentos terem ocorrido em menor intensidade, já sinalizando uma dificuldade maior de repasse, as cotações seguiram em elevação. Os dados do IBGE sobre a produção nacional no primeiro trimestre indicaram queda histórica, de 10,5%. Além disso, a sazonalidade da oferta é de baixa devido ao período de entressafra, deixando a indústria de laticínios com estoques baixos. Neste sentido, os repasses também estão ocorrendo na mesa do consumidor, a despeito da fragilidade da demanda.
Conseleites sinalizam aumento nos preços
Em maio/22, o preço do leite ao produtor registrou elevação na comparação com o mês anterior, sendo a quarta alta consecutiva no ano. Para o pagamento de junho, todos os Conseleites indicaram movimentos de alta, em linha com o observado no mercado atacadista e Spot. As elevações variaram entre 0,3% em Minas Gerais e 1,1% em Santa Catarina.
Farelo de soja e milho recuam. Boi e bezerro também em queda
Nos mercados de milho e farelo de soja, o último mês foi de novo recuo nos preços em função de uma maior pressão de venda dos produtores com o avanço da colheita, queda nas cotações internacionais e valorização na taxa de câmbio, em Reais/dólar. Apesar da volatilidade, o cambio no final de maio ficou 10,4% abaixo do observado a um ano. No mercado pecuário, as cotações do boi e do bezerro seguiram em desaceleração ao longo de maio. A maior oferta de animais terminados, em função de retenção mais difícil com a piora na qualidade das pastagens, pressionou as cotações.